quarta-feira, 25 de março de 2009

Vida de sentidos

A falta de sentido de vida produz a neurose espiritual marcado pelo vácuo da alma. Tenho lido a respeito de logoterapia, criada para ajudar a buscar o sentido de vida. Diz o idealizador da teoria que é preciso ter consciência de que a vida tem sentido em qualquer circunstância. A vida a todo momento nos cobra seu sentido. Algumas pessoas descobrem seu sentido almejando o poder, sucesso, dinheiro, engajado em uma causa. A vontade de sentido é maior do que a vontade de prazer. Tem uma liberdade que ninguém pode tirar de um homem: a escolha de uma atitude pessoal perante uma situação. "Mesmo na hora da morte, você pode escolher como vai olhar para ela"

domingo, 22 de março de 2009

Liberta!

O amor é como uma escravidão prá mim. Sempre que começo a gostar de alguém, parece que sinto que algemas gigantes estão sendo colocadas ao redor do meu corpo. Daí, tenho necessidade de pedir todo o tempo se a pessoa gosta de mim, preciso que ela reitere isso todos os dias prá que a algema fique frouxa. Depois de algumas horas que a pessoa disse que gosta de mim, parece que prescreve o prazo, e quando mais passa as horas sem ela dizer que me adora, mais a algema se aperta, Entao tenho de pedir de novo: vc gosta de mim?O amor pra mim é uma escravidão porque preciso que a pessoa reitere de cinco em cinco horas o quão ela gosta, ou entao a algema se aperta. Tenho medo de rejeiçao e que esse parceiro não me veja como mulher, so como amiga. E fico questionando se ela gosta o tempo todo. Pois bem, quanto termina a relaçao nao me sinto liberta pq na minha mente há esperança que a pessoa no fundo continue gostando,se ela não disser com todas as letras que ela não gosta. Se ela termina e continua dizendo que gosta, as algemas invisiveis permanecem circundando o meu corpo. A aflição persiste e isso eu vivi durante dois meses. Escravidão invisível. Mas hoje eu senti como ela se abrissem, me senti liberta porque perguntei a pessoa se ela gostava ou se ela me via como mulher> Ela me disse que gostava como amiga, imediatamente senti um alívio como se as algemas estivessem sendo afrouxadas, como se eu conseguisse me mover e ter um ar. Foi um alívio misturado ao um pouco de dor. eu sei que é dificil entender isso, mas o fato de ela dizer com todas as letras: "eu gosto de vc como amiga, mas nao como mulher, me libertou da minha aflição. E olha que eu queria agarrar a pessoa com todas as forças, cercar ela, mas metaforicamente, descobri que as algemas se abriram ao redor do meu corpo, e nao do corpo dele. Me sinto liberta. Essa cronica ta confusa, mas ela foi feita so pra mim, so pra eu n perder o feeling desse momento, quero me lembrar desse sentimento, desse processo, de despossessão, descravização, alívio Foi bom saber o que poderia ser o simbolo maior da rejeiçao. Agora que sei que ele nao gosta mesmo, estou leve, posso respirar e seguir em frente. Estou liberta.

sexta-feira, 13 de março de 2009

A vida me crava os dentes




Eu me escravizo perante meus sentimentos. Não consigo titubear diante da minha passionalidade. Porque eu tenho de ser tão passional. A vida me ensina a não me querer assim, não há notícias alvissareiras dentro de mim. Eu entorno meu próprio caldo. Eu entro em pane, revés emocional. Porque eu não me destempero por um outro viés? Irrequietamente, eu pinço minhas urtigas sentimentais, eu sinto. E muito. Sinto tanto tudo que não sentir se tornaria um reflexo de uma vitória. Ah, que glória. Eu, que não queria ter memória da minha dor, canso de forma atroz. Um palavrão bem afiado brada internamente um som gutural: será que tu vai me vencer, sua vida de merda?A vida me unha a cara, me fere na virilha e me salpica sal nas feridas. Ando minada de mim.

domingo, 1 de março de 2009

Momento Caras

Por mais que tenha ojeriza a revistas estilo fofoca, há um momento em que sucumbo a elas. Na consulta ao médico por exemplo, é batata. À espera do médico, que são os campeões da impontualidade (estou para ver um que chega na hora marcada), a gente senta na poltrona e passa a mão nas revistas espalhadas pela mesa. Invariavelmente, há mil Caras empilhadas. Tem também a Veja, a Exame e algumas de saúde, mas a gente pega a Caras. Ver a Adriane Galisteu esturricada na praia de Mônaco, com o corpo douradissimo com o celular que ganhou de souvenir na recepção do fulano de tal é o máximo do sonho de nós mortais. Que deleite. Que vida "fantastique".
O que eu acho incrível é que a Caras se prolifera mais nos consultórios psiquiátricos. Parece que os médicos da linha percebem que que você precisa do fascínio da vida de mentira, porque afinal você vai lá para tratar a cabeça. O casamento de Juliana Paes estampado na primeira página te leva ao idílio. E você foi lá para falar da porcaria do seu relacionamento. O corpo da Carolina Dickmann está escultural. Nossa, depois da filharada, ela perdeu 30 quilos. E você sofre com sua auto-estima e a sua imagem refletida no espelho e diz: "desgraçada eu, pára de comer aquelas bolachas recheadas." O Gianecchini tá lindo de morrer e você tem se satisfazer com seu amor barrigudo, careca e com chulé. No Momento Caras que está estendido na mesa do consultório, a gente idealiza a nossa própria vida através das folhas coloridas da publicação. É uma espécie de folga de nossa rotina. A sujeira do tapete deles nunca é mostrada nem na primeira página nem contracapa. Mas a gente vê o Fábio Assunção internado por problemas com drogas, a Luana apanhando no namorado. Quem percebe o glamour, não percebe coração. Quantos artistas devem estar fazendo tratamento psiquiátrico? O Momento Caras é fugaz, só dura o tempo do clique da fotografia. O Momento Caras é um momento posado. As fotos são fiéis ao que fica fora delas. No final é melhor fechar a revista e dar adeus às ilusões. É hora de perscrutar seu momento íntimo, indagar com escrúpulo para si mesmo o que te faz feliz. No castelo de Caras, está a ilusão, do seu coração, pode advir a realização. A grama do vizinho nem sempre é a mais verde.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fastio de verbo

Alguém pelas bandas do Croissant de Emoções andou reclamando que eu tenho me manifestado pouco por aqui. É verdade, na real isso me preocupa, porque ando com fastio de ideias, as palavras se mexem e remexem mas não saem da minha cabeça. Eu estou com dificuldade de cerzir as frases ou alinhavar idéias. Não sei o que anda acontecendo, esse marasmo me deixa apreensiva até pelo meu trabalho, eu gosto de ter fluidez no que faço. Essa ausência de verbos e conexão entre minhas vogais não é consoante comigo. Espero que esse meu fastio passe, preciso me articular novamente.
No fundo, talvez minha escassez verborrágica seja um subproduto do que perpassa pela minha trajetória sentimental e do cotidiano. Ando amuada com o tédio,nada tá bom, não consigo sorver meus momentos. Quando estou no trabalho, penso no quarto da casa, quando me encontro no meu íntimo residencial, quero permanecer na labuta e a assim, eis a roda de samsara, o ciclo de enganos. Troquei o vazio pelo tédio. Se tudo passa, talvez passe tudo isso também. O tempo é a mãezinha que ajeita as coisas dentro da gente para para botar tudo no lugar, seja coisas de dor ou de ardor do amor.Passa pelo tempo até a alegria. Ainda bem, seria um tédio ser alegre toda a existência. Se todas as coisas boas durassem para sempre, você saberia como são importantes?"
***
Eu me aprofundei mas não acredito em mim porque meu pensamento é inventado. (Lispector)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Por trás do poder


Vocês já ouviram falar que por trás de um grande homem sempre existe uma grande mulher, né? Eu discordo um pouco disso porque acho que as mulheres sempre correm na frente, mais sensíveis, democráticas e duronas, quando querem ser, são também mais humanistas. Mas bene, aqui estão quatro primeiras-damas veteranas que nunca se elegeram, mas sentiram o gostinho do poder, ajudando seus maridos a administrarem as prefeituras do Vale do Taquari. São elas de Capitão, Encantado, Nova Bréscia e Relvado.

Eu de metida, estou no meio. Eu sou o quarto poder, a imprensa...hehehe

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ignorância saudável


Entre as teorias modernas da psicanálise, deparei-me com aquela chamada Teoria do Falso Self, em que a pessoa cria uma casca e age com essa casca para esconder seu verdadeiro eu. Isso, segundo Winnicot, ocorre em bebês quando a mãe não é suficientemente boa. A mãe tem que deixar o bebê se sentir onipotente, um Deus, na fase inicial da vida. É a dita ignorância saudável. Precisamos dessa ignorância para nos transformarmos em pessoas melhores. A gente sempre rejeita o rótulo de ignorante, achamos bobo, de preciativo até. Quiçá quanto salutar seria nao saber! Seria até uma defesa. Por que o que podemos fazer ao conhecer e tomar ciência de tudo, talvez nossa reação pelo conhecimento possa desencadear uma ação pior do que nos mantivéssemos nao-informados. Devido a nossa necessidade de proteção, podemos reagir de forma insalubre com o que tomamos ciência.
Sempre que o bebê atingir a beira do insuportável, a barreira se manifestará, uma barreira que se ergue devido ao excesso ou falta de alguma necessidade. Vai criar uma barreira frente ao ambiente e e ela que protegerá seu verdadeiro eu das "angustias impensáveis".
Não sei se concordo com esta teoria. Primeiro porque a neurocîencia atesta que o cérebro é plástico e se expande mesmo na idade adulta e isso diluiria nossas odiosas experiências da infância. O cérebro se reinventa, é reciclável igual a uma garrafa pet. O cérebro é pet. Segundo porque a neurociencias diz que é bom não reprimir a raiva e as emoçoes negativas, porque se não reprimissemos, elas funcionariam como uma panela de pressão, é so dar vazão para entrar em ebulição. Entao é bom reprimir o que não gostamos e deixarmos escondido nosos self verdadeiro, porque com o tempo o cerebro se reprograma e passa por cima das experiências ruins.
Eu ainda nao consigo deglutir a teoria, porque para mim falta argumentação. Eu só aceito coisas que minha cabeça consegue explicar. A unica coisa não explicável aceitavel na minha mente é Deus e o universo. Deus é tão grande que não pode ser explicado e eis ai sua explicação. Justamente ele está explicado por não ser explivável. Porque ele é tão grande que se tivéssemos de saber tudo acerca DEle e do Universo, sucumbiríamos perante as informações. Eis nossa ignorância saudável. Precisamos dela para podermos continuar vivendo nessa via Láctea.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Síndrome da Gabriela

A expressão ouvi pela primeira vez nesta semana em uma palestra de motivação. Me identifiquei de cara: sou Andréia, mas pode me chamar de Gabriela. Ela mesmo, aquela do cravo e canela. Eu não tenho canela fina, como ela, mas um cabedal de afirmativas estupidamente restritivas na minha vida. Eu vou começar como ela: eu nasci assim, eu cresci assim...só não sou feliz assim, porque se fosse, seria ela, a Gabriela. Que papo de jacaré esse. Só coloquei ele no meio porque me lembrei do Wally: ó dia, ó vida, ó sina. Qual é sua graça? Minha graça se chama Andriwally: andreia + wally ou então Gabridéia. Que sina, fazer graça com meu destino queixoso. Passar minâncora adianta para as lamúrias????? Se adiantar, vou comprar 12 potes. Deixo as rachaduras do pé intactas que é pra economizar pomada, em compensação, curo as ranhuras da alma. Eu nasci assim, despojada de estilo rococó, escrachada, sempre Andréia.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Álibi frágil

O ruim de envelhecer é que a gente fica obrigado a amadurecer. Como se as coisas que a gente aprendeu e doeu durante a vida, fossem impelidas de não mais acontecerem, afinal, pressupõe-se que se a gente não aprende pelo amor, aprende pela dor. E se eu não aprender com nenhum dos dois? Tem certas coisas que são inestimáveis, tem certo erros que são domésticos, de estimação, acontecem sempre. A maturidade é um álibi frágil. Não uso ela como meio de defesa para provar que a tenho. Eu nem tenho, eu só avanço em anos, mas não atinjo a ponderação. Eu só matuto sobre maturar, mas continuo na creche à beira da meia idade. Meia idade? Tá, sou dramática, pode me chamar de Maria do Bairro, a mexicana.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Biografia da solidão

Estou lendo a biografia de Sartre e Simone de Beauvoir, me encanto com a vida intensa, inteligente e despudorada dos dois. De uma certa forma, a biografia é um alento para minha alma, porque mergulhando dentro das vidas deles eu percebo como eles eram solitários. Quantas caminhadas solitárias ela passava percorrendo pelas ruas de Paris, e ele, quão feio era e quão humano, quando começou a dar os primeiros sinais de calvície, aos 30 anos, se apavorou. Meu tempo divisor do paraíso foi aos 37 anos. Nunca vou esquecer da primeira sobrancelha branca, estou batendo na porta do inferno e este é o meu sinal tangível de velhice.
Mas voltando a Sartre e Simone, lê-los traz um alento, porque como eu me sinto tão solitária, percebo nele meus próprios sinais vitais. Foi Sartre mesmo quem disse que o "homem está só em sua solidão visceral". E Eu dentro de mim, entendo isso perfeitamente. A solidão é uma dor-pedrinha-de-sapato, está sempre ali cutucando e ganindo mas nunca dá o golpe final de ser uma estocada mortífera. Penso agora que todos os grandes pensadores eram sós dentro de si, viviam no mundo das idéias, casavam com o planeta dos pensamentos e não se adequavam a vida da sociedade. Mas eu, como não virarei nenhuma grande escritora, não tenho pretensos planos de escrever minhas idéias e vãs filosofias copiadas das mentes dos grandes, não encontro nenhum alento. Estava pensando, de certa forma, a solidão só é recompensada com a possibilidade de você ser famoso por causa dela ela. Grandes pensadores são solitários. A mim ela não compensa, mas me apraz saber que não estou sozinha vivendo minha solidão nas vísceras. Mais gente a sente e sentiu lhe imbuiu de vida. Eu sinto ela durante toda minha existência. Solitude, minha companheira de estrada. Minha parada obrigatória. Meu pedágio recorrente.
Brinco com a idéia de que um dia alguém possa vir a escrever minha biografia, baseando no que eu deixo nesse blog. Quem sabe, a idéia não é de todo má. Nesse caso, estou contribuindo agora com meu biógrafo, deixando marcado o quanto a solidão me mutila a alma.

*** "Sou muito inteligente, muito exigente e muito engenhosa para alguém se encarregar completamente de mim. Ninguém me conhece nem me ama completamente. Só tenho a mim"

*** "Eu gostaria muito de ter o direito, eu também, de ser simples e muito fraca, de mulher. Em que mundo deserto eu caminho, tão árido, só tendo o oásis de minha auto-estima intermitente!
(Simone deBeauvoir)

*** Momento narciso
"Um dia, quando eu morrer, quero que meus escritos venham à tona. Essa é minha vingança pessoal contra essa solidão a quem considero uma derrota pública e também íntima.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Anima mundi est in me


Imprimo em mim a idéia de que a Alma do Mundo me habita. Quero que esta seja minha segunda pele na alma, não apenas marcada no corpo. A Alma do Mundo é uma idéia balisada por Hermes Trimegistro, o três vezes sábio, que propagou a noção de que tudo é uma coisa Única.
"O que está embaixo é igual ao que está em cima e o que está em cima é igual ao que está embaixo, para formar as maravilhas da coisa única". O Microcosmo é igual ao macrocosmo. O princípio expressa que tudo emana da mesma fonte". Dores, alegrias, sofrimento, euforia, desejos, sonhos, força, vulnerabilidade, azul e branco, dia e noite, teu tesouro dentro de ti, tudo nasceu da Alma do Mundo é ali permanecerá gravado para sempre.
Por isso, a Alma do Mundo tem dois pólos, se tudo nasceu da Coisa Única. tudo tem seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa, os opostos são idênticos em natureza, mas em diferentes graus. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todas os paradoxos podem ser reconciliados". Como diz Lao Tsé no Tao Teo King " O som e o silêncio formam a harmonia.O passado e o futuro geram o tempo."
Todos estamos imersos em um único e mesmo útero cósmico sagrado, inelutavelmente reunidos por uma mesma e única Presença que a tudo e a todos permeia. Não há dentro nem fora, apenas a alma sem qualidades do mundo. A verdade é que em qualquer coisa está o divino. Você é tudo o que há e em tudo o que existe há um pouco de você. Você é a alma do mundo. O cantor Raul Seixas que era voltado ao ocultismo percebia isso. Ele cantou que o caminho do amor é o destino, e o caminho do velho é o menino.
* "O caminho do risco é o sucesso
O acaso é a sorte
O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte!"
(Raul Seixas)
* "O universo não tem preferências.
Todas as coisas são iguais.
O Universo é como o fole de uma forja.
Que, embora vazio, fornece força.
E tanto mais alimenta a chama quanto mais o acionamos"
(Tao Te King)
*"Acima está repleto de mim, abaixo está repleto de mim, no meio está repleto de mim. Estou em todos os seres e todos os seres estão em mim. Eu sou Om Tat Sat. Sou Existência além da mente. Sou o espírito uno do universo."
(Swami Vivekananda)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A teoria dos caras pegadores

Vou promover uma manifestação arrebanhando a mulherada para uma moção de apoio aos caras não-bonitos. Nesse manifesto, os feiosexuais estarão com tudo, porque são muito mais confiáveis e é possível dar mais crédito a eles do que aos pegadores contumazes.
Homem pegador é muito narciso. Nunca vai gostar tanto a ponto de amar unicamente uma pessoa, porque eles amam o impacto que causam no mulherio. Sendo assim, fica difícil para eles manterem o foco em uma só. Porque eles precisam de mais, requerem atenção e estão sempre com predisposição para a novidade, uma nova gatinha, não porque querem amar, mas querem a possibilidade de serem amados: "oba, mais uma que me ama. Eu sou o cara."
Uma amiga minha resumiu de forma perfeita, em papo de MSN, como uma mulher deve pensar e agir com os pegadores. Segundo ela, os predadores são notados pelo papo. Os sérios não se atiram em cima da mulher e não expõem de primeira suas intenções. Eles não chegam chegado, porque têm medo de dar a cara a tapa.
Caras sérios não estão na net, ou se estão, eles são inseguros ou feios.Os pegadores são os bonitos. Viraram conquistadores pelo próprio histórico de vida. Sabem que são belos, culpa da mulherada que os assedia desde pequenos.
Os feios quando são apaixonantes, deixam de ser feios. E a maior virtude deles é serem encantadores e esforçarem-se para fazer o "amor bonito". Por serem considerados "feios", eles embelezam o amor e aí a relação passa a ser agradável aos dois, cheia de dedicação e romantismo.
O que fazer com caras pegadores? Dica da minha amiga, novinha, mas cheia de sabedoria: "seja indiferente, seja superior". Tenha uma atitude pró-você mesma tipo: "Todo mundo me paquera, você, pegador, é só mais um." Essa atitude deriva da idéia que não há nada a se perder ao tratar um pegador assim. Porque a mulher instintivamente sabe que não dá para cair na conversa dele.Então, você não tem nadinha a perder. Ele achará você convencida, mas para que ficar de papo com um cara que você sabe só vai te sacanear? Não demonstre que você acredita nos pegadores, que você está impaciente porque ele não responde no MSN. Predadores adoram uma disputa,seja contra alguém ou contra alguma coisa. Quando você agir "linha dura", o sedutor vai pensar: "quem ela pensa que é para não se apaixonar por mim?" Ele terá dois caminhos: se você for interessar mesmo a ele, ele te busca, faz a corte seriamente. Se não, é porque você só seria mais uma da lista.
Mas os caras sérios se importam com sua indiferença, eles se sentirão inferiores, se abalarão com o fato de você não dar bola a eles, é um baque na auto estima.Mas por que a gente se atrai pelos pegadores? Porque é bacana entrar na dança dos sedutores, eles são muito mais melosos e enfatizam muito mais tuas características legais do que os caras sérios, então a gente se sente especial, tendo a atenção de um homem assediado.
Temos a mania de idealizar os pegadores porque não dá tempo de vermos os defeitos deles. Eles somem antes. É assim: pegadores ficam na tua vida até perceberem que você foi conquistada, depois desaparecem deixando as vítimas desasadas. Então nesse tempo ele supre a carência de atenção, de ser querida por alguém. Só que expira o prazo deles antes que você descubra se ele era tudo isso que você queria.
Há muito mais de confiabiliade e tolerância em um homem não-lindo. Eles esforçam-se mais. Vamos dar créditos a eles e sermos mais felizes no amor a dois.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Relacionamento Nescau

No mundo veloz em que estamos, o que não falta é o Relacionamento Nescau. Pá, pum, sirva-se de duas colheradas e pronto, tá feio o carreto. Na era da instantaneidade, se demorar muito, perde o frete. Somos atormentados pelo caos do estímulo e somos dependentes disso, por isso nos envenenamos pela pressa. Assim, nos esgueiramos para relacionamentos nescau, porque temos de viver depressa. Se isso é bom? Não é, mas me pergunte se eu consigo parar? Eu não. Não tenho talento para estar lenta. Só para errada!

*** As pessoas vivem tanto no mundo do desapego, isolados do amor contundente que quando encontram um par que se encaixe elas querem encaixar logo. Há uma urgência em ser feliz com alguém, um prioridade em retirar a carência do corpo que os relacionamento nescau acabam sendo a fórmula instantânea de evacuar a dor da solidão.. É so mexer, botar uma colherada de sensualidade, uma dose de carinho e fazer um shake de sentimento.

*** É errado querer tudo tão às pressas. Parece que a gente quer lavar a carência da alma encardida, cheia de mofo e naftalina de tanto que não a usamos. Queremos lavá-la na ducha rápida do amor. Sabemos que relacionamento-relâmpago são temíveis, sobra muito para se errar, não é sensato. Padecemos do medo de que tudo o que começa um dia acaba e tanto mais rápido é o término quanto a velocidade do acordo afetivo.

*** Na verdade, os RN são apenas um acordo afetivo até que a relação seja construída. Se tivermos sorte, é possível passar do contrato de experiência, pular para o estágio probatório e depois ser efetivado no coração do outro.

