Alguém pelas bandas do Croissant de Emoções andou reclamando que eu tenho me manifestado pouco por aqui. É verdade, na real isso me preocupa, porque ando com fastio de ideias, as palavras se mexem e remexem mas não saem da minha cabeça. Eu estou com dificuldade de cerzir as frases ou alinhavar idéias. Não sei o que anda acontecendo, esse marasmo me deixa apreensiva até pelo meu trabalho, eu gosto de ter fluidez no que faço. Essa ausência de verbos e conexão entre minhas vogais não é consoante comigo. Espero que esse meu fastio passe, preciso me articular novamente.
No fundo, talvez minha escassez verborrágica seja um subproduto do que perpassa pela minha trajetória sentimental e do cotidiano. Ando amuada com o tédio,nada tá bom, não consigo sorver meus momentos. Quando estou no trabalho, penso no quarto da casa, quando me encontro no meu íntimo residencial, quero permanecer na labuta e a assim, eis a roda de samsara, o ciclo de enganos. Troquei o vazio pelo tédio. Se tudo passa, talvez passe tudo isso também. O tempo é a mãezinha que ajeita as coisas dentro da gente para para botar tudo no lugar, seja coisas de dor ou de ardor do amor.Passa pelo tempo até a alegria. Ainda bem, seria um tédio ser alegre toda a existência. Se todas as coisas boas durassem para sempre, você saberia como são importantes?"
***
Eu me aprofundei mas não acredito em mim porque meu pensamento é inventado. (Lispector)
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Por trás do poder
Vocês já ouviram falar que por trás de um grande homem sempre existe uma grande mulher, né? Eu discordo um pouco disso porque acho que as mulheres sempre correm na frente, mais sensíveis, democráticas e duronas, quando querem ser, são também mais humanistas. Mas bene, aqui estão quatro primeiras-damas veteranas que nunca se elegeram, mas sentiram o gostinho do poder, ajudando seus maridos a administrarem as prefeituras do Vale do Taquari. São elas de Capitão, Encantado, Nova Bréscia e Relvado.
Eu de metida, estou no meio. Eu sou o quarto poder, a imprensa...hehehe
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Ignorância saudável

Entre as teorias modernas da psicanálise, deparei-me com aquela chamada Teoria do Falso Self, em que a pessoa cria uma casca e age com essa casca para esconder seu verdadeiro eu. Isso, segundo Winnicot, ocorre em bebês quando a mãe não é suficientemente boa. A mãe tem que deixar o bebê se sentir onipotente, um Deus, na fase inicial da vida. É a dita ignorância saudável. Precisamos dessa ignorância para nos transformarmos em pessoas melhores. A gente sempre rejeita o rótulo de ignorante, achamos bobo, de preciativo até. Quiçá quanto salutar seria nao saber! Seria até uma defesa. Por que o que podemos fazer ao conhecer e tomar ciência de tudo, talvez nossa reação pelo conhecimento possa desencadear uma ação pior do que nos mantivéssemos nao-informados. Devido a nossa necessidade de proteção, podemos reagir de forma insalubre com o que tomamos ciência.
Sempre que o bebê atingir a beira do insuportável, a barreira se manifestará, uma barreira que se ergue devido ao excesso ou falta de alguma necessidade. Vai criar uma barreira frente ao ambiente e e ela que protegerá seu verdadeiro eu das "angustias impensáveis".
Não sei se concordo com esta teoria. Primeiro porque a neurocîencia atesta que o cérebro é plástico e se expande mesmo na idade adulta e isso diluiria nossas odiosas experiências da infância. O cérebro se reinventa, é reciclável igual a uma garrafa pet. O cérebro é pet. Segundo porque a neurociencias diz que é bom não reprimir a raiva e as emoçoes negativas, porque se não reprimissemos, elas funcionariam como uma panela de pressão, é so dar vazão para entrar em ebulição. Entao é bom reprimir o que não gostamos e deixarmos escondido nosos self verdadeiro, porque com o tempo o cerebro se reprograma e passa por cima das experiências ruins.
Eu ainda nao consigo deglutir a teoria, porque para mim falta argumentação. Eu só aceito coisas que minha cabeça consegue explicar. A unica coisa não explicável aceitavel na minha mente é Deus e o universo. Deus é tão grande que não pode ser explicado e eis ai sua explicação. Justamente ele está explicado por não ser explivável. Porque ele é tão grande que se tivéssemos de saber tudo acerca DEle e do Universo, sucumbiríamos perante as informações. Eis nossa ignorância saudável. Precisamos dela para podermos continuar vivendo nessa via Láctea.
Sempre que o bebê atingir a beira do insuportável, a barreira se manifestará, uma barreira que se ergue devido ao excesso ou falta de alguma necessidade. Vai criar uma barreira frente ao ambiente e e ela que protegerá seu verdadeiro eu das "angustias impensáveis".
Não sei se concordo com esta teoria. Primeiro porque a neurocîencia atesta que o cérebro é plástico e se expande mesmo na idade adulta e isso diluiria nossas odiosas experiências da infância. O cérebro se reinventa, é reciclável igual a uma garrafa pet. O cérebro é pet. Segundo porque a neurociencias diz que é bom não reprimir a raiva e as emoçoes negativas, porque se não reprimissemos, elas funcionariam como uma panela de pressão, é so dar vazão para entrar em ebulição. Entao é bom reprimir o que não gostamos e deixarmos escondido nosos self verdadeiro, porque com o tempo o cerebro se reprograma e passa por cima das experiências ruins.
Eu ainda nao consigo deglutir a teoria, porque para mim falta argumentação. Eu só aceito coisas que minha cabeça consegue explicar. A unica coisa não explicável aceitavel na minha mente é Deus e o universo. Deus é tão grande que não pode ser explicado e eis ai sua explicação. Justamente ele está explicado por não ser explivável. Porque ele é tão grande que se tivéssemos de saber tudo acerca DEle e do Universo, sucumbiríamos perante as informações. Eis nossa ignorância saudável. Precisamos dela para podermos continuar vivendo nessa via Láctea.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Síndrome da Gabriela
A expressão ouvi pela primeira vez nesta semana em uma palestra de motivação. Me identifiquei de cara: sou Andréia, mas pode me chamar de Gabriela. Ela mesmo, aquela do cravo e canela. Eu não tenho canela fina, como ela, mas um cabedal de afirmativas estupidamente restritivas na minha vida. Eu vou começar como ela: eu nasci assim, eu cresci assim...só não sou feliz assim, porque se fosse, seria ela, a Gabriela. Que papo de jacaré esse. Só coloquei ele no meio porque me lembrei do Wally: ó dia, ó vida, ó sina. Qual é sua graça? Minha graça se chama Andriwally: andreia + wally ou então Gabridéia. Que sina, fazer graça com meu destino queixoso. Passar minâncora adianta para as lamúrias????? Se adiantar, vou comprar 12 potes. Deixo as rachaduras do pé intactas que é pra economizar pomada, em compensação, curo as ranhuras da alma. Eu nasci assim, despojada de estilo rococó, escrachada, sempre Andréia.
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