sexta-feira, 21 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
transtornos de humor
Transtornos do humor (afetivos)
F30 Episódio maníaco
F30.0 - Hipomania
F30.1 - Mania sem sintomas psicóticos
F30.2 - Mania com sintomas psicóticos
F30.8 - Outros episódios maníacos
F30.9 - Episódio maníaco, não especificado
F31 Transtorno afetivo bipolar
F31.0 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco
F31.1 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco sem sintomas psicóticos
F31.2 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos
F31.3 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve ou moderado
.30 - Sem sintomas somáticos
.31 - Com sintomas somáticos
F31.4 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos
F31.5 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos
F31.6 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto
F31.7 - Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão
F31.8 - Outros transtorno afetivo bipolares
F31.9 - Transtorno afetivo bipolar, não especificado
F32 Episódio depressivo
F32.0 - Episódio depressivo leve
.00 - Sem sintomas somáticos
.01 - Com sintomas somáticos
F32.1 - Episódio depressivo moderado
.10 - Sem sintomas somáticos
.11 - Com sintomas somáticos
F32.2 - Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos
F32.3 - Episódio depressivo grave Com sintomas psicóticos
F32.8 - Outros episódios depressivos
F32.9 - Episódio depressivo, não especificado
F33 Transtorno depressivo recorrente
F33.0 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve
.00 - Sem sintomas somáticos
.01 - Com sintomas somáticos
F33.1 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual moderado
.10 - Sem sintomas somáticos
.11 - Com sintomas somáticos
F33.2 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave sem sintomas psicóticos
F33.3 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos
F33.4 - Transtorno depressivo recorrente, atualmente em remissão
F33.8 - Outros Transtorno depressivos recorrentes
F33.9 - Transtorno depressivo recorrente, não especificado
F34 Transtornos persistentes do humor (afetivos)
F34.0 - Ciclotimia
F31.1 - Distimia
F34.8 - Outros Transtornos persistentes do humor (afetivos)
F34.9 - Transtornos persistentes do humor (afetivo), não especificado
F38 Outros transtornos do humor (afetivos)
F38.0 - Outros transtornos únicos do humor
.00 - Episódio afetivo misto
F38.1 - Outros transtornos recorrentes do humor (afetivos)
.10 - Transtorno depressivo breve recorrente
F38.8 - Outros transtornos do humor (afetivos) especificados
F39 Transtornos do humor (afetivo), não especificado
Esta página provê as seguintes categorias em asterisco:
F00*. Demência na doença de Alzheimer.
F02*. Demência em outras doenças classificadas em outra parte
F00*. Demência na doença de Alzheimer.
F02*. Demência em outras doenças classificadas em outra parte
* Inclui outro diagnóstico associado.
NCOP - não classificado em outra parte.
SOE - sem outra especificação.
Obs: Dados e nomenclaturas fornecidos pelo Prof. Dr. Dorgival Caetano, tradutor para o Português do livro Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 da OMS, Editora Artes Médicas, 1993.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Ser um troço ainda é ser demais
Quem pensa como Cortella, nao vê a vida passar da janela.
A ciência calcula que no nosso universo,há por volta de 200 bilhões de galáxias.
Uma delas é a nossa, que fica na porta de saída do universo, que é a Via Lactea.
O sol é uma estrelinha entre outras 100 bilhões de estrelas.
O que é a Terra? A Terra é um planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre outras 100 bilhões de estrelas, compondo uma galáxia, entre outras 200 bilhões de galáxias, em um dos possíveis universos, que vai desaparecer.
Veja como nós somos importantes.
Tem gente que acha que Deus fez tudo isso só para nós existirmos aqui, esse é um Deus inteligente, entende a relação custo-benefício, ele faz bilhões de estrelas e galáxias só pra nós existirmos aqui, tem gente que acha ainda pior, pensa que Deus fez tudo isso só para essa pessoa existir.
O tanto de dinheiro que ela carrega, o sotaque que ela usa, qual a religião que ela pratica, qual cargo que ela tem dentro do banco ou da universidade, qual a cor da pele que ela tem, já imaginou?
É engraçado que tem gente que acha que só tem vida no nosso planeta. Mas isso aqui é tão pequeno né?
A ciência calcula que haja no nosso planetinha por volta de 30 bilhões de espécies. Mas até agora só classificou 3 bilhões de especies de vida diferentes.
Uma delas é a nossa, homo-sapiens.
A nossa especie é uma especie entre 3 bilhões de especies já classificadas, que vive em um planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre outras 100 bilhões de estrelas, compondo uma galáxia, entre outras 200 bilhões de galáxias, em um dos possíveis universos, que vai desaparecer.
Essa especia em 2012 tem mais de 7 bilhões de indivíduos.
Um deles, é você…
Quem és tu?
Tu é um indivíduo, entre outros 7 bilhões de indivíduos, compondo uma especie entre outra 3 bilhões de especies já classificadas, que vive em um planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre outras 100 bilhões de estrelas, compondo uma galáxia, entre outras 200 bilhões de galáxias, em um dos possíveis universos, que vai desaparecer.
Quem é você? Quem sou eu?
Tu és o “Vice-Treco do Sub-Troço”.
A ciência calcula que no nosso universo,há por volta de 200 bilhões de galáxias.
Uma delas é a nossa, que fica na porta de saída do universo, que é a Via Lactea.
O sol é uma estrelinha entre outras 100 bilhões de estrelas.
O que é a Terra? A Terra é um planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre outras 100 bilhões de estrelas, compondo uma galáxia, entre outras 200 bilhões de galáxias, em um dos possíveis universos, que vai desaparecer.
Veja como nós somos importantes.
Tem gente que acha que Deus fez tudo isso só para nós existirmos aqui, esse é um Deus inteligente, entende a relação custo-benefício, ele faz bilhões de estrelas e galáxias só pra nós existirmos aqui, tem gente que acha ainda pior, pensa que Deus fez tudo isso só para essa pessoa existir.
O tanto de dinheiro que ela carrega, o sotaque que ela usa, qual a religião que ela pratica, qual cargo que ela tem dentro do banco ou da universidade, qual a cor da pele que ela tem, já imaginou?
É engraçado que tem gente que acha que só tem vida no nosso planeta. Mas isso aqui é tão pequeno né?
A ciência calcula que haja no nosso planetinha por volta de 30 bilhões de espécies. Mas até agora só classificou 3 bilhões de especies de vida diferentes.
Uma delas é a nossa, homo-sapiens.
A nossa especie é uma especie entre 3 bilhões de especies já classificadas, que vive em um planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre outras 100 bilhões de estrelas, compondo uma galáxia, entre outras 200 bilhões de galáxias, em um dos possíveis universos, que vai desaparecer.
Essa especia em 2012 tem mais de 7 bilhões de indivíduos.
Um deles, é você…
Quem és tu?
Tu é um indivíduo, entre outros 7 bilhões de indivíduos, compondo uma especie entre outra 3 bilhões de especies já classificadas, que vive em um planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre outras 100 bilhões de estrelas, compondo uma galáxia, entre outras 200 bilhões de galáxias, em um dos possíveis universos, que vai desaparecer.
Quem é você? Quem sou eu?
Tu és o “Vice-Treco do Sub-Troço”.
As redes sociais são a tarja preta do mundo moderno.
A estatística é algo mágico na rede social e vc fica refem dela: quando vc passa das 30 curtidas, da direito a fiscalizar teu pan optico: vigiar é poder, mas na era das redes, ser vigiado é mais poder ainda: pq o vigiado aumenta o poder de persuasão e o ciberibope..
entao no meu indice de estatística eis que: Um post do Paulinho ta com 71 comentário; o indice viral dele é de 8,51%
Enquanto para o Ermilo, o efeito viral e 5,88 para um alcance de 17 pessoas
Uma loucura bem argumentada vale mais do que uma razão mal argumentada
prof Francisco Menezes
Fernando Pessoa dizia “O homem é um cadáver adiado”.
A estatística é algo mágico na rede social e vc fica refem dela: quando vc passa das 30 curtidas, da direito a fiscalizar teu pan optico: vigiar é poder, mas na era das redes, ser vigiado é mais poder ainda: pq o vigiado aumenta o poder de persuasão e o ciberibope..
entao no meu indice de estatística eis que: Um post do Paulinho ta com 71 comentário; o indice viral dele é de 8,51%
Enquanto para o Ermilo, o efeito viral e 5,88 para um alcance de 17 pessoas
Uma loucura bem argumentada vale mais do que uma razão mal argumentada
prof Francisco Menezes
Fernando Pessoa dizia “O homem é um cadáver adiado”.
Ipad
MEU PRIMEIRO IPAD -
Mesmo com o que eu ganho
Um dia eu me dei bem
Olha aqui o meu nenem
Agora eu também deslizo os dedos sobre a tela
E sei como é legal fazer parte dessa panela
Adoro quando vejo a marca da maça mordida
Ela me lembra que eu com frila posso ser bem de vida
Mesmo com o que eu ganho
Um dia eu me dei bem
Olha aqui o meu nenem
Agora eu também deslizo os dedos sobre a tela
E sei como é legal fazer parte dessa panela
Adoro quando vejo a marca da maça mordida
Ela me lembra que eu com frila posso ser bem de vida
(Os Seminovos)
****
Olha só gente,eu vou revelar algo que vcs vão achar o ó do borogodó. É a primeira vez na vida que alguem quer fazer uma transferencia EM DINHEIRO na minha conta. Mas nao vai dar sabe pq? Pq EU NAO SEI QUAL É O numero da minha conta..pq no cartão tem um monte de numero,,vai que eu digo o errado???Eu sei gente, é o cumulo...mas bem, eu to confessando algo inconfessável..eu nao sei o numero da minha conta...é ridiculo...mas é eu.