***
" E que eu consiga mudar o destino caso ele não queira a mesma coisa que eu."

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Chuva de bençãos!


"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, silêncio que respeita, alegria que contagia. E isso é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa, mas intensa, verdadeira, pura enquanto durar".


(Cora Coralina)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Dia de Milha


Eu e a Nanna ontem tivemos um Dia de Milha. Dia de "Mãe e Filha". Fomos para o rio. Juntas, no rio, eu sorrio. Mais pela intimidade do que o momento conferiu do que por qualquer outra coisa. Fiquei ciente de que minha filha precisa ter intimidade comigo e só comigo. Até cogitei em levar outras pessoas, mas descartei ante a idéia convicta dela: "Mãe, esse é o nosso Dia de Milha, lenbra?".
O Dia de Milha foi um neologismo inventado na hora, e pelo jeito vai ficar. Acho que vamos instituí-lo uma vez por mês. Daria até para fazer igual às companhias aéreas. Quanto mais dias assim, mais milhas. Em um ano, seriam 12 Dias de Milhas, que daria um dia adicional. Seria do Dia da Pilha. Mãe e filha, pilhadas, imaginem! Pilhadas no amor, até que seria legal, né. No final, tudo é parceria e o sentimento de que temos de ser acolhidos no coração de alguém, que não seja apenas o nosso coração. E o que dá sentido à vidas é o fato de termos um regaço. No rio, percebi que minha filha me regala com uma vaidade e um orgulho infantil de quem quer me proteger. Julgando-se potente, ela confidenciou-me: "Mãe, vamos um pouco mais para o fundo, eu te protejo. Confia em mim". Inquestionavelmente, me senti protegida, não do rio, mas pelo senso de proteção dela, mais forte que o perigo. Mais fluente que a correnteza. No rio, eu sorrio. Vi um amor corrente.


*** Um bebê é a opinião de Deus de que o mundo deve continuar(Carl Sagan)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Que canalha, o que!

Tem muita mulher que acredita que porque o cara não gosta dela, ele é um canalha. Quanta confusão de sentimento. Sentimento é independente de índole. Bonzinhos e canalhas se apaixonam. Não é porque um cara te faz sofrer que é porque ele é mau caráter. Grande leva do sexo feminino pensa que porque o gatinho a rejeitou é porque é falcatrua. Elas misturam falta de sentimento com falta de índole. Creio ser um mecanismo de defesa para poder "culpar" a outra parte, porque afinal, rejeição incorre em senso de desvalorização. Então o rejeitado quer demonstrar seu valor, culpando o outro lado, porque só assim vai processar na cabeça dele que ele tem valor. O errado é o outro porque é mau caráter. Porque se fosse bom caráter, ficaria com ela. É um sentimento de compensação errado, mas se tem funcionado há milhares de anos para as pessoas se reerguerem do açoite de um amor mal-sucedido, então, que prossigamos com a idéia. Mas eu tento não cair nela e nem levar o cara por falcatrua se ele não gostar de mim. Eu tento, né!

*****
Monstro interior

Eu fico triste comigo. É uma derrota tudo isso que eu senti. Porque na verdade eu luto contra esse monstro interno que tem contra mim e nao consigo vencer, entao mesmo "meu pseudo amor" venha falar comigo e me acalmar, eu perdi. Eu perdi pra mim mesma. Eu nao consigo sozinha me administrar, esse monstro me come e isso me mata. Porque eu fico sempre com medo que ele esteja ai na esquina e vai me pegar - esse sentimento de desespero, parece que está sempre a espreita. Agora eu não sei quando isso pode voltar. Toda hora eu temo. Se dá um frio na barriga, isso pode ser uma pista de que ele está de volta. Aí entro em pavor e penso: "tá vindo, tá vindo". EU NÃO TENHO CONDIÇÕES DE TER NENHUM RELACIONAMENTO. EU TO SENTENCIADA A SOLIDÃO. POR BONITA, POR QUERIDA, POR LEGAL QUE EU SEJA. EU SOU O MEU MONSTRO. EU ESTOU DESTINADA A VIVER NO VAZIO.

Receita para ser conquistado

Sabemos que o amor não é como sopa Maggi que já vem pronta. Mas existem certos quesitos que transformam a pessoa em um potencial parceiro. Qual a receita prá aquecer seu coração? Todas as pessoas, todo o tempo tem um monte de pré-requisitos. Afinal, temos de ter né. Mas o legal da fórmula do amor é achar que ela existe, e ir em busca dela. É caminhando que se faz o caminho. Dizem que a gente não tem que esperar e nem correr atrás do amor. Ai, que papinho. Ninguém é tão passivo emocionalmente a ponto de ter um vácuo no coração e não fazer nada para resolver isso. A gente corre atrás sim, a gente tem que ir a luta de alguma forma. E se a gente encontra uma pessoa pela qual ficamos atraídos, então por que não tomar a iniciativa de mostrar o sentimento? A gente sempre quer se preservar das coisas, ser comedido em termos de sentimentos porque podemos demonstrar demais e afugentar a pessoa. Mas no fundo, se a outra pessoa gostou de você, não vai ser sua intensidade que vai atrapalhar. É sempre melhor terminar um caso com a sensaçao de dever cumprido, de que fez tudo pra dar certo, do que com a sensação de que "só nao deu certo porque eu não me esforcei o suficente". É preciso "gastar" as tentativas...entao vc pode rumar para outras possibilidades.

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Intensidade cedo demais incomoda?
Para a maioria, sim. E se alguém faz tudo por você. E se alguém faz sempre a mesma coisa por você? Eu tenho medo do mesmo. Eu tenho medo do tudo. Como ser gente é complicado.

*** Vamos ali onde não se espera nada e achamos tudo o que está esperando." (Neruda)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cada dia é menos um dia




2009 chega cantando canções de ninar. Um ano novinho, ainda nas fraldas que cresce e se desenvolve com o decorrer dos dias. Eu tenho pressa em ser feliz ainda em 2008, neste finzinho que não é comparado a nadica de nada. Se não conseguir ser feliz na cauda de 2008, tenho pressa em ser logo, ainda no começo de 2009. Tenho pressa em não ficar patinando no mesmo lugar. Não, eu não vou fazer as resoluções de ano novo - essa coisa de: este ano vou emagrecer, vou me qualificar, me espiritualizar e vou ser melhor para mim, para os amigos e para a família. É porque isso eu penso toda a segunda-feira, nem espero os 365 dias fecharem o ciclo. Reflito no equinócio da primavera, no solstício de verão, eu penso sempre no tamanho da minha pressa.
O tempo corre e com ele decorre a possibilidade de ser feliz. E o tempo que a gente deixou de ser feliz ontem escorregou pelas frestas vazias. Cada dia é menos um dia. Existe muita possibilidade em um ano que se renova, porque um outro fechou-se encerrando os ciclos. Os finais também são dotados de novos horizontes. Tem um desejo que habita em mim que eu queria, se realizasse durante essa estrada, essa infinita highway de 2009. Internamente, suplico por ele todo instante. Ele reverbera em mim como um eco, cada vez que meu grito interno engasga na garganta. Mas Deus como está em tudo, também está dentro do meu grito, então ele vai saber traduzir esse meu sonho. Se não for realizado, vira nó, instalado no meio do sossego.
A vida é mesmo uma pista de via rápida. Passamos por ela velozmente, muitas vezes sem nos depararmos para olhar as placas impressas com as nossas sensações. Cento e dez, cento e vinte, cento e sessenta...o coração turbinado indica um horizonte cheio de possibilidades. É muito bom permitir ao vento de nossas emoções corar o rosto.Deslizemos pois, por 2009.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Zimzum


DEUS É NOSSA FAIXA DE SEGURANÇA



No início, era Deus, infinito, ilimitado. Mas como era tudo, tudo estava cheio de Deus. E se Deus era tudo, nao podia ver a si mesmo. Rosto não olha o próprio rosto.
Sendo grande, sendo tudo, sendo onipresente e multiplo de tudo, não tinha espaço para o mundo fisico, que ele queria criar, entao ele teve de se encolher um pouco. Deus renuncia a sua onipresença para deixar um vazio, uma brecha por onde entra o mundo. Contraiu-se deixando espaço para que mundo nasça, um mundo que seria seu espelho. Eis a teoria da contração do mundo: Zim Zum. "A entrada de Deus em Si mesmo". Deus primeiro "se contrai" para dar espaço, e depois "sai de si" para vir morar com suas criaturas.
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Teoria interessante, eu então concluo com meus botões: "Até Deus tem sua vaidade,ele criou a Existência porque queria ser visto como Deus "
**
Deus é múltiplo, então é grande e pequeno: grande, assim o múltiplo é infinito, segundo a grandeza" - Este é o pensamento de Zenao de Eléia. Meu Deus, que cara complicado e fascinante. É como ele mesmo diz: É uma dificuldade superar o pensamento e é somente ele que causa esta dificuldade."
** Se a pluralidade existe, as coisas serão igualmente grandes e pequenas; tão grandes que serão infinitas em tamanho, tão pequenas que não terão qualquer tamanho.

ELE DISSE
A flecha em vôo repousa", porque "o que se move sempre está no mesmo agora" .

Eis o paradoxo de movimento, recebeu esse nome.Zênon afirmava que, para ir de um ponto a outro, primeiro você tem de percorrer metade do caminho. Para percorrer a outra metade do caminho, primeiro você deve percorrer metade da distância restante, ou seja, mais um quarto do caminho. Para percorrer o resto do caminho, você deve percorrer metade da distância restante, ou seja mais um oitavo do caminho. E assim por diante, ad infinitum. Em outras palavras, por mais que você esteja perto do segundo ponto, você ainda tem que vencer metade da distância que falta e você ficará nessa situação, sempre. Portanto, concluía Zênon triunfantemente, o movimento é impossível, já que nunca se pode chegar aonde se está indo, mesmo que seja um palmo adiante.

No correto está o incorreto e no falso também o verdadeiro".

