sexta-feira, 29 de junho de 2012

Porque eu nao tenho pena para a morte

A Delegacia de Polícia da Mulheres de Lajeado recebe em média, cinco denúncias de abuso sexual por mês. Ocorre não apenas com meninas, mas com garotos. Desde o início do ano, quatro meninos foram vítimas. Para eles, o prejuízo emocional é ainda maior porque fere a masculinidade.
Em muitos casos, o estupro ocorre durante anos. Geralmente são agressores que estão envolvidos dentro da família, padrastos, tios ou parentes. As mães e os professores são os principais responsáveis pelas denúncias.

No mês passado, um registro feito em fim de semana da Delegacia de Polícia chamou a atenção. Uma menina de seis anos teria sido estuprada por um vizinho. O caso aconteceu em Cruzeiro do Sul. O homem teria convidado a criança para “tomar um café” e lhe dado um bombom. O homem foi preso em flagrante.

No fim do ano passado, a polícia gaúcha inaugurou um banco de dados com DNA de vítimas e agressores. Com o banco, a polícia chegou até a um estuprador que agia em série em Lajeado. Um rapaz de 23 anos que escolhia suas vítimas de acordo com o biótipo: a preferência do agressor por loiras, altas, magras e de olhos claros.
Segundo o site da Polícia Federal, o autor hoje está “está preso em regime semiaberto no Presídio Estadual de Lajeado”.

O presídio de Lajeado tem hoje 40 que cumprem pena por abuso sexual. Eles estão mantidos em duas celas separadas. “Os outros presos não aceitam esse tipo de delito porque também tem famílias.

Então, nessa semana foi mais um homem para lá.Estuprou, torturou e escravizou duas enteadas durante sete anos. Uma a cada dia, dia sim e dia não. Preferia a mais novinha que obrigou a pintar o cabelo de loiro talvez para dar vazão a sua lascivia. Dava choque nelas com o concluio da mãe delas. Chegou a ser preso em 2003, mas por falta de provas a Justiça teve medo de fazer injustiça e o soltou. Lancei a pergunta: tem de ter pena de morte nestes casos? Tem sim senhor. Fui eu mais julgada do que o proprio acusado. Me disseram que como jornalista tenho de ser imparcial.
Julguei e puni. Mataria. Quem preserva o lobo mata as ovelhas. Essa gente que espera a justiça do juiz tem valores morais e eticos meio bizarros. Não querem parecer que condenam a morte uma pessoa que precisa ser morta, porque na mentalidade judaico-cristã, matar é crime. Então, antes de sofrer a condenação de matá-lo, preferem deixar que o criminoso mate alguem, afinal, ai é ele que mata, e elas não sujaram as mãos e nao terão peso na consciência. A gente vive como Poncio Pilatos, lavamos as mãios sempre..é sempre dever do outro julgar, fiscalizar o bem-publico, olhar pela cidadania. É dever da justiça julgar. Nós nunca temos nada com isso.É a ética do obvio.

A coisa que é evidente nao é aprazível, porque parece que você está arrumando uma coisa que nao deveria ser arrumada. Isso é desconcertante. Parece que vc quer colocar os braços na vênus de Milo. Isso choca, porque as pessoas não querem consertar o que é mais legal ficar desarrumado..Cortella disse isso em uma proposição diferente. Eu a alterei para esse momento, me perdoe filósofo, mas indagar é voar fora das asas.
A ética é feita por três determinantes: quero, devo e posso. Tem coisas que eu quero mas não devo, tem coisas que devo mas não posso, tem coisas que posso mas não quero.

Talvez a pena de morte nada mais é do que a legítima defesa da sociedade contra o criminoso. Quando aplicada a um criminoso irrecuperável, ela impede que ele cometa mais crimes. Mas a gente prefere que ele continue cometendo crimes, porque se a gente o matasse o fantasma da culpa rondaria em nós. Já se ele permanece matando, não temos culpa, porque ele é quem continuou matando e nós fomos bons, pois demos a ele a chance da vida. Mentira, nós só nao queríamos nos sujar com o sangue do crime...ele que continue praticando-os sozinhos..


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