segunda-feira, 14 de maio de 2012

A Carta


 Pitônicas desta segunda-feira ficou incompreensível para muitas pessoas. Eu sabia que seria assim, que seria uma leitura difícil, mas optei por ela.  Baixei a carta de Pero Vaz de Caminha e em cima dela, escrevi o que vi sobre o Vale do Taquari e sua política...não quero 15 vereadores na cidade. Vejo o que Pero Vaz viu, que esse povo merece ser salvo. Me perdoem leitores pelo linguajar dificil, mas compreendam o objetivo: salvar esta terra chã e mui formosa..


**** Todas as palavras derivam do portugues de 1.500. Naquela epoca Pero vaz ja avisava que seria necessário uma salvação,,,,que nao veio...

A carta

(por Pita Jaz na Terrinha)

Majestades eleitores

Posto que não consigo ser capitã da minha rota, mas outros capitães virão e diremos: olá vossa alteza, comunico que eles conseguiram o achamento de uma teta nova. Não deixarei de dar conta disso, a vossa alteza, senhor do cofre público, ainda que para o bem contar e falar, seja eu uma das poucas a fazer,
Tome vossa alteza minha petulância por boa vontade. E creia que não quero mocozar nem onerar mais do que aquilo que vejo e me parece.
Da falcatruagem e urdiduras da boca de urna não darei aqui conta, porque não o saberei fazer e aqueles que pilotam a cidade e o país devem ter esse cuidado. Eis que começo a falar e digo:
A partida de 2013 é indigna. Houvemos vista mais cinco edis. Serão 15 a se acoplar na nau. Primeiramente duma grande mesa. mui alta e redonda, lançarão ancoras. Acudirão os homens? Dois, três, 71 mil? Eram pardos, açorianos, italianos, portugueses. Nas mãos trazem celulares e tablets. Vem rijos, sob seus volantes. Mas estão todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas, seus litígios, suas sangrias. Não é de todos que se tem um entendimento de proveito. A feição deles é serem políticos, antes fossem pardos. Bons rostos, bons partidos, bons photoshops, andam nus, nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas  vergonhas; e nisso não têm tanta inocência. Trazem os beiços risonhos. Um gasto agudo como furador. Aumentarão 500 mil a mordedura, mas vai estar ali encaixado de tal sorte que não os molesta nem os estorva no falar, comer ou beber. Tosquia alta. O povo começa a acenar com a mão. Mostram a eles, uma cruz, uma figa, uma urna, quase tiveram medo dela. Depois olharam o povo espantados.Votem em mim.
Deram-lhes ali de comer: cerveja, churrasco, confeitos.Trouxeram-lhes vinho numa taça; diziam que dariam emprego, o povo tomou aquilo por ouro. E lançou-lhes um manto por cima e veio de vitoria a urna. E com ele vieram os outros que o povo levou, os quais vinham já nus e sem carapuças.

Então se começaram de chegar muitos. Entravam pela beira da porta, pelos CCs,, até que mais não podiam;  traziam cabaços de água, cabides de empregos.

E assim, por melhor a todos parecer, ficou determinado.

Além do rio, andavam muitos deles dançando e folgando, uns diante dos outros, sem se tomarem pelas mãos. E faziam-no bem.
Isto me faz presumir que o povo não têm casas nem moradas a que se acolham. Para muitos algumas  choupaninhas.

Andavam já mais mansos e seguros entre nó, o povos,  mais do que nós andávamos entre eles.

Eles não lavram, nem criam. Votam nomes de ruas.

Esta terra, Senhor, me parece é muito chã e muito formosa.

A terra em si é de muito bons ares, vale fértir, frio e temperado.

Águas são infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo.Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece  que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.

E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza  do que nesta vossa terra vi. E, se algum pouco  me alonguei,  me perdoe, que o desejo que tinha,  de Vos tudo dizer, mo fez assim pôr pelo miúdo.

E pois que, Senhor, é certo que, assim neste cargos que oneram, Vossa Alteza há de ser muito pouco servida. Faço singular pedido, não entre nesta nau mais mancebos de que se necessita.

Beijo as mãos de Vossa Alteza, O Uno.

Deste Vale do Taquari que considero meu Porto Seguro, sexta-feira, outubro de 1500 (mas poderia ser 2012).

Nenhum comentário: