Eu e a Nanna ontem tivemos um Dia de Milha. Dia de "Mãe e Filha". Fomos para o rio. Juntas, no rio, eu sorrio. Mais pela intimidade do que o momento conferiu do que por qualquer outra coisa. Fiquei ciente de que minha filha precisa ter intimidade comigo e só comigo. Até cogitei em levar outras pessoas, mas descartei ante a idéia convicta dela: "Mãe, esse é o nosso Dia de Milha, lenbra?".
O Dia de Milha foi um neologismo inventado na hora, e pelo jeito vai ficar. Acho que vamos instituí-lo uma vez por mês. Daria até para fazer igual às companhias aéreas. Quanto mais dias assim, mais milhas. Em um ano, seriam 12 Dias de Milhas, que daria um dia adicional. Seria do Dia da Pilha. Mãe e filha, pilhadas, imaginem! Pilhadas no amor, até que seria legal, né. No final, tudo é parceria e o sentimento de que temos de ser acolhidos no coração de alguém, que não seja apenas o nosso coração. E o que dá sentido à vidas é o fato de termos um regaço. No rio, percebi que minha filha me regala com uma vaidade e um orgulho infantil de quem quer me proteger. Julgando-se potente, ela confidenciou-me: "Mãe, vamos um pouco mais para o fundo, eu te protejo. Confia em mim". Inquestionavelmente, me senti protegida, não do rio, mas pelo senso de proteção dela, mais forte que o perigo. Mais fluente que a correnteza. No rio, eu sorrio. Vi um amor corrente.
O Dia de Milha foi um neologismo inventado na hora, e pelo jeito vai ficar. Acho que vamos instituí-lo uma vez por mês. Daria até para fazer igual às companhias aéreas. Quanto mais dias assim, mais milhas. Em um ano, seriam 12 Dias de Milhas, que daria um dia adicional. Seria do Dia da Pilha. Mãe e filha, pilhadas, imaginem! Pilhadas no amor, até que seria legal, né. No final, tudo é parceria e o sentimento de que temos de ser acolhidos no coração de alguém, que não seja apenas o nosso coração. E o que dá sentido à vidas é o fato de termos um regaço. No rio, percebi que minha filha me regala com uma vaidade e um orgulho infantil de quem quer me proteger. Julgando-se potente, ela confidenciou-me: "Mãe, vamos um pouco mais para o fundo, eu te protejo. Confia em mim". Inquestionavelmente, me senti protegida, não do rio, mas pelo senso de proteção dela, mais forte que o perigo. Mais fluente que a correnteza. No rio, eu sorrio. Vi um amor corrente.
*** Um bebê é a opinião de Deus de que o mundo deve continuar(Carl Sagan)
2 comentários:
Que belo artigo, cheio de sentimento, de humanidade...de amor!
Parabéns!
Um Lajeadense.
Caraca! Teu texto é sensacional. Me emocionei ao ver a relação com sua filha, mesmo que seja no dia de milha. É verdade que sou um chorão de merda, mas isto me fez recordar da minha relação e da segurança que minha mãe me passa e que repasso para ela, mesmo estando longe. Da mesma forma a relação com minha irmã, um pouco filha (tipo irlha - irmã mais filha). Indiferente do que me fez lembrar, você continua impecável em seus textos. Ah, agora tô com blog novo: www.saiadatoca.com.br/blog/marcio Ainda está em fase beta, mas já dá para passar por lá. Bjão e um MEGA 2009 para você!
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