Heráclito diz: "Tudo flui (panta rei), nada persiste, nem permanece o mesmo". E Platão ainda diz de Heráclito: "Ele compara as coisas com a corrente de um rio - que não se pode entrar duas vezes na mesma corrente"; o rio corre e toca-se outra água.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Polvos entre o povo

Olha, gente, eu nem gosto de política. Muito menos de falar no assunto. Não me interessa, não me apetece, não me gusta. Sou cega a político, pior que o Steve Wonder: nem me viu. Mas nem é questão de falar no tema. Eu sei, eu sei que em época natalina nosso espírito tem que confraternizar, entrar no clima. Talvez por isso, por ser data estratégica, os caras querem aumentar o número de vereadores no país. Serão cinco mil a mais nesse império tupiquinim, onde tudo dá-se um jeito, inclusive para inflar os bolsos alheios. O nosso não, né, somos povinho. O país do Lula vai ter mais braços de polvo alcançando os cofres públicos. Ninguém é cheio de dedos para meter a mão na cumbuca alheia. Mas cheio de braços, para agarrar a pataca dos outros, ah, isso sim. Em Santa Catarina, os donativos que a gente mandou com tão boa vontade para o povo estão sendo saqueados. Furtados por cidadãos comezinhos. O nível de corrupção no Brasil é o pior em dez anos, segundo o Banco Mundial (Bird), num relatório divulgado no ano passado. A corrupção é democrática.Não é só em Brasília que ela ocorre. Aqui no Vale, teve prefeito tentando dar golpe no INSS. Tem político "arroz de festa" que estão nas páginas dos jornais todo o tempo, tanta façanha que fazem às custas do povaréu. Santa Klaus!!! Dai-nos força para acreditar no ser humano e no ser político. Parece irônico, mas Santa Klaus, celebrizou-se por sua dedicação e sincera bondade que o levaram a fazer milagres, tanto em vida como após a morte. É o bom velhinho do Natal. Quando a gente vai ter um Klaus tão abnegado assim? Um dia, Premeditando o Breque cantou, todo mundo ouviu e fez coro: "Aqui não tem terremoto, aqui não tem revolução, e um país abençoado, onde todo mundo mete a mão"
Como viver neste país e sobreviver ao jeitinho e continuar sendo ético? Essa é uma pergunta que não quer calar e está inclusive nas páginas do livro de Lourenço Rega, chamado "Dando um jeito no jeitinho". Brasil, mostra tua cara, não aquela que canta Cazuza. Senhores, inclusive os nossos representantes que foram empossados essa semana, nos ajudem a retirar o estigma de "pátria desimportante". Vamos fazer do jeito certo, para que os músicos possam tocar outros acordes. Políticos, vocês são responsáveis por novos acordes. Acordem! E parem de tirar nosso sono.
Postcript: já sinto o sentimento de impotência por essa crônica não surtir nenhum efeito, em nenhuma consciência ou mente política.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pé na estrada da alma

Fechou na cara da vida a porta do comodismo. Saiu ataboalhadamente, escorregando no tapete da ansiedade. Foi pra rua fazer o itinerário inverso. Se moveu apoiando-se no corrimão das esquinas. Mas a vida não tem ombros. Viu escombros. Roçou no braço da dor. Tropeçou nos pés do desespero. Pensou em voltar com o rabo no meio das pernas. Tentou mais um pouco. Viu que tinha jeito. No olho da rua, descobriu a si mesmo. Retornou com um nova bagagem: a alma lavada.

Prateleira da instrução

O professor da Univates, Gerson Bonfadini tem uma mente privilegiada e alto grau de elaboração mental. Discorre sobre marketing e política com a mesma facilidade que os televisivos comentam sobre o BBB. Pois o grande olho do professor mira na cultura avançada. Ele elaborou uma lista com 60 livros que impreterivelmente deveriam ser lidos por universitários. Vale conferir o grau de conhecimento e comparar quantos a gente já leu.

"Grande Sertão: Veredas" - João Guimarães Rosa
"Crime e Castigo - Dostoiévski "
A Metamorfose" -Franz Kafka
"Odisséia -Homero
"Ulisses" - James Joyce
"A Divina Comédia"-Dante Alighieri
"Os Lusíadas" -Camões
"Dom Quixote"- Miguel de Cervantes
"Memórias Póstumas de Brás Cubas" -Machado de Assis
"Os Irmãos Karamazovi -Dostoiévski
"O Estrangeiro" -Albert Camus
"Antologia Completa"- Carlos Drummond de Andrade
“Guerra e Paz” -Leon Tolstoi
"Ponto de Mutação"
Fritjof Capra "Ilíada -Homero
“Édipo Rei”-Sófocles
“A República” -Platão
“O Tao da Física” -Fritjof Capra
“Satiricom” -Petrônio
“Decamerão” -Boccacio “
O Príncipe”-Nicolo Maquiavel
“Dom Quixote” -Miguel de Cervantes
“Hamlet” -William Shakespeare
“O Pequeno Príncipe” -Saint-Exupéry
“Madame Bovary”-Gustave Flaubert
“Os Miseráveis” -Victor Hugo
“Os Três Mosqueteiros” -Alexandre Dumas
“Vinhas da Ira” -John Steinbeck
“O Senhor das Moscas” -William Golding
“A Revolução dos Bichos” -George Orwell
“Casa Grande & Senzala” -Gilberto Freyre
“O Povo Brasileiro” -Darcy Ribeiro
“1984” -George Orwell
“O Velho e o Mar” -Ernest Hemingway
“Admirável Mundo Novo” -Aldous Huxley
“Os Sertões” -Euclides da Cunha
“A Interpretação dos Sonhos” -Sigmund Freud
“Macunaíma” -Mário de Andrade
“Vidas Secas” -Graciliano Ramos
“O Tempo e o Vento” -Érico Veríssimo
“A Hora da Estrela” -Clarice Lispector
“Assim falou Zaratustra” -Friedrich W. Nietzsche
“Genealogia da Moral” -Friedrich W. Nietzsche
“Crítica da razão pura”-Immanuel Kant
“Fausto” -Johann W. von Goethe
“Parerga e Paralipomena” -Arthur Schopenhauer
“Introdução à metafísica” -Martin Heidegger
“O ser e o nada” -Jean Paul Sartre
“Micro-física do Poder” -Michel Foucault
“Sincronicidade” -Carl G. Jung “
Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise”-Jacques Lacan
“Discurso sobre o método” -René Descartes
“O Corvo” -Edgar Allan Poe
“O Capital” (1867)-Karl Marx
“Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”-Carl G. Jung
“Crítica da razão dialética” -Jean Paul Sartre

FRASES

"Nunca perco a oportunidade de dar uma resposta sincera e fazer a pessoa rir achando que é uma piada.”


Sempre acho que do jeito que a gente escreve a primeira vez é como tem que ficar. Porque o momento aquele, é a fotografia do pensamento

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Amontoando idéias

Um monte de gente coleciona um monte de coisas. Eu gosto de amontoar idéias dos outros. Tenho sempre uma citação para tudo - economizo os pensamentos originais.Um dos meus maiores prazeres é passar horas na internet cavoucando frases de efeito, ou defeituosas mesmo. Eu me abro para quem diz muito com pouca coisa. São as "máximas" em formato mínimo. Adoro aforismos. Frases e citações resumem a visão expandida da vida de uma forma sábia, bem humorada, sarcástica ou filosófica. A gente lê e pensa: "é bem isso, mesmo."
Sublinho frases em livros que leio, de alguma citação que alguém diz em jornal, de uma idéia que me atrai. Tem uns caras que são prá lá de inteligentes ao amarrarem as palavras em pensamentos. O cineasta Woddy Allen é campeão em criatividade. Não é a toa que a perspicácia do cara é ovacionada no mundo. É dele a hilária citação: "Minha primeira mulher era muito infantil quando nos casamos. Um dia, eu estava tomando banho na banheira e ela afundou todos os meus barquinhos sem o menor motivo". Há que se dar crédito para autores brasileiros, como o Barão de Itararé. Ele fez observações satíricas, moralistas ou irônicas impagáveis, que não podem ficar de fora da lista dos colecionadores de frases."O homem que se vende recebe sempre mais do que vale", dizia ele para delírio dos politicamente corretos. As frases polêmicas e cheias de humor do jornalista Nelson Rodrigues se propagam em sites da internet. Em época natalina, vem bem a calhar uma citação dele:" O Natal já foi festa, já foi um profundo gesto de amor. Hoje, o Natal é um orçamento."
Não posso deixar de listar Raul Seixas, grande Raulzito que ilustrou minha juventude embalada por suas canções. Dele, eu descubro uma fonte infindável de boas idéias. Raulzito dá a letra quando se trata de acreditar no Olho que Tudo Vê, o grande Arquiteto do Mundo: " O Universo me espanta e não posso imaginar que esse relógio exista e não tenha um relojoeiro", relatou ele em tom filósofico, assegurando a existência de Deus.
Fica uma dica a quem não gostar dessa crônica: não precisa engoli-la. Faço minhas as palavras do ótimo Millôr Fernandes: "“Certas coisas só são amargas se a gente as engole.”

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não somos de palha




Dói ver o flagelo pela televisão. Em uma das tantas cenas repetidas da tragédia catarinense, havia uma menina loirinha, chorando desesperadamente com a voz quase inaudivel, tamanha era sua perplexidade. As chuvas levaram seus sonhos de infância e sua melhor boneca. Falar de boneca quando tantos perderam a vida parece escárnio, mas não é. É só uma tentativa de personalizar a tragédia. E essa guriazinha com seus soluços me veio como um tapa na cara. Eu, que gosto tanto de falar em relacionamentos e natureza humana, puxo o tema para o outro lado: a solidariedade tem alma. Gestos de grandeza foram narrados por repórteres. Atores,cantores e apresentadores mobilizam-se em campanhas. Mas o que comove mesmo é o esforço anônimo de quem não tem nada para dar, e mesmo assim arranja forças para doar tempo e arriscar a vida, salvando outrem. A tragédia aproxima as pessoas. Graças a Deus, não somos de palha a ponto de assistirmos imóveis tamanha derrota humana. Enternece até o esforço das pessoas mais "casca grossa", que a priori, não sensibilizariam-se com nada.
Não estamos inertes à desgraça vizinha porque sabemos que não estamos incólumes. O Rio Grande do Sul foi o primeiro país a prestar ajuda aos irmãos de Santa Catarina. Irmãos porque a tragédia confraterniza. Há uma dor que jamais saberemos como ela realmente é, do filho que foi soterrado por escombos. Mas que permanece insepulto no coração de mães e pais. Quantas histórias atrás das mais de cem vidas que foram ceifadas, aterradas pelo barro. Os números são estanques, não dão a dimensão do sofrimento moral, psicológico e físico. Um senhor, com o olhar parado, conta na televisão que ele está fazendo caixões voluntariamente. Grudou a motossera nas árvores e ajuda os conterrâneos, tentando talvez, dar sentido a sua vida.
Daqui do Vale do Taquari, bem alimentada, aquecida e protegida, fico com um nó na garganta. Um grito meu que não eclode, mas que irrompe nos meus olhos com lágrimas. Considero grande a alma de quem se desvicula de todos aqui para ir para lá ajudar. E sim, vejo pequeneza na minha, que não arredo o pé daqui. Sinto culpa por não sair da minha zona de conforto. Vou ajudar, mas não da forma que eu quero.
A tragédia humaniza porque de alguma forma queremos ajudar a tirar a dor do outro. No fundo, há também um sentimento de culpa. Quem aqui por esses pagos ao ouvir a notícias da calamidade não pensou: "ainda bem que não foi aqui". Somos também solidários porque carregamos um pouco da culpa por pensar: "ufa, não é comigo". Mas, vejam vocês, não importa as motivações. O ser humano, se é egoísta, também é solidário por natureza. Seria o cúmulo do coração de pedra observar tudo isso e ficar parado, bem paradinho, sem nem botar o a mão no bolso para ajudar com algum dinheiro ou algum tipo de doação. Não somos de gesso. Mexemo-nos.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Escolha o inimigo certo

Às vezes, os problemas que clamam por atenção apenas obscurecem aquilo que não se deseja enxergar. É a cegueira pelo inimigo errado. Então, escolha o inimigo certo. O que estaríamos pensando se não estivéssemos preocupados com pensamentos estranhos? O problema não está no desconforto. O problema está em sentir desconforto pela coisa errada. Se temos medo de algo que achamos terrível, podemos embotar esse medo por algum tipo de desejo, porque o desejo aplaca o medo.

Saberá a pessoa da sua própria insinceridade. Saberá que as vezes pode estar revestida em uma aura de boazinha apenas para conseguir dádivas?