Ah e foi com esse dinheiro que eu comprei o Ipad.
****
Olha só gente,eu vou revelar algo que vcs vão achar o ó do borogodó. É a primeira vez na vida que alguem quer fazer uma transferencia EM DINHEIRO na minha conta. Mas nao vai dar sabe pq? Pq EU NAO SEI QUAL É O numero da minha conta..pq no cartão tem um monte de numero,,vai que eu digo o errado???Eu sei gente, é o cumulo...mas bem, eu to confessando algo inconfessável..eu nao sei o numero da minha conta...é ridiculo...mas é eu.
Ah e foi com esse dinheiro que eu comprei o Ipad.
Cascavelletes
O meu colega Emílio Rotta resolveu fazer uma homenagem a essa cristá no dia do amigo e no dia em que eu ganhei o Ipad (comprei)...ficou bacana, morri de rir..ou vivi de rir..
Lembra da menina da moto, cantada pelos Cascavelettes? Ela cresceu:
Ela já tem 41 anos
E já soltou muita fumaça pelos canos
Ela teve uma moto...
A polícia deve ter uma foto
Ela namorou uns moços
Lembra da menina da moto, cantada pelos Cascavelettes? Ela cresceu:
Ela já tem 41 anos
E já soltou muita fumaça pelos canos
Ela teve uma moto...
A polícia deve ter uma foto
Ela namorou uns moços
Tinha de lindo a carne de pescoço
Mas depois de crescidinha
Safadinha, olha só,
Só tomava Roupinóóóóóóóóól
REFRÃO
Deixa eu usar o teu ipad
Mas tem que ter mouse e botão
Eu odeio touchscrenn
Ela conectou tão cedo
Conhecendo gatinhos e atletas
Depois embarcou para o Rio
E arrumou para os pais uma neta
Ela namorou uns moços
tinha de lindo a carne de pescoço
Mas depois de crescidinha
Safadinha, olha só,
Só tomava Roupinóóóooooool
Mas depois de crescidinha
Safadinha, olha só,
Só tomava Roupinóóóóóóóóól
REFRÃO
Deixa eu usar o teu ipad
Mas tem que ter mouse e botão
Eu odeio touchscrenn
Ela conectou tão cedo
Conhecendo gatinhos e atletas
Depois embarcou para o Rio
E arrumou para os pais uma neta
Ela namorou uns moços
tinha de lindo a carne de pescoço
Mas depois de crescidinha
Safadinha, olha só,
Só tomava Roupinóóóooooool
--------Valeu Emílio, ameiiiiiiiiiii
domingo, 5 de agosto de 2012
A pessoa que não goza é gozada pelos outros
Circulando pela Internet percebo que existe um pecado que não está listado como capital, não está na lista dos sete, mas é o pior, o mais hediondo deles na visão das pessoas. Na verdade é incompreensível:
Vc pode não querer para casar com uma putana, mas compreende que ela gosta de sexo. Vc até compreende como bizarro alguém que queira ser pansexual, q
ue sente desejo de transar com qualquer coisa, com escadas ou buracos de madeiras. Mas vc nunca compreenderá uma mulher que não faz sexo há três anos. Se não for freira, está no mundo e não usa os aparelhos genitais isso é inconcebível. Não pode nem chamar essa cretina de louca pq vc compreende uma louca. Mas vc n compreende um assexuado. É o ser mais desprezível no seu mundo redondo e sólido.
Todo mundo entende uma puta. Ninguém entende uma mulher que n faz sexo. Se a mulher fosse feia, ela ate teria um pouco de problema em conseguir, alguém, mas sempre existem bons cidadãos aptos a fazer o serviço. Mas como uma mulher mais ou menos pode se privar do que os humanos usufruem com tanto gozo e fruição?
O ser mais desprezado nesse mundo gozado é o ser não-sexual. Pq os bípedes querem gozo, enquanto outros, regozijo.
Parece necessário dizer que se é heterossexual ou homossexual ou bissexual ou alguma lá outra coisa, mas que seja “sexual”. Ou se é “sexual” ou não se é nada. "Já se disse certa vez que o maior escândalo do mundo nos tempos contemporâneos é ser um “nada sexual”." É o maior fracasso, do qual vc nao teria niguém como cúmplice. Nem a sua mão.
Quanto aos humanos, bem: Estou lendo um livro: Cachorros de Palha - um soco no estômago - diz bem assim: o conhecimento não nos livra de nada. Nós sempre fomos vitimas de todo tipo de loucura. Os humanos nao podem salvar o mundo. Ele nao precisa de salvaçao, Os humanos nunca viverão num mundo construidos por eles mesmos..
sexta-feira, 27 de julho de 2012
A vida é um brinquedo da morte
O que é que a vida é? A vida é uma menina ingênua que não sabe que não tem vontade própria. Cheia de manias, ela pensa que escolhe e se acha dona de si. Se julga grandona.
Como sou importante nesse mundo. A vida não percebe que ela é só um brinquedo da morte. A morte, essa sim a grande mãe, matrona do Universo, finge que dá o poder à vida. Na verdade ela dá corda. Ela diz assim: “corre, corre mais um pouco. Eu te dou uma vantagem, pode sair acelerado que ainda assim eu te pego”. E quando a gente acha que ta ganhando todas as corridas, vem a morte e tasca a vida da gente. A morte é a grande vitoriosa. A morte é o Michael Schumacher - e mesmo o maior vencedor da história da Fórmula 1, um dia será engolido pela morte. Desde o nascimento esse é o nosso destino. “A morte brinca um pouco com sua presa antes de comê-la”, disse o filósofo Arthur Schopenhauer.
Na maca do IML sábado de manhã, quatro corpos. Três de adultos de um lado, o da menina de 8 anos, na outra maca. Sozinha. O rosto sereno, a tez tranquila. O braço estendido para o lado. Eduarda. Eu a olhei e comecei a chorar, embora os corpos adultos estivessem machucados. Eduarda era magrinha. Sabe a criança quando dorme com a feição relaxada depois de um dia cheio de brincadeiras? Era assim que Eduarda estava. A boca dela não estava contraída, era mais ou menos daquela forma que Da Vinci pintou o quadro da Mona Lisa. Não está sorrindo, nem triste, nem nada, mas você sente por intuição que ela podia estar pensando algo que lhe desse satisfação. Talvez uma travessura, talvez as férias que iriam chegar. Eduarda ficaria uma semana longe de sua casa, porque como no Natal a família não tirou folga, esta seria a chance. A morte interrompeu Eduarda enquanto ela sonhava. Ao que parece, na posição da maca do IML, ela estava dormindo quando o acidente aconteceu. Ela morreu num veículo Gol. Mas o gol foi da morte. Eu perguntei as pessoas que lidam com a morte dentro do IML como elas reagem a esse tipo de episódio. Elas disseram que quando é criança, sempre comove.
A família das vítimas estava fora do IML, esperando a liberação dos corpos. Me perguntaram se eu os vi. Eu fui lacônica, disse que sim e só isso. Como é que eu iria dizer que não eram as lesões e os machucados que me fizeram lacrimejar? Na verdade, foi o contrário disso, a serenidade de Eduarda, sem nenhuma lesão aparente. Eu pelo menos não vi. Eu acho que a morte quis protegê-la ali nesse instante. O futuro dela foi interrompido, mas ela não precisava ser destroçada por uma carreta que aparece mortífera na curva da morte. É assim que o local em que ela morreu é chamado em Pouso Novo. Curva da Morte. Eduarda morreu na curva porque a morte é uma gulosa.
Vivemos inconscientes e desatentos. Schopenhauer diz que nossa atenção desperta no mesmo instante em que nossa vontade encontra um obstáculo e choca-se contra ele. Uma carreta foi o obstáculo. Ou talvez o Gol tenha sido o obstáculo da carreta. Quando vi Eduarda ceifada da vida, me dei conta de quão desatentos vivemos. Depois sai do IML e o burburinho do mundo me engoliu: gente que fazia compras, gente que atravessava a rua e algumas quadras adiante, uma multidão eufórica que se juntou para inaugurar algum tipo de estabelecimento. Aí eu vi que a carreta trombou em mim. Eu despertei do sono da vida, mas talvez por duas horas.Porque talvez na segunda-feira, quando esta crônica estiver sendo publicada, eu vou voltar a viver inconsciente. Como se a morte fosse coisa distante. Mas hoje, eu sei que ela está me olhando, sorrateira, planejando o meu futuro. Eduarda me disse isso.
****
Há coisas de que um escritor se regozija profundamente, como quando escreve e ve o fruto de seu pensamento se sacralizar. Recebi um email que me fez bem. Foi minha megasena da sexta-feira. Um email de Los Angeles, de alguem que me leu lá e gostou do que eu disse. Denis.
"Vi o comentário que fizeram da matéria que tu escreveu titulada A vida é um brinquedo da
morte. O titulo despertou minha curiosidade e consegui achar a matéria e lê-lá, honestamente à achei fantástica ao ponto de querer guardar uma copia pra mim. Lamentavelmente isto não foi possível de fazer e é por isso que estou te escrevendo para ver se queres e se podes me mandar una copia desta ."
