É um saco ter obrigação de ser feliz, seja de qualquer jeito e a qualquer preço. Somos concebidos, crescemos e nos tornamos gente de sucesso com o veredicto de que temos obrigação de ser feliz nesse planeta escuro. "Se todas as coisas boas durassem para sempre, você saberia como são importantes?, frase mágica dita pelo menino Calvin, aquele dos desenhos. Hehehe, que discernimento. Desde a infância somos assombrados com a possibilidade de não sermos felizes. A própria expectativa de ter que ser feliz de qualquer maneira ferra tudo. Ao mesmo tempo, quem não quer ter a felicidade dentro de si? Até os loucos desejam isso e por isso deram um jeito de se tornarem insanos para poderem se encolher dentro do próprio mundo. Foi a maneira que encontraram de serem felizes no seu infinito particular (mesmo que a gente teime que o nosso mundo seja melhor e mais bem articulado). Sei lá, sei lá, sei lá. Eu também estou condicionada com essa cartilha da felicidade que nos fizeram engolir desde a pré-escola: trabalho, dinheiro, família, filhos e tal. "É tudo tão perfeito, se tudo fosse só isso. Mas isso é menos do que tudo, é menos do que eu preciso", canta prá mim Paula Toller, eu faço coro aos teus versos descontentes. E o que me importa é não estar vencida!
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+Que coisa inocente pensar que a infância é feliz. Uma criança nada mais é do que alguém com uma bola na garganta sem saber direito o que quer, sente ou pensa.
+Sou um mulher festiva e expansiva. Matriculo-me em academias de ginástica e vou só nos primeiros dias. Mas não me cobre por ser impetuosa e pouco persistente. Aprecio as pessoas que se divertem com o próprio destino.
+ A Solidão pode ser uma vitória pessoal, mas é sempre uma derrota pública
(Selma e Sinatra - Martha Medeiros)
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