Vejo a minha menina de 10 anos na sua tenra idade. Tem os sonhos curtos e consequentemente fácil de alcançá-los. Marianna não tem a intenção de comprar uma big casa confortável e nem de adquirir o carro do ano. Nem roupa de marca lhe interessa. Por sorte tenho uma filha despojada. Mas ela exulta e enaltece a viagem das quartas séries para a região das Missões. Fica dias planejando a viagem e quando chega a hora se regozija com a aventura. Mas esse é só um preâmbulo para falar dos sonhos de nós, adultos. Acalentamos na alma uma série de viagens, todas para a Europa. Um cruzeiro marítimo, melhor ainda. Quantas vezes cultivamos o sonho - e este sim, mais prático - de trocarmos de emprego. Perseguimos com interesse e secretamente o desejo contínuo ou, noutras horas intermitente, de ganhar melhor ou galgar uma função mais remunerada. As vezes queremos poder, isso vai de cada pessoa. O certo é que nossos sonhos espicham à medida em que a gente cresce. Eu estou voltando para um sonho antigo. Na juventude aquiri o fascinio por trabalhar em teve. Meu sonho não se realizou e por isso adormeceu. Mas agora sentarei na redação de um outro jornal. Vou mudar de colegas e escrever textos e histórias de vidas olhando outras paredes e horizontes.
Nesse novo ciclo, estou incumbida de trabalhar na teve. E eis aqui o meu sonho tão pontual que tive de desencaixotar de onde ele estava dormitando. Me veio gratuitamente, como uma bonificação pelo trabalho no jornal que irei exercer. Os holofotes sempre tiveram um grande poder de persuasão, mas a medida que parto para essa etapa vem o sentimento tão humano da insegurança. E eu sou tão humana quanto insegura. Os meus medos exalam pelos poros, gotejam como o suor que brota da testa porque deixo minha zona de conforto relativamente estável para um lugar que não me é desconhecido, mas se descortina como um desafio. Se eu pensar nos meus temores, jamais arriscarei nada. Mas eu penso. Contudo, me permito avançar no comando do meu destino. Tento dar um delete nos meus temores. Escrever nesse blog é uma forma de dirimir meu sentimento de inquietação. É hora de ir adiante e fazer com que meu sonho se encaixe na minha real capacidade de produção.
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