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O crack transforma mãe em zumbi e a mata em sete anos
O Vale encara a maldição da pedra
Os médicos do Hospital Bruno Born se impressionaram com a necrose causada pelo crack no corpo de J. Uma usuária que morreu no sábado, depois de dois meses internada e recebendo tratamento. A perna foi corroída e expôs a artéria. A outra seria amputada. A usuária foi dada como desaparecida em sua cidade de origem na região metropolitana. Foi tratada aqui, mas morreu de infecção generalizada. O HBB gastou mais de R$ 20 mil com a paciente. O SUS deve cobrir R$2,5 mil.
Perna de mulher de 28 anos “apodreceu” pelo uso do crack. Após dois meses internada, ela morre com membros necrosados
Lajeado – Usuária de crack há sete anos, J. (paciente não será identificada) morreu sábado no Hospital Bruno Born, depois de permanecer dois meses internada. O caso da dependente impressionou os médicos da instituição que se revezavam para cuidá-la. O uso contínuo do crack levou à necrose em uma perna. O membro apodreceu por causa da vasculite – que é a inflamação dos vasos sanguíneos. “O vaso foi se fechando, deixa de haver fluxo sanguíneo e leva à necrose”, explica o diretor-médico do hospital, Sérgio Marques. A outra perna também seria amputada. A vasculite é muito mais do que um nome estranho. Ela corrói a pele e a lesão deixa exposta a artéria. É uma visão dramática para quem não está acostumado à cena. Depois de ficar preta, a perna que apodreceu foi amputada para conter o avanço da infecção.
Mas a vasculite iniciou-se na outra perna. Como uma gangrena, foi avançando, enegrecendo a pele e acentuando o cheiro forte e as nódoas. Quando a vasculite se espalha pelos dedos, como no caso da pacientes muda de cor variando do roxo ao preto. A dor é excruciante. Os médicos administravam à paciente doses de morfina e anestésicos. Ganhou sessões de fisioterapia. Mas doença evoluiu.
A surpresa dos médicos
J. morreu em decorrência de um quadro de infecção generalizada. “O organismo estava com a imunidade baixa”, explica Sergio.
Além da imunidade baixa e o quadro de infecção, a falta de higiene da paciente pode ter acelerado o processo. O residente Rodrigo Zanatta que acompanhou o caso com os colegas Victor Giostri e Lucas Zuchetto ponderou que a falta de assepsia agravou a situação. “Ela retirava os curativos, e corria perigo de ela própria infeccionar-se. Armazenava restos de alimentos junto às roupas.”
Esta é a primeira vez que os médicos locais se deparam com uma nova configuração da doença em decorrência do crack. O uso contínuo da droga gera a necrose tóxica. Eles investigaram na literatura médica casos similares a este e encontraram escassas referências.
“Não é que seja algo novo, mas há poucas notificações relacionados à essa complicação”, enfatiza Sergio.
O longo uso do crack pode ter deteriorado a paciente de forma tão “assustadora”. A dependência ao longo de sete anos tornou o organismo debilitado. Normalmente, os usuários morrem antes por complicações pulmonares ou vítimas da criminalidade.“Apesar da prostituição e do meio em que estava, era uma usuária protegida no grupo dela”,assevera Lucas.
Fotos pelo iPhone
As fotos dos membros da paciente foram tiradas pelo celular do residente Victor. Eles querem mostrar os riscos do uso. “Esses efeitos não estão descritos na literatura de forma abundante, mas cada vez serão mais freqüentes”, enfatiza Lucas.
A cocaína pode causar o mesmo problema. O efeito da coca e do crack são similares. Pelo uso, os vasos sanguíneos vão se abrindo e fechando até que cessa o fluxo e causa a necrose. J.era companheira de malabarista de sinaleira. Havia sido dada como desaparecida na zona metropolitana e deixou dois filhos.
O custo de uma morte anunciada
Durante os dois meses em que permaneceu internada no HBB, os médicos forneceram medicamentos, fizeram cirurgia e sessões de fisioterapia. O custo com a paciente atingiu R$ 20.473. O Sistema Único de Saúde deverá R$2,5 mil: 10% do que o hospital gastou. O prejuízo da instituição é de 651%.
A apreensão dos médicos se refere ao crescimento das drogas, falta de estrutura das cidades e o alto custo do tratamento. “Todo mundo perdeu: a família porque os filhos estão sem mãe,a sociedade e também a instituição porque sua internação gerou despesas elevadas”, pondera Lucas.
Apesar de todo envolvimento médico, o caso não teve desfecho favorável porque a droga consome as pessoas. A estrutura de saúde não é suficiente nem em Lajeado nem em outros municípios para tratar usuários. A situação exige urgência porque hoje, os serviços são incapazes de dar conta da demanda. O Vale está despreparado para atender o aumento avassalador do crack.
“O hospital tem cinco leitos para dependentes químicos, seriam necessários mais cinco e uma ala exclusiva de atendimento à esses pacientes”, expõe o diretor- médico,Sérgio Marques. Para Rodrigo Zanatta, a educação e a prevenção tem que ser fortes. “É preciso ir à raiz do problema”.
Os médicos querem apresentar o caso da paciente em congressos clínicos. Quanto mais o debate se ampliar, melhores serão as chances de tratamento e prevenção. “Não é sensacionalismo, o problema é real”, garante Sérgio.
O
consumo da pedra no território gaúcho é pulverizado e atinge grandes e pequenas
localidades. No Vale do Taquari, a presença funesta da pedra é
registrada em 19 cidades.
Tomara que o Modigliani continue lá
Em março, fiz uma matéria que sei que não agradou a ela. Mas foi um dos textos mais legais que produzi porque a ocasião se revelou uma provocação inusitada. E salutar. O prédio da Educação foi inaugurado na Borges de Medeiros, uma rua conhecida por ser ponto de prostitutas “familiares”. São de “família” porque o comércio do corpo é confinado e não escancarado. Acho que é uma espécie de norma. Regras, por que não? Mesmo elas as possuem.
Agora imagine professoras reunidas pensando a educação de sete mil alunos e no outro ponto, senhorinhas lutando pela sobrevivência com a “arma” mais antiga do mundo. Não fiz a reportagem por deboche, pelo contrário: amei a diversidade da rua e todo significado social que dela decorreu a partir de então.
De um lado, um prédio rebuscado com colunas em alto relevo, capitéis e livros didáticos. Do outro lado, um que abrigava a antiga rodoviária, tão histórico quanto o da Educação, com frontões decorativos e janelinhas no sótão. Olhei para ambas as estruturas e percebi que a história convergia. A educação e a sedução na mesma calçada.
E havia uma mestra no meio do caminho. Uma grande mestra, adepta da escola prazerosa. A vida que transcorre na calçada da Borges possui dois tipos de instrução. Bem ou mal, há professoras nos dois lados. Mas sim, havia uma mestra que ficou pelo caminho.
Não é mais para procurá-la ali. “Não me procure para a colheita, estarei semeando”. A frase em sua rede social revela que a professora Rejane Ewald gosta do cultivo. E isso me faz lhe respeitar.
Quando ingressei pela primeira e única vez no gabinete da então secretária de Educação Rejane Ewald, ali, naquele prédio antigo que se inaugurava enquanto os homens bebiam no bar da frente, me impressionei com algo singelo. Elogiei o recinto, as poltronas e todas as coisas novas. Todavia, foram os quadros que me impactaram. A secretária pendurara nas paredes reproduções de obras de Monet, Modigliani e Rembrandt. De alguma forma, as imagens na parede conversaram comigo. Como se a secretária inconscientemente quisesse inculcar nos alunos públicos a nobreza de se ter cultura. A cultura não é particular. O Modigliani (acho que era um) pendurado lá me segredou: “Eu não sou apenas de quem pode frequentar o Museu do Louvre”. A cultura estava ali mesmo, entre os prédios, ajudando a construir a educação da calçada.
Sei que a mestra não assimilou satisfatoriamente a matéria que saiu no dia seguinte. Eu não precisava ter falado da prostituição da rua no dia da inauguração do prédio da Educação. Contudo, orgulhei-me de minha percepção. Uma rua que armazena vidas e projetos, sonhos e desejos não tem do que se envergonhar. É lugar de gente. Um prédio faz frente ao outro, mas cada um está no seu quadrado. Só a mestra que agora está fora da via.
Não importa a calçada pelas quais as pessoas transitam, a reprodução da obra de arte no gabinete da secretária Rejane deu o tom da educação, uma vereda que convergiu para leitores e pais presentes. Ainda bem que tinha essa mestra no meio do caminho. Tomara que o Modigliani continue lá.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Para sair da borda
Quem ouve Cortella, não fica vendo a vida da janela. É
uma espécie de Filósofo-Noel. Mario Sergio Cortella em Lajeado, ele veio e era
tudo o que eu queria. Melhor que todas as bandas do mundo juntas (lógico, para
quem gosta de filosofia). Ele fala sobre a vida miojo que é tão rápida que não
da pra cozinhar e manda a gente empolentar a vida. Prá fazer polenta tem de ter
paciência, resistência e persistência.
Você já viu ele no Faustão, na Xuxa ou Ana Maria Braga, mas
ele frequenta também outras emissoras e tem um programa de rádio.
Cortella utiliza o humor como forma de reflexão. Eu amo ele. Enquanto as
pessoas tem como ídolo Luan Santana e Paula , tenho idolatria por
filósofos. Juro que não fico nervosa com Paulas e Luans, mas me deu uma
gagueira quando eu fui entrevistá-lo. Eu tinha medo de falar coisas imbecis. E
aí é que eu, ao cumprimenta-lo, falei a coisa mais imbecil que tinha em meio
aos autógrafos que ele tava dando. “Seu Cortella, o senhor é o meu Luan
Santana”. Ele me olhou e disse: “mas eu não poderia ser uma outra coisa?”. Ele
sorriu e voltou aos autógrafos.
