sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O repórter sem rosto

Esta é uma sexta-feira, 20 de novembro, uma noite em que em um clube de Encantado conheci a marcante figura de Giovani Grizotti, na verdade a figura não é marcante, mas sim o nome. Grizotti, o repórter sem rosto, que devido a repercussão de suas reportagens investigativas se transformou em uma pessoa antológica no jornalismo gaúcho. Engraçado foi antes de a palestra começar. Como eu, nem a Josiane Rotta e nem o Emilio Rotta (casal de repórteres) não sabíamos como ele era, ficávamos conjecturando: "Acredito que ele seja gordinho e tenha 45 anos. Pode ser esse que está passando agora", diz o Emilio.
"Acho que ele é magro e reservado e tem jeito de repórter", crê a Josi. Ao ser anunciado o nome, percebemos que era o cara que estava a um bom tempo próximo a nós, de camisa amarela. Tem 36 anos, nasceu em Barros Cassal e ganhou 40 prêmios, dois Esso.
Ouvir Grizotti falar reaquece a paixão pelo jornalismo. Percebe-lo narrando suas aventuras e mesmo desventuras, sinto a vontade de informar correndo nas veias, mas nao qualquer informação, algo marcante que todo repórter almeja. De certa forma eis a vaidade jornalística. Ver o nome valorizado, fazer grandes matérias descobrir "bigs" maracutaias e assim ajudar a sociedade. Pena que não deu para tirar uma foto com Grizotti. Ele pediu que não fossem feitos retratos nem filmagens para preservar sua imagem. Mas olha, ele deve ter 1,75m, tem uma barriguinha e aparenta ter um pouco mais de 36 anos, expressa-se bem e com simplicidade. È gaudério e está engajado em propagar a tradição gaúcha, além das maracutaias dos políticos e de outras categorias. E diz que em seu "modus operandi" é preciso ser mais ator do que jornalista, porque ele precisa se passar por um personagem para comprovar a denúncia. Prefere fazer as coisas sozinho e tem dois celulares. O número do celular do trabalho ele troca a cada 15 dias.

Um comentário:

JORGE LOEFFLER .'. disse...

Pois é Pita, faz cerca de quatro anos eu ainda participava de um programa de opinião numa emissora AM de Capão da Canoa, rádio Horizonte, hoje chapa branca, daquelas lavadas com Rinso, lembras? Pois lá fiz um programa com o Grizotti e esse cara é tal como o descreveste. Simples pra caramba. Passou boa parte de sua vida aqui na região e iniciou-se no rádio exatamente na emissora que referi. Por falar em emissoras de rádio, faz alguns dias revisando as licitações de Xangri-Lá descobri que nossa cidade (executivo e Legislativo) destina àquela emissora cerca de 110 mil/ano. Então escrevi artigo em coluna que assino no site www.litoralmania.com.br. Um funcionário daquela emissora e funcionário aqui do legislativo me botou os cachorros e isto que é meu amigo. O mais importante foi o comentário de um radialista de Osório que disse claramente que as emissoras trocam orçamentos a fim de "ajeitarem" seus interesses, o que já havia percebido fazia muito tempo. Em função disto encaminhei o caso ao MP a fim de detonar todos esses contratoa ordinários entre Prefeituras e emissoras por este Rio Grande em todos os quadrantes.
Grande abraço.