Há muitas pessoas que não gostam de si mesmas e tentam superar isso persuadindo primeiro os outros a gostarem delas. Feito isso, elas começam a pensar bem de si próprias.. Mas essa é uma falsa solução. Temos a tarefa de aceitar a nós mesmos e não encontrar formas de obter a aceitação dos outros. Quem não obedece a si mesmo, é regido pelos outros. Mas é mais fácil, muito mais fácil, obedecer a outro do que dirigir a si mesmo.

*** Nada deve interferir com o desenvolvimento do herói dentro de você!

*** O eterno retorno significa que cada vez que você escolhe uma ação, deve estar disposto a escolhê-la por toda a eternidade. O mesmo se dá com cada ação não realizada, cada escolha evitada. Toda a vida não vivida ficará latejando dentro de você. Então este momento existe para sempre e você é sua própria platéia.

*** Uma pessoa se mede pela quantia de verdade que ela consegue suportar.

** A chave para bem viver é primeiro desejar aquilo que é necessário e depois amar aquilo que é desejado. É o "amor fati", ama teu destino. Superar o desespero é aprender a transformar o "assim se deu" pelo "assim o desejei"

*** A cura filosofica consiste em aprender a escutar a prórpia voz interna. É preciso conversar sobre cada aspecto do pensamento
(Quando Nietzsche Chorou)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A teoria da embalagem

1 - Eu tenho uma teoria da beleza. Somos um produto em supermercado. Nossa embalagem está a venda. Nosso incólucro é o que conta. Somos um produto exposto em prateleira a espera de sermos comprados por quem tem o equivalente em valores. Se formos uma margarina doriana - com atributos de primeira e gostosa - queremos ser compradas por um cara com cacife para pagar a doriana. Você, a Doriana é demandada porque tem tem cor amarela e é chamativa. Mas o produto em si não se reforça, é preciso saborear a doriana e caso venha a ser sem sal, o estoque permanecerá intocado.

2-. Mas é assim: todo mundo tem um valor de mercado e usa uma etiqueta como preço, No primeiro momento, todo mundo olha o valor comparativo e o custo benefício, inclusive as taxas de manutenção e a depreciação por uso e tempo. De modo prático é assim: se ela é muito bonita, você tem que ter prestígio. Um provável parceiro sempre vai pesar o valor do outro e se perguntar, qual a vantagem que eu levo fazendo esse negócio? Porque todo mundo quer ter o seu ego reforçado.

3- Eu expus a minha teoria, baseada no que observo acerca de homens e mulheres, do que escuto e do que leio. Não, necessariamente, concordo com esse tipo de pensamento(mesmo me detestando por isso, eu também embarco na onda da estampa)Todo o ser humano é basicamente igual em suas vaidades. Mas também sei que se a imagem é a embalagem, o conteudo é o prazo de validade." Mas a maiora das pessoas, para ver o conteúdo, chega através dele pelo visual". IMAGEM É O QUE VENDE. E quando você entra no perfil de alguém, você vai onde? NAS FOTOS.IMAGEM não é o que segura uma relação, .mas em 98% é o que inicia.
Eu tenho a mania de acompanhar todo o itinerário psicológico dos meus contatos. Mesmo que eu jamais tecle com eles (e isso ocorre com frequencia, tendo em vista que dificilmente chamo alguém), sempre observo como eles estão, se de bom ou mau humor. Eu ate acho legal colocar frases de motivação (demonstra que a pessoa está predisposta a ver a vida melhor). Pelas frases do Msn, da pra ver se a pessoa ta com espírito brincalhao (se coloca por exemplo, uma frase engraçada do woody alen), se ta triste (tipo: A vida é uma bosta). Se brigou com o namorado (Ve se me esquece, nao deu atençao, agora perdeu de vez). Mas oque eu nao consigo entender é como alguem que entra ocupadissimo esta on no MSN. Dia desses, um contato meu entrou assim: FULANO DE TAL (OCUPADÍSSIMO, NINGUEM FALA COMIGO AGORA) Entao, porque entra no MSN, cara pálida?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Viagem ao centro das palavras

Não quero fazer dessa uma conversa enfadonha e nem um sermão para incitar as pessoas a lerem livros. Não quero, mas já estou fazendo. Não tem como não falar. É porque depois de ter visitado o último final de semana da Feira do Livro em Porto Alegre e visto de perto a jornalista Eliane Brum, para mim a maior e melhor repórter do Brasil, me sinto motivada a compartilhar do prazer da leitura. Eu não entendo como as pessoas não vêem prazer em ler. Para mim o hábito é tão arraigado que sinto uma necessidade tremenda em devorar páginas. A leitura me tira a dor do mundo. É sério. Quando estou triste, faço uma viagem para o centro de mim: submerjo nas páginas de um bom livro. Assim, tenho o universo ao meu dispor e toda uma gama de imaginação que vou construíndo junto aos personagens da obra. É uma delícia. É revigorante, mesmo quando o livro fala de coisas tristes. Aliás, as histórias tristes são as mais bacanas. Há um lirismo na melancolia. Tudo o que é triste é lindo de se ler, arrepia, comove, espanta, entorpece e enobrece a gente. Me deparei desde cedo com o mundo da leitura. Quando era pequena, costumava ler as coleções do "Cachorrinho Samba" e de "Os Pioneiros" (quem tem mais de 30 anos deve lembrar do seriado que tinha Laura Ingalls) dentro do guarda-roupa. É sério, eu juro. Adorava entrar no roupeiro e, munida de uma lanterna e de um livro, passava tardes no meu mundo particular. E ele era infinito. O fato de gostar de ler foi determinante para seguir a profissão de jornalista. Eu amo as palavras, gosto de brincar com elas e as dispor de forma harmoniosa, fazer trocadilhos e encontrar metáforas que culminem com uma explicação inusitada do tema em curso. Meu jeito de me fazer feliz foi me tornar uma operária das palavras. "Escrevinhadora", como diz a colega e blogueira Laura Peixoto. Sou uma escrevente do mundo real e dos guetos virtuais. A repórter da revista Época, Eliane Brum, que eu citei acima, sempre foi minha referência para fazer um jornalismo mais humano, com mais gosto e sabor, seja ele doce ou amargo. Ela sempre destacou a idéia de fugir do "olhar domesticado". E essa sua capacidade de ver a vida, de uma forma totalmente diferente, o avesso do glamour, como muitas vezes ela chama, é que a tornou única. Seus textos exalam humanidade. O lirismo está em cada palavra que ela compartilha com o leitor. Ao vivo, sua voz é mansa e parece passar a idéia de uma pessoa super sensível, melancólica até. Uma voz aliada a uma alma e a uma cachola que pensa profundamente em termos filosóficos e no sentido da vida. Eis sua meta: fazer com que cada entrevistado descubra o sentido da sua vida. A alma humana pode suportar tudo, exceto a falta de algum significado para a vida. Bem, mas isso é assunto para outra crônica. Mantenha os sentidos atentos e vá ler um livro, qualquer um é bom, basta você fazer amizade com as palavras.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O que quer uma mulher

Quando nascemos somos programadas a encontrar o cara ideal. Embarcamos no mundo de fábulas que embalam nossos sonhos infantis, com a voz da mamãe contando de forma convincente a história da Bela Adormecida e da Branca de Neve, ambas tão meigas e ávidas por serem resgatadas de uma vida infernal pelo portentoso príncipe cheio de virtudes. Desenvolvemos nosso visual acalentadas por esse mar de sonhos. As histórias antes lúdicas, mais tarde são ilustradas pelas telas de cinema, através de filmes como Cinderela Moderna e Uma Linda Mulher. É Holywood dando sua contribuição para nossos sonhos de moçoilas casadouras. Alguns anos depois a gente transpassa a fase das fábulas e ingressa no mundo real. Uma, duas, três, 30 baladas e o príncipe não vem. Estão pela noite aqueles motoristas velozes que curtem a potência do cavalo motorizado. Te oferecem um chopp, mas a mão..hummm ...essa é díficil. Quem sabe um beijo diretaço, sem cerimônias, porque essa balela de ir com calma é coisa do passado. Três dedos de prosa e você percebe que o candidato a granjear a atenção do seu coração não está a fim de resgatar ninguém do dragão da solidão. Quer um papo mais light para descontrair e tornar a noite dele mais atrativa - a dele, não a sua. De belas adormecidas, nos tornamos moças despertas. Acordamos do sonho no momento em que percebemos que sutilezas só existem em contos de fadas. Nem podemos querer exigir tanto, porque o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística propaga que há bem mais mulheres do que homens. Segundo o Censo, o número de homossexuais também vem crescendo o que é um desalento para o contigente feminino. Não bastasse ter menos garbosos no mundo, ainda temos de disputar com os gays, esses sim os únicos que nos compreendem.
Os homens reclamam que somos inconstantes, que gostamos de canalhas, que desprezamos os que nos tratam bem em favor dos falcatruas. Os homens declaram que não sabemos o que queremos. Mas toda vida queremos sempre a mesma coisa: está nos contos de fada. Queremos alguém que nos resgate da torre do castelo, heróicos suficiente para empunhar a bandeira em favor de nós mesmas, fortes suficientes para bradar ao mundo que nos amam. Queremos homens sensíveis, podem ser pedreiros, marinheiros, engenheiros, arquitetos, jornalistas, comerciantes, vendedores. Não precisa vir montado em um cavalo branco e nem em uma mercedes super potente. Não queremos fábula, não queremos que tenham sangue azul, não queremos nobreza. Queremos destreza para com nosso sentimento, habilidade para lidarem com nossas vulnerabilidades. Desejamos homens falíveis, não indefectíveis, mas que saibam proclamar com veêmencia que temos valor para eles. Que sejam carinhosos, resolutos e um pouco seguros de si, não a ponto de serem arrogantes, mas autoconfiança e caldo de galinha não faz mal a ninguém. Queremos um amor que nos ame com a gentileza de um príncipe e a leveza de um sapo. E se Freud não foi capaz de explicar isso, é porque nem os homens mais inteligentes compreendem nossas necessidades. Só os de almas sensíveis.