Para mim ele é o maior filosofo
brasileiro. Quando digo “filósofo”, parece algo meio sisudo. Cuidado com
o óbvio. Cortella diria “cautela”. “Galileu negou o óbvio e nos tirou do
centro do universo. Cuidado com o óbvio”.
E a gente ri tanto do Cortella, que a gente se esquece da tela. Tela do computador, do monitor do smartphone. Cortella cultiva uma loucura saudável. Ele acorda às 4h30 da manhã para ouvir Lady Gaga porque seus alunos gostam dela. Ele nem tem carro. Vai aos seminários de ônibus. Cortella, que com sua filosofia tenta deixar o mundo mais engraçado e convida todos a transbordarem, ultrapassarem as "bordas" impostas. Sair fora da borda. Cortella transborda. Tudo isso é filosofia.
E a gente ri tanto do Cortella, que a gente se esquece da tela. Tela do computador, do monitor do smartphone. Cortella cultiva uma loucura saudável. Ele acorda às 4h30 da manhã para ouvir Lady Gaga porque seus alunos gostam dela. Ele nem tem carro. Vai aos seminários de ônibus. Cortella, que com sua filosofia tenta deixar o mundo mais engraçado e convida todos a transbordarem, ultrapassarem as "bordas" impostas. Sair fora da borda. Cortella transborda. Tudo isso é filosofia.
“Alguém que algo não sabe, sabe
que não sabe ou se não sabe finge que sabe, continua ignorante. Aquele que sabe
que não sabe, e não faz que sabe aquilo que não sabe, não finge e cresce.”
“Um adolescente é alguém que ta grávido de si mesmo, ele vai
da a luz um novo ele mais adiante”
“Você não sabe, mas eu sei. E você sabe tanta coisa que eu
não sei. Sorte sua e sorte minha. Juntos, a gente reparte ideias, a gente
cresce e não se repete”
“Um ponto de vista é a vista a partir de um ponto”
“Se você não existisse, que falta faria?
domingo, 8 de julho de 2012
Somos o mingau cibernético
Se
Descartes se cobriu de glória ao professar: “Penso, logo existo”, vamos
descartar a frase em beneficio de algo apropriado: “Posto, logo existo”. “Vim,
vi e curti”, que dilema moderno. Trocaremos o “Aqui jaz”, pelo “Off Line”,
Uma
frase de Sartre não me sai da cabeça. Ela é verídica: "O homem está só em
sua solidão visceral", mas também teria nova roupagem: “O homem está só em
sua multidão virtual”.
Há um super ego coletivo, baseado na língua do C: comentar, compartilhar
e curtir,
O
homem continua desejando, perdendo e sofrendo como sempre. Só que dessa vez ele
espetaculariza seu sofrimento. Somos o mingau cibernético.
. A internet pode ser graça
ou desgraça. Depende de o quanto você se prepara para ela interiormente.
Estamos pastoreando na rede. Vivemos na hiperealidade. A realidade concreta foi
modificada, inundada pela realidade virtual. . A internet pode ser graça
ou desgraça. Depene de o quanto você se prepara para ela interiormente.
Aceitar a virtualização é útil e ajuda a perceber que todas as pessoas
são dependentes de suas causas e efeitos. o que importa para o homem é o mérito interior que resulta em uma
autonomia que fica em seu próprio poder. Quem intelectualiza o seu eu, pode se
dar ao luxo de espetacularizar seu eu sem reduzir seu cérebro a uma ameba
pós-moderna
quinta-feira, 5 de julho de 2012
cortellozofando
em latim, uma pequena ética é chamada etiqueta
ética nao é cosmetica
pessoas confundem responsabilidade social com mera etiqueta
somos um animal tao arrogante que nem de animal a gente aceita ser chamado
ha pessoas na vida que tem gente que nem a gente,
a finalidade do poder é servir, um poder que em vez de servir é um poder que se serve, esse é um poder que nao serve
-------------------
Homem de cor
- eu nasci negro, continuei negro, quando vou a praia negro permaneço, se tomar sol negro ficarei e quando morrer negro permanecerei
- vc nasceu rosado, quando cresceu ficou branco, vai a praia fica vermelho, se tomar um susto fica amarelo, quando ta doente fica verde, se tomar uma pancada fica roxo e quando morrer vai virar cinza, quem que é o homem de cor entre nós dois?
ética nao é cosmetica
pessoas confundem responsabilidade social com mera etiqueta
somos um animal tao arrogante que nem de animal a gente aceita ser chamado
ha pessoas na vida que tem gente que nem a gente,
a finalidade do poder é servir, um poder que em vez de servir é um poder que se serve, esse é um poder que nao serve
-------------------
Homem de cor
- eu nasci negro, continuei negro, quando vou a praia negro permaneço, se tomar sol negro ficarei e quando morrer negro permanecerei
- vc nasceu rosado, quando cresceu ficou branco, vai a praia fica vermelho, se tomar um susto fica amarelo, quando ta doente fica verde, se tomar uma pancada fica roxo e quando morrer vai virar cinza, quem que é o homem de cor entre nós dois?
Pedra rolante
O que a rede social mudou em nossa vida. Tudo. O mundo é uma rede social e a gente não sabia, mas desde a pangeia que o ser humano precisa viver em grupo e se comunicar. Depois dos grunhidos veio a escrita e depois da escrita o internetes. Agora, o mundo é um planeta virtual em que se compra tudo, desde relacionamentos ate iphones
O Filósofo Mário Sérgio Cortella é meu luan santana. As pessoas tem ídolos cantores e artistas. Meus ídolos são filósofos e este para mim e o maior filosofo brasileiro da atualidade. Cortela tem 60 anos mas adota a tecnologia como um nativo digital. Num mundo de mudanças cada vez mais velozes, não se pode ficar parado no passado. O maior problema é se grudar no passado como um tatu na toca. Mudanças não são novidades, mas a velocidade destas mudanças sim. Os alunos que entraram na faculdade hoje não conheceram o Airton Senna. O Airton Senna, se voltasse à vida hoje, não conheceria internet, celular em larga escala, máquina digital, os “I” todos.” Até a noção de leigo mudou. Hoje, antes de irmos ao médico damos uma ‘googlada’ e já chegamos cheios de questionamentos sobre a doença que pensamos ter.”
Eu já paguei multa por não ter rebobinado a fita cassete. E tenho so quarenta anos. O problema não é ter vivido neste tempo, mas ter ficado neste tempo. Nossa maneira de comprar mudou, Nossa maneira de fazer jornalismo também. Hoje só velho usa celular para falar. Os adolescentes mandam mensagem eles praticamente reinventaram o telégrafo. O jornalista descobriu que com as redes sociais eles também são lidos. E ganharam colaboradores: a inteligência coletiva é um fenômeno da internet. Agora a geração de conhecimento e opinião é ampliada. Os jornalistas que não querem mudar precisam mudar saber que eles não estão mais na escola formal, talvez, tenham se formado na escola formol, aquela que conserva. É preciso dar uma de rolling stones, pedra rolante não cria limo.
O Filósofo Mário Sérgio Cortella é meu luan santana. As pessoas tem ídolos cantores e artistas. Meus ídolos são filósofos e este para mim e o maior filosofo brasileiro da atualidade. Cortela tem 60 anos mas adota a tecnologia como um nativo digital. Num mundo de mudanças cada vez mais velozes, não se pode ficar parado no passado. O maior problema é se grudar no passado como um tatu na toca. Mudanças não são novidades, mas a velocidade destas mudanças sim. Os alunos que entraram na faculdade hoje não conheceram o Airton Senna. O Airton Senna, se voltasse à vida hoje, não conheceria internet, celular em larga escala, máquina digital, os “I” todos.” Até a noção de leigo mudou. Hoje, antes de irmos ao médico damos uma ‘googlada’ e já chegamos cheios de questionamentos sobre a doença que pensamos ter.”
Eu já paguei multa por não ter rebobinado a fita cassete. E tenho so quarenta anos. O problema não é ter vivido neste tempo, mas ter ficado neste tempo. Nossa maneira de comprar mudou, Nossa maneira de fazer jornalismo também. Hoje só velho usa celular para falar. Os adolescentes mandam mensagem eles praticamente reinventaram o telégrafo. O jornalista descobriu que com as redes sociais eles também são lidos. E ganharam colaboradores: a inteligência coletiva é um fenômeno da internet. Agora a geração de conhecimento e opinião é ampliada. Os jornalistas que não querem mudar precisam mudar saber que eles não estão mais na escola formal, talvez, tenham se formado na escola formol, aquela que conserva. É preciso dar uma de rolling stones, pedra rolante não cria limo.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
De filos, eu tenho um pouco
é um deleite, mesmo que eu nao goste de leite. Eu me fervo dentro do livro Convite à Filosofia da Marilena Chauí...quase derramo o bule, mas pensar assim é pra quem tem café no bule, mesmo em deleite..
então eu aqui reconto o que leio no meu canto. Eu leio, penso e devoro, penso, entendo, e desentendo e volto pra dentro de mim pra entender de novo. É muito para meu deleite..Não delete..
Como pode o tempo passar, como eu sei que ele passa?
