
Eu me escravizo perante meus sentimentos. Não consigo titubear diante da minha passionalidade. Porque eu tenho de ser tão passional. A vida me ensina a não me querer assim, não há notícias alvissareiras dentro de mim. Eu entorno meu próprio caldo. Eu entro em pane, revés emocional. Porque eu não me destempero por um outro viés? Irrequietamente, eu pinço minhas urtigas sentimentais, eu sinto. E muito. Sinto tanto tudo que não sentir se tornaria um reflexo de uma vitória. Ah, que glória. Eu, que não queria ter memória da minha dor, canso de forma atroz. Um palavrão bem afiado brada internamente um som gutural: será que tu vai me vencer, sua vida de merda?A vida me unha a cara, me fere na virilha e me salpica sal nas feridas. Ando minada de mim.
2 comentários:
Que texto lindo. Quem é o autor?
Parabéns, um grande beijo pela data.
e.e.
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