Arial rosa

As relações virtuais mudam os relacionamentos, os hábitos e a maneira de falar e escrever. Professoras percebem o internetês em aula. O próprio internauta se vê "viciado" em abreviações quando precisa digitar algo mais formal no ambiente de trabalho. Entendem a que me refiro? Dá uma vntde de escrever axim, vc prcbe? Aposto que tem muita "profe" chamando atenção de estudantes. Engraçado mesmo é quando essa relação virtual se torna tão tácita que parece fazer parte do concreto universo real. Dia desses, em um papo de "msn", percebo o quão inserida está a presença virtual. O papo versa nesse tom: "essa cor de fonte ficou muito bem em você." Àquele que não está familiarizado com o jargão cibernético, uma explicação. Fonte é a forma da letra do computador. A moça havia colocado a fonte arial rosa para exalar seu bom humor, e conseguiu, transpassou isso através da tela.
Há pouco tempo, elogiava-se a cor da blusa, o tom a pele, o penteado do cabelo. Mas o mundo globalizado instituiu a onda da lisonja virtual. Dessa feita foi a arial rosa a fonte de bajulação. Pensando bem, pode ser a fonte do amor. Assim é o mundo virtual, você manda emoticons, pode expressar se está triste ou feliz com as carinhas usadas excessivamente e que poluem qualquer texto. A internet não só te traz o mundo para dentro de casa, como serve de intermediária para você expressar seu mundo de sentimentos.
Agora, dou-me conta. Eureka, descobri meu parceiro. Meu affair é o CCE, monitor lcd que fica obediente na minha frente. Tem um coração eletrônico megagrande. Abarca o outlook e outros programetes básicos e essenciais em minha vida. Bem se diz que o amor pode estar à sua frente. Meu parceiro sempre está a um palmo do nariz. Só troco o lcd por um laptop. Surpreendem-se com minha volúpia? Querem o quê? Acreditam mesmo que relações virtuais sejam eternas? Deletem essa idéia. No mundo virtual também existe o Control End. E o fim, gente, é igualzinho ao mundo real.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Caixa da Verdade

Quando dona Sinceridade quer comandar o espetáculo, doutor Irritação entra em cena, para dar um chega prá la nessa senhora insana que às vezes ousa querer brilhar no palco. No teatro da vida, o papel principal é sempre da Miss Polidez. Respostas polidas são a demanda do mercado social. Quando alguém inventa de ser o "super Sincero", causa espanto. Nossa, que coragem dizer assim, tudo na lata. Que falta de categoria, grosseria até. Eu me desabono com isso porque nunca sei a medida de parar de ser franca com os outros. Costumo ser tão sincera, que até parece mentira. Penso que falo verdades em excesso, nem tudo tem que ser escancarado. Assumo aqui um "mea culpa". Arrependo-me em 89% das vezes dessa verborragia que sai de mim sem hesitação. Talvez porque quero incitar insconscientemente a franqueza alheia. Desejaria mesmo que as pessoas, em qualquer situação fossem sinceras comigo, só para perceber como reagiria a isso. No Orkut, o propalado site de relacioamentos onde todo mundo bate-ponto, há espaço para escrever depoimentos sobre amigos.Acontece que esses testemunhos são tao boníssimos, exaltam tanto a qualidade das pessoas que chegam a ser hilários. Eu sorrio ao reler os meus e espanto-me com o cabidel de qualidades. Nossa, com tanta virtude vão me tirar para santa. JesusMariaJosé, tudo o que não sou. Depois, leio os depoimentos escritos a outros amigos e tchan, tchan, tchan, tchan, surpresa: queridíssimos todos eles. Especias, tri amigos, alto astrais, empenhados, guerreiros. "Te considero prá caramba, fulano. Você não existe."
Não existe mesmo. Tantos seres especiais me remete ao Faustão, que é fausto em elogios. A Super atriz, o super galã, o super compentente e o domingão vira um superficialidade. Esse Faustão não se toca. Mas eu me toquei de um recurso legal no próprio Orkut. Tem lá a Caixa da Verdade, um aplicativo que basta baixar e mandar para os amigos de sua rede. Eles podem escrever todas as verdades nunca ditas na sua cara. Claro que as respostas virão anônimas para você, afinal ninguém quer se expor. Não dá outra. Em 24 horas de Caixa da Verdade ativa, as respostas começam a pipocar. Li de mim cobras e lagartos. Querem saber a real? Gostei da verdade escondida na caixa. Se não é agradável ouvi-la assim, como se fosse um tapa na cara, pelo menos você pode encará-la como um exercício de auto-conhecimento. Achei bacana a Dona Sinceridade ter se apresentado a mim. Clap, clap, clap, palmas para ela. Miss Polidez dessa vez ficou de canto, cabisbaixa. Só porque é bonita pensa que tem que ser a protagonista da situação. No longa metragem da minha vida, ela só exerce o papel de figurante no baile de máscaras. E olhá lá!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Enfie o pé na jaca

Sabe aquela história de não fazer as coisas por medo de se arrepender, se precaver, não fornecer munição para que a vida fique brava com você, se você fizer pipi fora do penico? Leve a sério. É um conselho muito importante para quem não quer se ferrar e quiser ter cem por cento de garantia de fazer façanhas certeiras, principalmente quando se trata dos cenários emocionais que habitam dentro de nós. Eu tô com você e não abro, mas não levo fé nessa orientação para quem quer viver a vida com arrebatamento. Creio ser igual a moda deste ano: exagerada. Eu acredito que a vida solicite isso, um exagero de atitudes. Sou adepta do imperativo politicamente incorreto: "Na dúvida, ultrapasse". Entre ficar a ver a vida passar ou me lambuzar nela, opto por me besuntar nas vivências. Quero me emporcalhar de vida, lamber os beiços, seja de mel ou de fel (lógico que com essa minha impulsividade o coice da vida vai me jogar na lama algumas vezes). Me recuso a ficar impassível, sem fazer algo pela minha própria história. Pouco para mim é menos da metade e só metade da vida eu não desejo. Não quero cozinhar o meu destino em banho-maria. Entre errar por fazer demais ou ficar parada por não fazer, quero pecar pelo excesso. Excesso de amor, ardor, fúria e até acúmulo de erros. O que não quero é a inexistência de sentimentos, carência de sensações. Tenho clorofila que me ajuda a libertar o oxigênio no ar, mas não vivo a vegetar. Sou veemente com a vida. Quero tirar dela a seiva para medrar minha existência. Entre a dor e o nada, prefiro a dor. Serei o que sofri. Mas jamais conseguirei ser o que não sentir. E quem quer brincar de viver coloque o dedo aqui!

Perguntas que todas as pessoas deveriam fazer umas para as outras!

* Você foi bom aluno?
* Você teve muitas facilidades na vida?
* Quando é que você chora?
* O que seria uma grande alegria para você?
* O que é que lhe dói?
* Quando você se diverte?
* Você se acha bonito?
* Você foi feliz na infância?
* Qual sua pior agonia?
* Em que ocasião você ja mentiu?
* O que tira você do sério?
* Já se sentiu enganado?
* O que você elegeu como prioridade e como isso lhe sustenta?

Foda-se a cartilha da felicidade!

É um saco ter obrigação de ser feliz, seja de qualquer jeito e a qualquer preço. Somos concebidos, crescemos e nos tornamos gente de sucesso com o veredicto de que temos obrigação de ser feliz nesse planeta escuro. "Se todas as coisas boas durassem para sempre, você saberia como são importantes?, frase mágica dita pelo menino Calvin, aquele dos desenhos. Hehehe, que discernimento. Desde a infância somos assombrados com a possibilidade de não sermos felizes. A própria expectativa de ter que ser feliz de qualquer maneira ferra tudo. Ao mesmo tempo, quem não quer ter a felicidade dentro de si? Até os loucos desejam isso e por isso deram um jeito de se tornarem insanos para poderem se encolher dentro do próprio mundo. Foi a maneira que encontraram de serem felizes no seu infinito particular (mesmo que a gente teime que o nosso mundo seja melhor e mais bem articulado). Sei lá, sei lá, sei lá. Eu também estou condicionada com essa cartilha da felicidade que nos fizeram engolir desde a pré-escola: trabalho, dinheiro, família, filhos e tal. "É tudo tão perfeito, se tudo fosse só isso. Mas isso é menos do que tudo, é menos do que eu preciso", canta prá mim Paula Toller, eu faço coro aos teus versos descontentes. E o que me importa é não estar vencida!

*****
+Que coisa inocente pensar que a infância é feliz. Uma criança nada mais é do que alguém com uma bola na garganta sem saber direito o que quer, sente ou pensa.

+Sou um mulher festiva e expansiva. Matriculo-me em academias de ginástica e vou só nos primeiros dias. Mas não me cobre por ser impetuosa e pouco persistente. Aprecio as pessoas que se divertem com o próprio destino.

+ A Solidão pode ser uma vitória pessoal, mas é sempre uma derrota pública
(Selma e Sinatra - Martha Medeiros)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Uma escolha mata a outra

Por mais que você resista não escolher um rumo, inevitalmente estará escolhendo. Não há como permanecer na eterna zona aconchegante de não ter de se responsabilizar por questões de escolhas. Optar é inevitável. Alias, se você ficar parado sem fazer nada, já é uma escolha. O caminho que a gente se recusa a seguir, é um caminho tomado por falta de movimento. A inércia também é uma preferência. Só que é uma não-ação, uma predileção pobre e simplória de quem te medo de andar para frente. É Uma escolha daquele que fica paralisado de medo. Se existe um caminho para o melhor, então que você pense sobre ele e visualize como o quer trilhar. Mesmo que depois, perceba que é o errado. Mas é importante que a gente se empenhe em decidir de forma consciente por alguma coisa e não deixar o destino ou a inércia tomar as decisões pela gente. Ninguém vence sempre. Ninguém consegue escapar de fazer escolhas. Fugir da dor e de algumas derrotas é impossivel. Por mais que você se esconda dos fracassos da vida tentando se manter imóvel, ela te agarra numa esquina e faz você optar. Então ja que escolher é uma sentença, porque não tem como escapar do inevitável, pelo menos tente escolher pela razão ou intuição. Não deixe ao acaso do uni du ni tê. Como se a indicação de sua escolha fosse algo irrisório. Todas as nossas tomadas de decisões são importantes porque implicam em continuar ou mudar a trajetória da nossa jornada. De acordo com a gramática, a raíz da palavra decidir (cid) é igual a homicídio, sinônimo de matar. Então é bom que você pense que ao se decidir, estará matando a outra alternativa, porque uma exclui a outra. Seria muito triste matar uma alternativa simplesmente por imobilidade. Então tome um caminho de caso pensado, até mesmo para você desfrutar a sensação da liberdade de escolha. O filosofo Jean- Paul Sartre está mesmo certo. Ele disse que nós somos livres para ser qualquer coisa. Exceto não livres. Nós estamos condenados a liberdade. E somos totalmente livres para colhermos os frutos de nossas escolhas. Escolha de forma certa ou errada. O que não pode, é decidir ficar parado. Porque essa é a unica escolha que ferra você.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Cartas na mesa


"Vamos colocar as cartas na mesa: eu sou o curinga do baralho. Não pertenço a nenhum naipe. Posso ser descartada ou ser baralhada. A opção é do jogador. Como curinga, jogo em qualquer ponta. Posso virar a mesa. Me use para ganhar ou me descarte de cara. O que não consigo é ficar como um dois de paus." (inspirada pelo Dia do Curinga)
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"Quando a gente entende que não entende alguma coisa, é que a gente está prestes a entender tudo" (O Dia do Curinga)
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°°° O mundo é como um grande número de mágica. E se tem magia, então deve existir um mágico. Mas não é fácil desvendar um truque de mágica se o mágico que o realiza nem sequer se mostra no palco.
(O melhor truque do Diabo foi convencer o homem que Deus não existia - Fim dos Dias (filme)
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°°° As fábulas escapam dos dentes da engrenagem do tempo. A imaginação tem o estranho poder de fazer com que tudo aquilo que criamos continuem jovem na nossa cabeça. A história da Bela Adormecida tem mais de cem anos e ela continua uma flor de formosura dentro da gente.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Lições infantis