Se o passado é o que eu, do presente recordo e o futuro é o que eu, do presente espero, então não seria mais correto dizer que o tempo é apenas o presente?
Quanto dura um presente? Quando acabo de colocar o “r” no verbo “colocar” este “r” ainda é presente ou já é passado?
A palavra que estou pensando em escrever a seguir é presente ou futuro?
Todo ovo é igual a todo o ovo e por isso não temos como ver “um” ovo, embora ele esteja diante de nossos olhos. O ovo é uma casca que expõe tudo
Podemos conhecer as verdades divinas? Se não podermos, seremos culpados? Mas como seriamos culpados por não conhecer aquilo que nossos intelecto, por ser pequeno demais, não teria forças para alcançar?
Como saberíamos que temos uma ideia verdadeira ao encontra-la?
E se há uma ideia verdadeira, ela teria de ser verdadeira o tempo todo e para o todo universal, assim como resolver o Paradoxo do Catalogo?
O Paradoxo do catálogo expõe a dificuldade de achar uma teoria para a verdade:
Se eu disser que existe o catálogo de todos os catálogos, onde devo colocar o catálogo dos catálogos? Isso é, o catálogo dos catálogos é o catalogo catalogado por ele mesmo junto com outros catálogos ou é um catálogo que não faz parte de nenhum catálogo? Se estiver catalogado, não pode ser catálogo de todos os catálogos, pois será necessário um outro catálogo que o contenha, mas se não estiver catalogado, não é o catálogo de todos os catálogos, pois em tal catálogo está faltando ele próprio
A estrutura e o funcionamento da linguagem não correspondem a estrutura e ao funcionamento das coisas. Verdade e falsidade não estão nas coisas e nem nas ideias, mas são valores dos enunciados, segundo os critérios da coerência logica (Entendeu, nem eu, mas vou pensar...ah juro que vou)
Nao sei pq as pessoas se drogam, a filosofia é a maior viagem..e o efeito colateral é a inteligencia
Perguntinhas terrenas
***** Quando eu sou motorista, me irrito com os pedestres
Quando sou pedestre, me irrito com os motoristas
quem ta certo? eu...
***** existe ex-enteado? e o vínculo desvincula?
**** pq para quem vende anfetamina a Justiça considera um crime hediondo, mais grave que tráfico de drogas? Isso é preconceito contra os gordos
*** pq me tomam por louca quando eu me acho lúcida e quanto mais lúcida fico eu, mais louca me veem eles?o ponto de vista é a vista a partir de um ponto
*** Eu sou uma pessoa-chuchu ou uma pessoa-pepino? Sou um pepino, me disse Sir Oswald von Deus do Informativo. Dou graças a Deus por ter algum tipo de gosto, ainda que seja azedo...Como diz a propaganda: amargo, mas resolve...
****Eu sou uma facedependente com sibutramina ou uma bipolar com facelitium?
eu sou uma bipolar facedependente que em vez de fluoxetina precisa de facexetina...
*** a religião é o opio do mundo, as redes sociais são a tarja preta do mundo virtual (roubatilhei a ultima parte do Ermilo). Quem é o mais anestesiado?
*** O que acontece com a vida quando a morte é certa? nao posso falar, nao cheguei até lá..
*** quem somos nós quando estamos a sós?
*** Se Deus é uma partícula, tería ele uma cutícula?Só Deus sabe e o Bóson de Higgs
***Nao me siga
eu nao to perdida, mas também, nem no twitter
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Lembram da campanha 12 por 8 nestas eleições?
Os gregos criaram a “polis”, cidades em que se discutia política e o direito de cada cidadão de emitir em público sua opinião. Dois mil e quinhentos anos depois, penso que o que de polis sabe o ser humano é aquilo que ele confunde com o pólen das abelhas. Penso que nós somos as colmeias domesticadas e as cidades são os nossos apiários.
Na casta humana, nossos governantes são as rainhas e os bolsos são de saúva. Grandes e gordos, para estocar o mel do nosso suor. Ou o fel. Nós somos as operárias. E zangões não tem nenhum: ninguém se zanga realmente. Falou-me uma psicóloga pelo Facebook – local onde as pessoas adoram fazer ativismo sentado . “As pessoas se emocionam com a miséria dos outros, com a violência diária,; mas seguem suas vidas com apatia. “ A maioria ruge como leão e age como tartaruga. Eu vou falar de um leão com pressão alta.
Recebi uma visita de seu Flávio Dresch, um ativo cidadão da civilização. Eu nunca havia trocado realmente uma ideia com ele. Mas foi seu Flávio chamar-me para um bate-papo.Levou um calhamaço de jornais com notícias políticas e disse em tom de desabafo. “Temos de fazer o povo lembrar dos nomes dos vereadores”. Ele falava de fulano, sicrano e dos que permitiram que a cidade tivesse 15 vereadores em vez de dez. Seu Flávio não queria que eu fizesse matéria com ele. Quando peguei caneta e bloco, disse-me: “não precisa botar meu nome, deixa assim.” Eu entendi seu Flávio: ele só queria ser ouvido. Quando bateu na porta dos gabinetes, os políticos é que se fizeram de porta.
Perguntei a ele: “Seu Flávio, por que o senhor luta tanto por essa causa?”. O homem que já teve um mercado enorme no centro da cidade e fundou o bloco dos palhaços me olhou e disse assim: “sou doente por esta cidade.” E emendou em tom de emoção: “o que os jovens da outra geração vão dizer de nós? O que nós estamos deixando para eles se não esta vergonha toda?. Vi que estava envergonhado e deparava com um embate ético sufocado dentro de um uivo humano.
Há muitos meses que seu Flávio não dorme bem, sofre de pressão alta por conta da política. Ele tem tanta vontade de fazer algo se mover que vai entupir suas artérias. Flávio ruge como um leão, mas um felino na savana precisa encontrar uma matilha. Seu Flávio faz parte da alcateia, não da manada. Por isso ele é um leão com pendor para a hipertensão. Faço votos que em outubro, sua pressão se normalize em 12 por oito.
É que seu Flávio me fala em fazer um corpo a corpo. Assim como existem os cabos eleitorais que vão a campo buscar votos, me propõe que façamos exatamente isso e o contrário disso. Vamos fazer um corpo a corpo para dizer em quem não votar. Eu acho o máximo a proposta do outrora palhaço, que tem muito mais seriedade do que quem faz da política um sofisma para trabalhar na “pobre” cidade, em vez da polis-cidade. No Brasil, 30% da população adulta tem pressão alta. É uma doença democrática. Vamos ajudar seu Flávio e a nós mesmos a prevenir a hipertensão. Para quem tem bom coração, faça parte da campanha: eu sou 12 por 8.
Vamos colocar a hastag no Twitter e fazer campanha no Facebook pela saúde de seu Flávio: #Lajeado 12 por 8. Vamos deixar um palhaço saudável. Amarre um cordão no dedo ou pendure lembretes no Face de seus amigos: Eu sou 12 por 8.
#Lajeado 12 por 8.
Pressão
http://www.informativo.com.br/site/noticia/visualizar/id/22730/?Vamos_normalizar_a_pressao_do_seu_Flavio%3A_sou_12_por_8.html
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Porque eu nao tenho pena para a morte
A Delegacia de Polícia da Mulheres de Lajeado recebe em média, cinco denúncias de abuso sexual por mês. Ocorre não apenas com meninas, mas com garotos. Desde o início do ano, quatro meninos foram vítimas. Para eles, o prejuízo emocional é ainda maior porque fere a masculinidade.
Em muitos casos, o estupro ocorre durante anos. Geralmente são agressores que estão envolvidos dentro da família, padrastos, tios ou parentes. As mães e os professores são os principais responsáveis pelas denúncias.
No mês passado, um registro feito em fim de semana da Delegacia de Polícia chamou a atenção. Uma menina de seis anos teria sido estuprada por um vizinho. O caso aconteceu em Cruzeiro do Sul. O homem teria convidado a criança para “tomar um café” e lhe dado um bombom. O homem foi preso em flagrante.
No fim do ano passado, a polícia gaúcha inaugurou um banco de dados com DNA de vítimas e agressores. Com o banco, a polícia chegou até a um estuprador que agia em série em Lajeado. Um rapaz de 23 anos que escolhia suas vítimas de acordo com o biótipo: a preferência do agressor por loiras, altas, magras e de olhos claros.
Segundo o site da Polícia Federal, o autor hoje está “está preso em regime semiaberto no Presídio Estadual de Lajeado”.
O presídio de Lajeado tem hoje 40 que cumprem pena por abuso sexual. Eles estão mantidos em duas celas separadas. “Os outros presos não aceitam esse tipo de delito porque também tem famílias.
Então, nessa semana foi mais um homem para lá.Estuprou, torturou e escravizou duas enteadas durante sete anos. Uma a cada dia, dia sim e dia não. Preferia a mais novinha que obrigou a pintar o cabelo de loiro talvez para dar vazão a sua lascivia. Dava choque nelas com o concluio da mãe delas. Chegou a ser preso em 2003, mas por falta de provas a Justiça teve medo de fazer injustiça e o soltou. Lancei a pergunta: tem de ter pena de morte nestes casos? Tem sim senhor. Fui eu mais julgada do que o proprio acusado. Me disseram que como jornalista tenho de ser imparcial.
Julguei e puni. Mataria. Quem preserva o lobo mata as ovelhas. Essa gente que espera a justiça do juiz tem valores morais e eticos meio bizarros. Não querem parecer que condenam a morte uma pessoa que precisa ser morta, porque na mentalidade judaico-cristã, matar é crime. Então, antes de sofrer a condenação de matá-lo, preferem deixar que o criminoso mate alguem, afinal, ai é ele que mata, e elas não sujaram as mãos e nao terão peso na consciência. A gente vive como Poncio Pilatos, lavamos as mãios sempre..é sempre dever do outro julgar, fiscalizar o bem-publico, olhar pela cidadania. É dever da justiça julgar. Nós nunca temos nada com isso.É a ética do obvio.
A coisa que é evidente nao é aprazível, porque parece que você está arrumando uma coisa que nao deveria ser arrumada. Isso é desconcertante. Parece que vc quer colocar os braços na vênus de Milo. Isso choca, porque as pessoas não querem consertar o que é mais legal ficar desarrumado..Cortella disse isso em uma proposição diferente. Eu a alterei para esse momento, me perdoe filósofo, mas indagar é voar fora das asas.
A ética é feita por três determinantes: quero, devo e posso. Tem coisas que eu quero mas não devo, tem coisas que devo mas não posso, tem coisas que posso mas não quero.
Talvez a pena de morte nada mais é do que a legítima defesa da sociedade contra o criminoso. Quando aplicada a um criminoso irrecuperável, ela impede que ele cometa mais crimes. Mas a gente prefere que ele continue cometendo crimes, porque se a gente o matasse o fantasma da culpa rondaria em nós. Já se ele permanece matando, não temos culpa, porque ele é quem continuou matando e nós fomos bons, pois demos a ele a chance da vida. Mentira, nós só nao queríamos nos sujar com o sangue do crime...ele que continue praticando-os sozinhos..
Em muitos casos, o estupro ocorre durante anos. Geralmente são agressores que estão envolvidos dentro da família, padrastos, tios ou parentes. As mães e os professores são os principais responsáveis pelas denúncias.
No mês passado, um registro feito em fim de semana da Delegacia de Polícia chamou a atenção. Uma menina de seis anos teria sido estuprada por um vizinho. O caso aconteceu em Cruzeiro do Sul. O homem teria convidado a criança para “tomar um café” e lhe dado um bombom. O homem foi preso em flagrante.
No fim do ano passado, a polícia gaúcha inaugurou um banco de dados com DNA de vítimas e agressores. Com o banco, a polícia chegou até a um estuprador que agia em série em Lajeado. Um rapaz de 23 anos que escolhia suas vítimas de acordo com o biótipo: a preferência do agressor por loiras, altas, magras e de olhos claros.
Segundo o site da Polícia Federal, o autor hoje está “está preso em regime semiaberto no Presídio Estadual de Lajeado”.
O presídio de Lajeado tem hoje 40 que cumprem pena por abuso sexual. Eles estão mantidos em duas celas separadas. “Os outros presos não aceitam esse tipo de delito porque também tem famílias.
Então, nessa semana foi mais um homem para lá.Estuprou, torturou e escravizou duas enteadas durante sete anos. Uma a cada dia, dia sim e dia não. Preferia a mais novinha que obrigou a pintar o cabelo de loiro talvez para dar vazão a sua lascivia. Dava choque nelas com o concluio da mãe delas. Chegou a ser preso em 2003, mas por falta de provas a Justiça teve medo de fazer injustiça e o soltou. Lancei a pergunta: tem de ter pena de morte nestes casos? Tem sim senhor. Fui eu mais julgada do que o proprio acusado. Me disseram que como jornalista tenho de ser imparcial.
Julguei e puni. Mataria. Quem preserva o lobo mata as ovelhas. Essa gente que espera a justiça do juiz tem valores morais e eticos meio bizarros. Não querem parecer que condenam a morte uma pessoa que precisa ser morta, porque na mentalidade judaico-cristã, matar é crime. Então, antes de sofrer a condenação de matá-lo, preferem deixar que o criminoso mate alguem, afinal, ai é ele que mata, e elas não sujaram as mãos e nao terão peso na consciência. A gente vive como Poncio Pilatos, lavamos as mãios sempre..é sempre dever do outro julgar, fiscalizar o bem-publico, olhar pela cidadania. É dever da justiça julgar. Nós nunca temos nada com isso.É a ética do obvio.
A coisa que é evidente nao é aprazível, porque parece que você está arrumando uma coisa que nao deveria ser arrumada. Isso é desconcertante. Parece que vc quer colocar os braços na vênus de Milo. Isso choca, porque as pessoas não querem consertar o que é mais legal ficar desarrumado..Cortella disse isso em uma proposição diferente. Eu a alterei para esse momento, me perdoe filósofo, mas indagar é voar fora das asas.
A ética é feita por três determinantes: quero, devo e posso. Tem coisas que eu quero mas não devo, tem coisas que devo mas não posso, tem coisas que posso mas não quero.
Talvez a pena de morte nada mais é do que a legítima defesa da sociedade contra o criminoso. Quando aplicada a um criminoso irrecuperável, ela impede que ele cometa mais crimes. Mas a gente prefere que ele continue cometendo crimes, porque se a gente o matasse o fantasma da culpa rondaria em nós. Já se ele permanece matando, não temos culpa, porque ele é quem continuou matando e nós fomos bons, pois demos a ele a chance da vida. Mentira, nós só nao queríamos nos sujar com o sangue do crime...ele que continue praticando-os sozinhos..
Aqui tem haitiano, tem sim senhor!
Eles desembarcaram de avião de Manaus para Lajeado para trabalhar nas obras da cidade e se encantaram com o monte de prédios que tem aqui, mas não gostaram da comida. É muito arroz. Surpreendem pela eficiência e pela diligência em enviar dinheiro à família. Temos de tomar lições com os haitianos que por terem pouco, valorizam o que está em suas mãos.
Estão na cidade há três semanas, atuando como serventes, pedreiros e operadores em prédios no centro da cidade. Os haitianos ganham, além de salário por nove horas trabalhadas cinco dias por semana, alimentação e alojamento. Há muito tempo que as construtoras enfrentam a falta de mão de obra na construção civil.
Os haitianos que assumem a construção civil de Lajeado dialogam em francês, alguns são fluentes em inglês mas poucos arranham o português. A comunicação é escassa, feita principalmente por sinais, mas a cada dia, o domínio do idioma aumenta.
Estão se revelando bons trabalhadores. O ofício é ensinado pelos colegas e há entre eles vontade de trabalhar e reconstruir suas vidas. Muitos deixaram família no Haiti e com o dinheiro da construção civil, enviam auxílio à mulheres, filhos ou pais.
Dos 14 contratados, três compreendem o português e são interpretes. Dieffi Jean é um deles. Com 20 anos e facilidade para entender o idioma, em três semanas consegue ser entendido e ajuda os colegas. Ele fala francês e inglês. Como servente, está aprendendo o ofício e diz que não quer mais voltar ao Haiti. Gostou de Lajeado.
A extrema miséria no Haiti, os empurrou para a migração a partir de 2010, quando começaram a chegar os primeiros a Manaus. Muitos vivem no limbo burocrático, sem visto de permanência, mas com um protocolo que lhes dá direito a procurar emprego. O governo brasileiro os tem acolhido e com a brecha de trabalharem no Sul, abre-se novas chances.
Os nomes são incompreensíveis aos pedreiros brasileiros, mas eles logo arranjam apelidos ou abreviam a nomenclatura. Wilteam Mattheuls tem 37 anos e veio de Thomazeau, cidade próxima à capital do país e não consegue dialogar. Riclerc Pamphile tenta o português, mas o pedreiro Josef Bonecleticane de 42 anos é quem compreende melhor por estar no Brasil há três meses. Ele tem mulher e filho no Haiti, se assustou com o frio mas está se acostumando. Impressionou-se com os vários prédios da cidade e ainda está tentando habituar seu paladar ao cardápio brasileiro. “É arroz, arroz, arroz de notche e de matina”, diz falando da comida: arroz, feijão, carne e salada.
Estão na cidade há três semanas, atuando como serventes, pedreiros e operadores em prédios no centro da cidade. Os haitianos ganham, além de salário por nove horas trabalhadas cinco dias por semana, alimentação e alojamento. Há muito tempo que as construtoras enfrentam a falta de mão de obra na construção civil.
Os haitianos que assumem a construção civil de Lajeado dialogam em francês, alguns são fluentes em inglês mas poucos arranham o português. A comunicação é escassa, feita principalmente por sinais, mas a cada dia, o domínio do idioma aumenta.
Estão se revelando bons trabalhadores. O ofício é ensinado pelos colegas e há entre eles vontade de trabalhar e reconstruir suas vidas. Muitos deixaram família no Haiti e com o dinheiro da construção civil, enviam auxílio à mulheres, filhos ou pais.
Dos 14 contratados, três compreendem o português e são interpretes. Dieffi Jean é um deles. Com 20 anos e facilidade para entender o idioma, em três semanas consegue ser entendido e ajuda os colegas. Ele fala francês e inglês. Como servente, está aprendendo o ofício e diz que não quer mais voltar ao Haiti. Gostou de Lajeado.
A extrema miséria no Haiti, os empurrou para a migração a partir de 2010, quando começaram a chegar os primeiros a Manaus. Muitos vivem no limbo burocrático, sem visto de permanência, mas com um protocolo que lhes dá direito a procurar emprego. O governo brasileiro os tem acolhido e com a brecha de trabalharem no Sul, abre-se novas chances.