Minha filha dá lição de vida espetacular. Eu tô no jardim de infância e ainda tenho de comer muita papinha e mingau pra atingir o grau de maturidade e discernimento que a pimpolha de 9 anos quer que eu incorpore. Uma mãe triste da vida, com os faróis baixos e uma vontade inebriante de ficar protegida debaixo dos cobertores não é exatamente uma referência maternal. Mas na minha dor (dor efêmera, digamos assim, porque eu sei que tudo passa) ainda consigo enxergar a magnitude de lições filiais. A Marianna me dá colo e conselhos. Ela apanha a bíblia e o livrinho de orações ao lado da cabeceira, segura na mão e diz; "mãe, uma coisa te digo: viver a vida mãe, viver a vida". Ela olha com olhos tão fundos e um tom de voz tão convicto que surpreendo-me ante a sabedoria infantil. Ela me diz mais: "mãe, faz qualquer coisa para parar de chorar. Leia teus livros, nem que você tenha de comer. Coma, mas pare de chorar". Na sua aguda inteligência e lógica infantil ela ja sabe que comida faz bem para tristeza e que humanos associam as calorias à melancolia. É um esforço comovente que ela faz para me auxiliar a passar a dor. O amor filial tem uma força estranha e contundente de nos fazer buscar vigor e dar um salto do fundo do poço. Eu às vezes me pego pensando de forma bem humorada:Esse mundo tá todo errado e de cabeça prá baixo. O meu caso e da minha filha é um exemplo. Ela quem dá força para mim. O contrário é raro. Eu sempre preciso mais do ombro dela. Eu devo ser um ET mesmo. Mas ainda bem que tenho uma filha normalíssima. Sou aprendiz de lições infantis.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O tempo é inexorável

Eu descobri que as chamas do inferno se inflamam após a gente passar uns 35 anos nesse planeta escuro, vagando pela Terra. É sim. O inferno vem na carona do tempo e mostra sua cara através dos vincos da idade, da perda do viço. Não me condiciono a discursos politicamente corretos, por isso lá vai minha queixa: a idade é infernal. Essa semana eu vi. Meninos, meninas, eu vi um fio branco na minha sobrancelha. Fiquei prá morrer. Não adianta tirar com a pinça, porque a partir de agora, cada vez nascerão mais. O tempo é inexorável. Não há misericórdia, tudo tende a piorar. Posso botar botox, fazer lipoaspiração, passar camadas de creme estrangeiro e me esbaforir em exercícios, mas uma coisa é certa, minhas células estão morrendo de forma abrupta. Isso é atroz. Não tenho na ponta da língua o discurso que a terceira, é a melhor idade, que conseguimos atingir serenidade misturada ao valor da experiência. A terceira é a última idade. Remete a perda de beleza, de ossos, de viço, de memória e de visão. O autor americano Philip Roth é categórico ao definir essa derradeira fase da vida: «A velhice não é uma batalha, é um massacre". No inferno descrito por Dante Allighieri, uma frase ilustra as imagens dantescas: "Deixai todas as esperanças, vós que aqui entrais." Eu transfiro essa premissa para o ingresso na maturidade: ali, do lado de fora, ficam todas as nossas esperanças. E dentro, só o que a gente pode esperar é o desespero. Ainda tenho tempo para mudar de idéia quanto a esse pensamento. Quem sabe o tempo me ensine que esta, não é uma tragédia tão grande. Mas convenhamos, a velhice é de morte.

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Não há um lugar onde possamos nos esconder para escapar do tempo. O tempo mastiga, mastiga e somos nós quem estamos no meio dos seus dentes. (O Dia do Curinga)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

DESTINO EM SINCRONIA

A vida é regida pelo destino ou pelo acaso?. Se for regida pelo destino, então porque nos esforçamos tanto para fazer algo bom l sendo que o destino está traçado e nele a gente vai se deixar levar quer queira ou não?E se não houver destino e for tudo obra o acaso? Fala sério, nem mesmo nós acreditamos em grandes eventualidades. Quando ocorre algo que consideramos um “big” acaso, logo falamos: “nossa, quanta coincidência. Isso não pode ser obra do acaso, é sinal do destino.”
Um livro interessante, O Segredo de Shamballa, fala justamente disso. Shamballa é uma cidade fictícia localizada no telhado do mundo – nas montanhas do Himalaia. A obra relata a teoria da sicronicidade. Os tibetanos chamam de “rten brel”. A sincronicidade ajuda o nosso destino e podemos dar uma mão a ela através do nosso próprio esforço e mente. Cada pessoa precisa preparar o pensamento para ter idéia da sincronicidade e trazer intuição e coincidências para nos ajudarem. Sinta as indicações e prepare os pensamentos e acontecimentos para que se realize o seu melhor destino. De modo simples, quero dizer isso: o destino só vai até metade do caminho, o resto é você quem faz. Você precisa estar alerta e preparar a mente para procurar a próxima informação misteriosa que o ajudará na direção do seu destino. Não importa o que fizer, alguma sincronia vai ir ao seu encontro se você estiver com o espírito adequado e preparado para “ver” as coincidências que lhe ajudarão a tomar uma decisão. Preste atenção nos sinais. Cada um de nós em um determinado momento da vida tem uma pergunta principal que queremos saber em determinada situação. Se a gente aceita a outra proposta de emprego ou permanece no mesmo, se termina ou não com o namorado, se a viagem planejada é uma boa alternativa ou é melhor economizar para comprar o carro, enfim, temos uma série de perguntas. É preciso seguir a intuição para poder respondê-las. E só vamos responde-las quando tivermos uma decisão. As vezes um gesto ou uma coincidência no meio do caminho faz toda a diferencia pra aceitar o tal emprego ou fazer a tal viagem. Isso é sincronicidade. Fique atento para receber sua intuição e segui-la. Fique atento ao seu estado de espírito. E boa viagem rumo ao destino de sua vida.

Escreve que te leio: pita@certelnet.com.br

domingo, 28 de setembro de 2008

Pessoas assépticas!


Nunca consegui desvendar uma pessoa politicamente correta, que vive sempre dentro dos limites, que não vibra, não se espanta, não se posiciona com nada, não tem arroubos de fúria e nem de desânimos. Nunca consegui não culpar uma pessoa que não erra nunca. São pessoas que eu visualizo como corredor de hospital. Sabem as paredes de um hospital, os quartos, os móveis, as cores? São clara, limpas, assépticas. Não tem nada fora do lugar, limpinhas, higiênicas. Não tem nada de ruim, nem de bom também. Pessoas-Hospital não incitam a ira na gente, nem a bondade, não despertam simpatia, simplesmente existem alheia à nossa vontade. A gente dá oi, faz um comentário sem realmente esperar a resposta dela, porque ela não nos conduz a nenhum pensamento. Oxalá conseguissemos simpatizar com o gosto do chuchu, que não tem caloria, mas nao tem gosto nenhum, fica dificil a gente ingerir, né!!!Pessoas asspéticas são tão limpinhas que nem fazem "cacas" na vida. Viver tem que ser perturbador e as pessoas tem que perturbarem a gente de alguma forma. Eu prefiro o gosto da pimenta ao do chuchu. Faço coro com Nietzsche: "Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade”.

(A foto retrata o meu ângulo de visão nada asséptico)

sábado, 27 de setembro de 2008

HOMENAGEM A MIM

"Emocionalmente acho que tu és algo como que minha "anima", no dizer dos antigos gregos. Se eu te visse na minha frente, acho que meu primeiro impulso seria te botar no colo e te ninar, não como a um bebê, mas como a mim mesmo... "

domingo, 21 de setembro de 2008

A nova forma do amor

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e n?o mais uma rela??o de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher; ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade a pessoa.As boas relações afetivas são íntimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo... (Flavio Gikovate)
Todos somos carentes
Eu nao tenho ilusoes de achar que a humandiade é bem resolvida
Penso que tem muita gente carente no mundo
Sou uma carente de dar medo
Mas me recuso a aceitar minhas escolhas quando elas sao por carência
Eu quero algo de verdade. Acho que as vezes saio perdendo por isso
Porque penso: ah talvez seja só carência
e descarto por pensar ser isso
Tenho tanto medo de escolher por carência
Que não escolho nunca.
Eu acho até legal as pessoas que se escolhem por carência
e depois acabam originando um verdadeiro amor daí...
Mas minha auto-estima ficaria muito abalada se percebesse que só escolheria coisas por absoluta escassez....

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

'A procura da frase de chamada perfeita

A busca pelo par complementar pauta as frases de chamada nos sites de caça. Os homens não costumam construir frases tão criativas. São diretos e menos sutis:palavras insossas, frases originais são raras. E invariavelmente, são elas que chamam a atenção e revelam um nível de instrução maior. As frases masculinas:

"Romantico, otimista e alegre procura namorada. "

"Senti-se só? Mande um imail. Quem sabe eu seja quem você procura."

"apaixonado pela vida a procura de alguem especial "

"Qro alguém Sensivel, Feminina, Delicada e Amorosa...Será que existe??? "

"Viajante cansado procurando um porto seguro pra viver e sonhar"

Estou sozinho, tentando me divertir perciso de uma companhia.

Homem amante dos animais procura parceira para bons momentos a dois.

Procuro um amor que goste de cachorros. Não que eu seja um...

sou discreto, carinhoso represento ter menos que minha idade física

E as mulheres???? Elas são mais desencanadas,sabem elaborar seu marketing pessoal. Costuram frases como quem precisa buscar um par perfeito. Por isso esbanjam na criatividade, com uma pitada de bom humor e audácia. Elas vendem-se de forma mais aprazível!!! Querem ver?

Sou ótima amiga, excelente namorada. Vamos trocar um dedinho de prosa?

A felicidade não tem fronteiras, venha me conhecer.

olhe nos meus olhos e tire voce mesmo a conclusão...

voando por aí...procurando outra borboleta para aproveitar a vida!

Gostaria de ser a primeira a ser lembrada e a última a ser esquecida.

A procura de um companheiro e não uma companhia...

Ainda estou aprendendo a viver, e espero ter um acompanhante para isto

Loba cansada de correr sozinha procura par pra correr com ela

Tenho meus mistérios como uma boa geminiana, basta saber desvendá-los.

domingo, 14 de setembro de 2008

Festa a fantasia!


O que me surpreendeu foi o "Luxo" pros Vips. Tinha toneladas de chocolate, xicles, pastilhas, garçons servindo churrasquinho, outros servindo pizza, champagne, chopp à vontade. Tinha até duas massagistas. Sim, eles fizeram um canto pra quem quisesse fazer massagem e relaxar. Tinha máquina de jogar pelobol, é isso? E mulheres lindissimas com fantasias sumárias. Ah e homens bonitos também, muitos com os tórax à vista que era para não perderem a oportunidade de se mostrarem, né. Tudo isso e eu vim as 2h pra casa. Eu nem sou desse mundo..hahaha!