Os nomes são incompreensíveis aos pedreiros brasileiros, mas eles logo arranjam apelidos ou abreviam a nomenclatura. Wilteam Mattheuls tem 37 anos e veio de Thomazeau, cidade próxima à capital do país e não consegue dialogar. Riclerc Pamphile tenta o português, mas o pedreiro Josef Bonecleticane de 42 anos é quem compreende melhor por estar no Brasil há três meses. Ele tem mulher e filho no Haiti, se assustou com o frio mas está se acostumando. Impressionou-se com os vários prédios da cidade e ainda está tentando habituar seu paladar ao cardápio brasileiro. “É arroz, arroz, arroz de notche e de matina”, diz falando da comida: arroz, feijão, carne e salada.
Texto anormal da Marianna
Ótimo, mais uma vez me peguei sentado em frente a tela do computador chorando por ler coisa que não deveria. A falta de respeito das pessoas me consume e em seguida é substituída pela raiva, que logo o choro toma lugar.
Droga, mil vezes droga. Por que eu tinha que ser essa manteiga derretida? Ou melhor, por que a sociedade tanta dificuldade de aceitar o gosto dos outros? Acho que deveria haver um respeito continuo, não "turbilhada" como se vê hoje em dia.
Habitualmente me vejo pensando em como seria a pessoa perfeita para a sociedade.
Algumas analises me levaram a algumas conclusões.
Ai vai algumas dicas para você se tornar um ser humano perfeito diante da sociedade:
Negros vocês perderam a vez, a sociedade não aceitará você de forma alguma. Mesmo que façam branqueamento o teu passado te condena.
Pobres, estão na mesma situação dos negros. E ainda por cima não valem um tostão.
Gordos, recomendo um regime ou uma lipo.
Magros de Mais, alguns mercados vendem 2 barras de chocolate pelo preço de 1. Engorde.
Deficientes mentais ou físicos, sem chances já mais o aceitaram.
Homossexuais, mesma situação dos deficientes, pobres e negros.
A partir daqui o que nós chamamos de "Pessoas Normais"
primeira dica, qualquer pergunta que lhe fizerem:
EX: Gosta de tal banda?
Responda : Não porém respeito, quem goste.
Diga que respeita acima de tudo. Você ganha pontos.
Segunda dica
Não assista TV, mas fique por dentro de seriados, noticias e etc. As pessoas vão te achar de outro século se você não souber ao menos o que é "Plim Plim". Porém vão te achar um anti-social se dizer que vivem no Computador ou na frente da TV.
Terceira dica:
Não fale muito, mas não fique calado. Ou te acharam timido ou acharam que você quer aparecer.
Quarta Dica:
Não se demonstre sentimental, as pessoas te acharam dramática, porém diga que chora em velório, se não te acharam um sem coração.
Quinta dica:
Não de ache bonito, acharam você vaidoso de mais, porém não se julgue feio, pensaram que você quer um elogio.
Sexta Dica:
Nunca toque no nome de Deus. Assim você fica bem com os religiosos e com os ateus.
Sétima dica :
Não se meta na conversa dos outros, apenas quando pedirem a sua opinião, e mesmo quando isso acontecer tente mostrar os dois lados. Nunca diga que um está errado mesmo que esteja.
Oitava dica:
Não estude muito, mas também não seja o mais burro da turma.
Nona dica:
Nunca queira nada, morra de fome, de sede, mije-se nas calças, mas em caso algum aceite algo oferecido por outra peço. Ela espera que você não aceite.
Decima Dica:
Não seja você, acima de tudo e de qualquer coisa, agrade a todos.
OBS: Eike Batista, Mark Zuckerberg, Bill Gates, entre outros milionários. Não precisam fazer nada acima, apenas divida seu dinheiro com a humanidade que você será o homem mais perfeito do universo.
Droga, mil vezes droga. Por que eu tinha que ser essa manteiga derretida? Ou melhor, por que a sociedade tanta dificuldade de aceitar o gosto dos outros? Acho que deveria haver um respeito continuo, não "turbilhada" como se vê hoje em dia.
Habitualmente me vejo pensando em como seria a pessoa perfeita para a sociedade.
Algumas analises me levaram a algumas conclusões.
Ai vai algumas dicas para você se tornar um ser humano perfeito diante da sociedade:
Negros vocês perderam a vez, a sociedade não aceitará você de forma alguma. Mesmo que façam branqueamento o teu passado te condena.
Pobres, estão na mesma situação dos negros. E ainda por cima não valem um tostão.
Gordos, recomendo um regime ou uma lipo.
Magros de Mais, alguns mercados vendem 2 barras de chocolate pelo preço de 1. Engorde.
Deficientes mentais ou físicos, sem chances já mais o aceitaram.
Homossexuais, mesma situação dos deficientes, pobres e negros.
A partir daqui o que nós chamamos de "Pessoas Normais"
primeira dica, qualquer pergunta que lhe fizerem:
EX: Gosta de tal banda?
Responda : Não porém respeito, quem goste.
Diga que respeita acima de tudo. Você ganha pontos.
Segunda dica
Não assista TV, mas fique por dentro de seriados, noticias e etc. As pessoas vão te achar de outro século se você não souber ao menos o que é "Plim Plim". Porém vão te achar um anti-social se dizer que vivem no Computador ou na frente da TV.
Terceira dica:
Não fale muito, mas não fique calado. Ou te acharam timido ou acharam que você quer aparecer.
Quarta Dica:
Não se demonstre sentimental, as pessoas te acharam dramática, porém diga que chora em velório, se não te acharam um sem coração.
Quinta dica:
Não de ache bonito, acharam você vaidoso de mais, porém não se julgue feio, pensaram que você quer um elogio.
Sexta Dica:
Nunca toque no nome de Deus. Assim você fica bem com os religiosos e com os ateus.
Sétima dica :
Não se meta na conversa dos outros, apenas quando pedirem a sua opinião, e mesmo quando isso acontecer tente mostrar os dois lados. Nunca diga que um está errado mesmo que esteja.
Oitava dica:
Não estude muito, mas também não seja o mais burro da turma.
Nona dica:
Nunca queira nada, morra de fome, de sede, mije-se nas calças, mas em caso algum aceite algo oferecido por outra peço. Ela espera que você não aceite.
Decima Dica:
Não seja você, acima de tudo e de qualquer coisa, agrade a todos.
OBS: Eike Batista, Mark Zuckerberg, Bill Gates, entre outros milionários. Não precisam fazer nada acima, apenas divida seu dinheiro com a humanidade que você será o homem mais perfeito do universo.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
O dia em que chorei na frente dos vereadores
O músico Tonho Crocco, foi processado no ano passado por ter gravado uma música de protesto. No rap “Gangue da Matriz”, cita os 36 parlamentares que votaram pela aprovação do aumento de 73% em seus salários. O rap lista todos eles, , inclusive nomes conhecidos que tem reduto eleitoral no Vale do Taquari - o terceiro mais fértil do mundo: Befran Rosado,Heitor Schuch, Edson Brum, Alexandre Postal e Zilá Breitenbach e Marcio Biolchi. Crocco foi então processado por intermédio de uma ação no Ministério Público encaminhada em nome do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul Giovani Cherini por crimes contra a honra. O músico desabafou sobre situação em seu blog: “Não seria esta ação uma forma de censura à liberdade de expressão?” Tonho não se considera culpado por ter direito de exercer sua cidadania e sua crítica. Ele disse ser músico e não político e sua manifestação foi fazendo música. Sua música está no youtube e foi vista por mais de 190 mil pessoas.
O dia em que eu chorei em público foi na terça-feira. Fui para a Câmara de Vereadores para ver se iriam topar a redução do salário. Eu não achei que iriam mesmo. Mas aí, o baque foi maior: eles aumentaram o salário através de uma emenda. Seis se levantaram para aprovar mil a mais por mês. E na hora em que se questionou: alguém quer falar algo? Ninguém deles se levantou para justificar. Eu tive um surto. Não sou política, esqueço o nome dos partidos, mas naquele momento me senti ofendida. Não por mim, mas por todos os 71 mil habitantes. Eu queria que as 50 pessoas que estavam na plenária fizessem coro a mim. Eu me senti tão sozinha. O presidente da Câmara pediu que eu respeitasse os vereadores quando eu num impulso gritei alguma coisa que nem lembro mais. Mas eu disse: “e os vereadores estão respeitando o povo?’ Ninguém falou. Eu passei por insana. Chorei, não consegui conter as lágrimas. Chorei profundamente porque pela manhã, eu havia ido num protesto e visto que as mães tinha filhas doentes porque não conseguiam médicos para sua prole. Tinha um homem com uma protuberância horrível na barriga e ele so seria atendido em 20 dias. Chorei pelo povo e por mim. Chorei porque eu acreditei que o povo poderia se manifestar. Porque as pessoas sempre pedem a ajuda da imprensa para protestar sobre o buraco de rua, a falta de médicos ou o aumento do IPTU.
Os vereadores disseram que não era aumento. Mas que os mil reais a mais serviriam a titulo de “manutenção”. Quando fiz o que fiz, levantando na plenária, eu senti que as pessoas me olhavam com dó. Algumas tinham até vergonha de mim. Eu achava que elas tinham de ter vergonha deles.
Uma vereadora me olhou com desprezo quando eu a questionei sobre isso. Ela me perguntou se eu aceitaria baixar meu salário. Mas eu trabalho integralmente durante sete horas por dia. O vereador so necessita atuar duas horas por semana e conta com a ajuda dos assessores. Ele pode ter sua profissão principal. Ser vereador é dar amparo ao povo. O salário contaria a título de ajuda e não deveria ser sua remuneração principal.
Eu chorei porque perdi a compostura por ter chorado em público. Eu queria ter me controlado. Ter dado a resposta na urna, apenas. Mas a urna está tão longe. Eu acho que os políticos precisam ter uma reação imediata das pessoas. Parece que a gente fica impotente perante a situação e a situação de impotência é uma das piores que existem. Depois eu fiquei com medo de perder o emprego por ser jornalista e como jornalista eu teria de ser imparcial. Mas eu não estava na camara como jornalista. Eu estava lá como cidadã.
Eu também achei que o crime aconteceu no plenário e de dia, votado e aprovado pelos proprios vereadores. Até os que eu achava que eram sangue bom, vejo que agora o discurso deles era balela. Eu queria gritar para a plenária, para uma psicóloga e um psiquiatra que estavam La. Para empresários, professores e o povo da comunidade. Eu queria dizer: “meta seu nariz”. Somos 71 mil contra dez edis. Vamos se unir e barrar o reajuste. Mas eu em vez de motivar o povo, os envergonhei com minha postura. Uma pessoa depois me enviou uma mensagem pelo Facebook: “ Pita comungo com a tua indignação mas só em 07/10/2012 para começarmos a mudar essa realidade. Hoje não tinha o que fazer pois o povo não comparece e quem comparece se cala. Parabéns pelo teu ato, mas corria o risco de ser expulsa. Abraços. Falamos.” Eu choro por mim e choro por vocês. Como diz Tonho Crocco: “Não sei quanto a você mas eu vou lutar, e se a memória é curta mude sua conduta”.
Trecho da música Gangue da Matriz
“O crime aconteceu em plena luz do dia
Votado e aprovado pelos próprios Deputados
Subiram seu salário; me senti 1 otário
Capitalistas, comunistas
Todas as vertentes presentes na lista
Confortavelmente embaixo dessa aba
73 por cento
Feriu meu sentimento
Bate o ponto, tem diária e não trabalha
Pra eles benefícios
Pro povo migalhas
Aposto que o salário deles nunca atrasa
É hora de falar
É hora de mudar
Não sei quanto a você mas eu vou lutar
E se a memória é curta mude sua conduta
Posso perder um round mas não fujo da luta”
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Vida de jornalete
Todo dia eu vejo eles
Estampados no jornal
Vira e mexe ele me dizem, “eu tenho moral”
Tão sempre cheios de razão
Ligo o gravador e digo então
Fale logo para o povo
Que pelo menos vc vale um ovo
Queria ver leitor aqui no meu lugar
Eles iriam se espantar e chorar
So vendo político se desculpar
Escondendo a ficha suja e rezar
Meu colega quis botar
Neguinho na manchete dele
Virou ringue e foi pior pra ele
Viu o BO daquele patrão
Era um cara vacilão
Tinha dois assessores e um carrão
Levo vida de jornalete
Com meu piso vivo no “brete”
Fim de semana é de plantão
Escrevendo a ronda
E levando sermão
Um dia eu dou uma de giovani grizotti
E viro a “merda” desse pote
Chamada de capa vou botar
e denúncias vão brotar
Levo vida de jornalete
com o povo reporter vira o jogo
sair do clipe da novela
e fazer a revoluçao fora da tela
terça-feira, 19 de junho de 2012
Marianna e o dom da indignação
Querem justiça. Mas e o que fazem pra isso acontecer? Querem um país mais limpo. Mas e cadê os protestos? Chances temos aos montes. Mas parece que o medo toma conta da opinião. Estamos nos omitindo diante deles. E eles? Acham que tem poder. Enquanto não tomarmos uma atitude continuará assim. Reajam. Lutem. Protestem. Somos mais fortes juntos. Enquanto outros arrumam o colarinho. Nós nos calamos. Queremos menos corrupção, menos impostos, menos sujeira. Mas e as atitudes cadê? De que adianta querer e não fazer para isso acontecer?! Cada vez mais acham que estão no controle, continuarão aumentando seus salários e vocês que os pagarão. Enquanto meia dúzia luta por um país de 1º mundo, três dúzias se omitem e ficamos na mesma. Ou pior, caindo. Não gastem as chances que tem, se gastarem, lutem pra conseguir mais e dessa vez fazer certo, porém sempre faça certo da primeira vez. Não temos que ter vergonha de gritar e clamar por justiça. Temos que ter vergonha de nos calarmos diante da sujeira.
Um número judeu
O relatos de Max Wachaman Schanzer; judeu sobrevivente da guerra mundia, causou, arrepios no braço e lágrimas sufocadas.O holocausto ocorreu há 75 anos e é uma história que causou perplexidade e faz pensar sobre a dimensão ética do acontecimento.
Judeu polonês, tinha 11 anos quando a guerra chegou em sua cidade. Os nazistas obrigaram sua família a ir para um gueto: um local feito para cinco mil pessoas, mas as tropas amontoaram 40 mil. Um pedaço de pão e a sopa aguada era a única refeição do dia. Os pais foram mandados para a câmara de gás e ele, para um campo de concentração para fazer trabalho escravo: ajudava a fabricar armas que depois eram utilizadas contra o seu povo. No inverno, a temperatura chegava a 26 graus negativos. “. Trabalhava quatorze horas por dia o menino que os nazistas amputaram o nome. Mas não tinha direito a uma denominação. Era só o numero 25.861. E quando disse isso aos alunos, a voz tremeu.
Seu nome: Max Wachsmann Schanzer
------------" No dia primeiro de setembro de 1939 estourou a 2ª Grande Guerra Mundial. A Alemanha declarou guerra e invadiu a Polônia. Eu tinha 11 anos. A cidade, Jaworzno, ficava na fronteira da Alemanha e foi a primeira a ser atacada e ocupada pelo exército alemão.
Em 29 de setembro, quase um mês de guerra, a Polônia capitulou para os alemães. Nós judeus fomos obrigados a fazer trabalho forçado. Nossos bens foram confiscados e a comida foi racionada.
--------------Em 1941 fomos confinados no Gueto Shredlice, na Polônia. Fomos levados em vagões de gado, somente com a roupa do corpo e nos obrigaram a usar a estrela de David na camisa para sermos identificados como Judeus.
----------- Nós trabalhávamos na fábrica em condições sub-humanas, miseráveis. A comida, racionada, era um pedaço de pão e uma sopa aguada por dia. Muitos morriam de fome, sede e de doenças.
------------Meus pais e minha irmã de 5 anos foram transportados, em vagões de gado, para o campo de extermínio de Auschwitz , que ficava há apenas 50 quilômetros da nossa cidade natal e lá chegados, foram levados diretamente para a morte por envenamento nas câmaras de gás.
------------Eu fui levado para o campo de trabalho escravo na cidade de Markstaet, na Alemanha. Foi alojado em galpão de madeira. Fazía trabalho forçado, fazendo covas para canos de água encanada de 6 metros de profundidade, para a fábrica de armamentos da firma Krup.Isto no inverno, com frio de até 25 graus negativos.
----------------De fato, não sei como eu sobrevivi, porque muitos morreram a tanto frio, pelas péssimas condições de nutrição e vestimenta e trabalho forçado de pelo menos 14 horas por dia.
---------Os alojamentos não tinham calefação e as camas eram beliches de 3 andares, uma fábrica de escravos.
Neste momento eu não era mais chamado pelo meu nome, e sim pelo número que me deram: 25861.
---------No início do ano de 1944 me levaram para o campo de concentração Finfteichen, Alemanha. Neste campo tudo era mais rigoroso. Trabalhei na fabrica de tanques e armamentos da Krup, na parte externa. Éramos vigiados pela policia nazista “SS Totenkopf” (caveira), (Esquadrão de matança da Gestapo, Comando de Homicídios), que era uma corporação dirigida diretamente pelo general Himler, um dos nazistas mais cruéis e facínoras.
Estes soldados da SS eram na maior parte Ucranianos ou Lituanos. Eles eram tão brutais, que se um dia não matavam alguém, não ficavam satisfeitos, era algo insano.
-----------No inicio de 1945, a Alemanha estava perdendo a guerra, e foi invadida dos dois lados: ao leste pelos Russos e do lado oeste pelos Americanos e aliados.
---------Para não deixar vestígios das terríveis barbaridades que as SS fizeram conosco, estes resolveram fugir e nos levaram junto. Era um inverno muito rigoroso de baixa temperatura. Tivemos que andar dia e noite, sem comida e controlados pelos guardas da SS.
----------Foi a marcha da morte. No caminho, quem não conseguiu caminhar foi fuzilado a tiros pelos guardas SS. Nós, que ao sair do campo éramos 500 prisioneiros, quando voltamos ao campo de Goerlitz somente sobraram 80 pessoas.
----------Porém, os alemães não se renderam e os russos bombardearam e destruíram quase toda cidade. Eu me escondi dentro de um bunker, onde havia também prisioneiros de guerra poloneses e franceses, e me salvei.
----------No dia 7 de maio foi assinada a rendição dos alemães. Os guardas SS, fugiram do campo para não serem presos e nós fomos libertados pelo exercito russo.Acabou a guerra e então eu tive que procurar uma nova vida. Estava com 17 anos. Tive diversas doenças como tifo e inicio de tuberculose.
-----------Eu me mudei definitivamente para Porto Alegre em agosto de 1954. Casei e tive três filhos:
Helena, Dora e Sergio e tenho dois netos, Pedro e Leandro e vivo feliz neste belo país BRASIL, que me acolheu com seu clima tropical e com paz.
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