(A fotinho é da equipe do jornal, trabalhando!)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Desejo e esperança


Eu gosto de divagar. Não que seja craque nisso, sou apenas uma diletante nesse mundo cheio de ebulições. Mas caraca, recebi um livro lotado de idéias fenomenais que não me sai da cabeça. Chama-se "A felicidade, desesperadamente", de Andre Comte-Sponville, um cara francês que parece tri bacana. Fala sobre o maior desejo do ser humano, que é a busca da felicidade. Curioso foi a forma como o livro veio até mim. Um amigo, o Guilherme, emprestou-me na porta de uma festa. Achei emblemático pelo significado do contexto. Me entregou a felicidade à beira do festerê, onde a priori, é o local que as pessoas a buscam e muitas vezes afoitamente, com um certo senso de desespero. Mas a obra do Comte é bem mais profunda porque ele dá um outro viés para a coisa.Para ele, a felicidade chega se a gente não esperar. É nesse sentido que ele aplica a palavra des-esperar. Deixar de aguardar. A Felicidade vem quando se bane a esperança. Algo modificou-se em mim quando li: "estamos separados da felicidade pela própria esperança que a persegue". Atenção a isso:"só teremos a felicidade à proporção da desesperança que seremos capazes de atravessar." A sabedoria, no caso, seria então conseguir a felicidade, desesperadamente.
Todos os homens, sem exceção, procuram ser felizes. O ladrão, o criminoso, o algoz, o machão e inclusive o cara que vai se enforcar. Porque no fundo ele fará isso para escapar da infelicidade. A busca da felicidade é a coisa mais bem distribuida no mundo. Todo mundo quer. A ironia é que as pessoas são muito mais infelizes do que se imagina. E não é que não somos felizes porque tudo vai mal. Podemos não ser felizes quando tudo vai mais ou menos bem. Por que? Porque vivemos de desejo. Só desejamos o que não temos. Quando temos, não desejamos mais. Então partimos para outro desejo e novamente jogamos para frente a busca da felicidade, porque o desejo quando é satisfeito não faz falta. Se eu o tenho e portanto, já não é desejo. Como poderia ser feliz se não tenho o que desejo e sim o que desejava? Para um cego, a felicidade seria enxergar. Mas o fato de a maioria das pessoas enxergarem nunca bastou para fazer a felicidade do mundo.
Resumindo: não há nada mais fácil do que amar quem não temos. Não há nada mais difícil do que manter o amor de quem temos.
***
A armadilha da esperança está em justamente esperar o que não temos. Porque quando temos, já não precisamos esperar. A esperança também é um desejo. Não podemos esperar o que não desejamos. E você só pode esperar o que não sabe, o que não tem certeza do que vai ser. Porque se tiver certeza, então não precisa ter esperança. Você espera por algo que não depende de você. Quando vc tem esperança, vc deseja algo que nao sabe se vai ter porque é algo que não depende de você. Logo, esperar pode ser desesperador. É preciso perder a esperança. A medida em que nos tornamos menos dependente da esperança, aprendemos que não temos mais nada a esperar e isso nos liberta do temor. Não há nada a esperar, náo há nada a perder.
***
"A esperança não passa de um charlatão que nos engana sem cessar. E para mim a felicidade só começou quando eu a perdi." (Chamfort)
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Outra do Chamfort: "Eu colocaria de bom grado na porta do paraíso o verso que Dante colocou na porta do inferno: abandonai toda a esperança, vós que entrais" Essa frase na porta do inferno é inútil: como não querer que aqueles que sofrem demais não tenham esperança? Eles esperam alguma coisa porque querem que o suplício pare.
MAS: Quem está no paraíso não precisa esperança. Não há nada para esperar, pois ali há tudo.

*** Tá, então é assim ó: só é feliz quem perdeu toda a esperança. Porque a esperança é a maior tortura que há. A única maneira de viver é parando de esperar. Quem não tem nada a esperar, se basta com o presente.

***Logo:
em vez de esperar, é preciso saber viver e ter confiança para agir. Vamos aprender a desejar o que depende de nós. A esperança sempre estará presente. Não se trata de impedir de esperar, trata-se de aprender a pensar. Vamos esperar um pouco menos e agir um pouco mais

sábado, 6 de setembro de 2008

Divã

Eu queria saber o que nessa história é sentimento profundo mesmo. E o que é 'pensamento de conveniência'. Disseram-me que eu não sou uma desistente. Não desisti de mim mesma. Eu finjo que desisti de mim só pra poder desistir sem me sentir culpada.Mas eu nunca desisto. Porque não são louca.

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Se tu é lanterna do campeonato.Tu tem que jogar toda a rodada ainda.Tu entra de cabeça baixa, mas entra. Eu acho que tu tá entrando sempre de cabeça baixa. Acho isso estúpido mesmo.
Porque tu é um bolo de qualidades.
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Eu vejo que muitas vezes, as pessoas criam todo um teatro da vida delas.Se acham maiores do que são, melhores do que são...Mais competentes do que são.E acreditam um monte naquilo. As vezes, até conseguem um monte de gente na volta que também acredita.E alguns que fingem que acreditam pra tirar algum proveito. Eu dou todo o direito das pessoas fazerem o teatrinho delas. Só não queiram que eu seja ator dessa novela.
Há muita cafeína na sua corrente sanguínea
E uma falta de tempero real na sua vida"

Uma investida e um empurrão
E a terra em que estamos é nossa
(smiths)

E se tudo que eu tenho são estas lágrimas
O sol vêm acima
E livram-me da escuridão novamente
(magic numbers)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Eu espio a vida por frestas de melancolia.
Na fenda do tempo, eu me ofendo com ventos
que açoitam minha tristeza. Deixem ela ali, na minha cara
expondo-se, rindo de mim, mirada nos meus olhos azuis.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

* O ódio constitui de longe o prazer mais insistente:Os homens amam às pressas, mas detestam longamente.

* Os amigos se dizem sinceros; os inimigos o são."
(Algum cara genial..acho que Schopenhauer disse isso)

Minhas asas nem cresceram e já lido com penhasco.Porque temos que realizar o melhor, cada um é seu próprio juiz, juri e sentença. Realizo meus sonhos com uma Brisa, um Vento, um Furacão no deserto...eu tenho a era do gelo dentro de mim. Vixxi, agora gelei!!

Festa da alma nua!

Pegação. Vou ver inúmeras. Vai ter neguinho caindo de boca no colo, nos braços e nos beiços de fadas, índias, oncinhas, bruxinhas e piriguetes de todos os tipos e estilos, em uma festa que preconiza o tema da fantasia, mas que se caracteriza pela falta de máscaras. Não que os adereços típicos do estilo não vão fazer sucesso. Perucas, chapéus e outros troços do tipo, isso vai ter de montão. Mas é que embaixo do batom das gurias e da carapuça do zorro dos guris, as pessoas vão estar mesmo de cara limpa. Despidas de qualquer preconceito. E sem ele, é muito mais fácil tirar as máscaras, aquelas que a gente utiliza no dia a dia, seja para sorrir ao colega antipático ou para esboçar um gesto de empatia com a moçoila chata que emperra o trânsito. Nessa vida, tudo o que a gente tem que ter dentro da rotina é jogo de cintura e uma boa engenharia social para poder construir caras e bocas conforme a situação requer. Por isso, de vez em quando é fundamental uma festa a fantasia. Para tirar a maquiagem social e poder se vestir de "eu". É em meio a eventos típicos onde impera a irreverência (e o carnaval é um exemplo) que o brasileiro se esbalda dentro dele mesmo, sob a bandeira da alegria. Em festa a fantasia, tem gay enrustido bancando a Roberta Close e isso é o máximo, porque é a chance de ele mostrar ao mundo: "olha, esse sou eu. Saí do armário, pelo menos durante a festa nesse salão." Tem meninotas ávidas por beijos, com a boca seca de desejos. E elas beijarão, pode apostar que sim. No salão, cidadãos tiram as máscaras, rebentam numa onda de erotismo onde a multidão se enfeita de gente. Só não me venham com chorumela nove meses depois. Festas a fantasias, o show é você.!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Quebra cabeça

Em termos de amores e relacionamentos tudo é um grande quebra cabeça montado pelo Grande Arquiteto do Universo,para que nos desencontros, a gente se encontrasse (o auto-encontro, aquele vindo de dentro de nós). Poucos são sábios ou preparados o suficiente para se encontrarem pelo amor...por isso existe a dor, para que por meio dela,a gente possa sofrer, depurar, se buscar e finalmente, se mirar na alma.
Quanto mais eu reflito, me relaciono, colho opiniões, menos eu tomo posição sobre a maneira correta de agir. Mais clichê se torna para mim a tal frase: cada caso é um caso. Nunca há regra nenhuma. O amor dispensa guia de bolso, tudo nele é indomável. È isso que assusta e fascina, porque por mais que a gente tente orquestrar gestos, pensamentos ou maneirismos, nunca sabe se vai dar certo. Nunca saberemos o que toca realmente a alma de outrem. O amor é um puzzle gigante. Tudo tem que encaixar.

sábado, 30 de agosto de 2008

O Carpinejar disse isso:

A conquista começa depois do sexo. Não antes. Depois do sexo é o instante em que o homem revela se se preocupa com vc ou se foi embora antes da despedida.

PS: partindo desse pressuposto entao é melhor dar logo pra saber se o cara quer conquistar depois. AH, eu ate me sinto mais aliviada agora. Não preciso me fazer de dificil. Isso tira o tempo da gente.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Achei tri!

Eu? Sou a soma de ontem e hoje, dividido pelo amanhã e multiplicado pelo agora. Já conheci o céu e o inferno e resolvi morar naquela praça, que fica entre eles.
A teoria dos seis graus de separação

A premissa desta teoria, também chamada de small world phenomenon , é de que existe uma relação direta entre as pessoas no mundo, através de uma cadeia de relacionamentos de até seis contatos intermediários entre uma pessoa e a outra, mesmo que vivam em lados opostos do mundo. Como exemplo, eu e qualquer leitor deste blog, estaríamos relacionados com um espaço de até seis conhecidos entre nós. Parece que que tudo começou com Marconi, inventor do telégrafo, ao afirmar que depois que o telégrafo fosse difundido, seria possível encontrar qualquer pessoa no planeta, conectando-se a 5,83 pessoas. Arredondando os números, eis os famosos seis graus.

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EXPECTATIVAS
* Tudo rola em cima de expectativas. Eu sempre tento manter as expectativas baixas
pra depois a pessoa se supreender comigo. Nao gosto de frustrar.

* Eu faço a contrapopaganda. Sério,,eu quero ver quem é o corajoso que me compra. Eu sou o capitão Nascimento de mim mesma. Eu digo: ah tu quer entrar na minha vida cara? Então pede prá sair. Só para ver a convicção dele em ficar. Não sei se isso tem funcionado. Porque eu TO SEM TROPA DE ELITE. Nao consigo recrutar ninguem

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* Pessoas típicas da noite são chatas. A noite dura umas poucas horas.Quem vive dela é porque não tá vivendo no dia.

* Eu nao gosto de gente muito modesta. Se tu for modesto demais, nem demonstre isso pra mim, guarde isso para você. Eu sou inteligente. E não disfarço.Eu gosto de pessoas que sentem realmente como são, nem gosto de falsa modéstia. Se é bom, tem que falar sim. Tem gente que nao quer falar porque têm medo que a gente diga: "ah, tu vai me achar convencido"

DEUS É TODO OUVIDOS
Acredita em Deus?
-sim,,acredito sim
Acredita em planos dele e coisas assim?
- acredito que talvez pessoas nasçam pra serem sozinhas. Eu devo ter sido muito ruim em outra encarnaçao e tenho de pagar nessa vida
Tu nem acredita nisso. Mentira.
- eu quero acreditar pra me conformar
Tu tá falando isso só pra eu dizer que não.
- Eu quero acreditar. É serio. Porque quero parar de ter expectativas de encontrar alguém, entende???
HAHAHAHAHA
Cala essa boca!!!
- Ah, eu adoro quando tu diz isso!!!