Olha, gente, eu nem gosto de política. Muito menos de falar no assunto. Não me interessa, não me apetece, não me gusta. Sou cega a político, pior que o Steve Wonder: nem me viu. Mas nem é questão de falar no tema. Eu sei, eu sei que em época natalina nosso espírito tem que confraternizar, entrar no clima. Talvez por isso, por ser data estratégica, os caras querem aumentar o número de vereadores no país. Serão cinco mil a mais nesse império tupiquinim, onde tudo dá-se um jeito, inclusive para inflar os bolsos alheios. O nosso não, né, somos povinho. O país do Lula vai ter mais braços de polvo alcançando os cofres públicos. Ninguém é cheio de dedos para meter a mão na cumbuca alheia. Mas cheio de braços, para agarrar a pataca dos outros, ah, isso sim. Em Santa Catarina, os donativos que a gente mandou com tão boa vontade para o povo estão sendo saqueados. Furtados por cidadãos comezinhos. O nível de corrupção no Brasil é o pior em dez anos, segundo o Banco Mundial (Bird), num relatório divulgado no ano passado. A corrupção é democrática.Não é só em Brasília que ela ocorre. Aqui no Vale, teve prefeito tentando dar golpe no INSS. Tem político "arroz de festa" que estão nas páginas dos jornais todo o tempo, tanta façanha que fazem às custas do povaréu. Santa Klaus!!! Dai-nos força para acreditar no ser humano e no ser político. Parece irônico, mas Santa Klaus, celebrizou-se por sua dedicação e sincera bondade que o levaram a fazer milagres, tanto em vida como após a morte. É o bom velhinho do Natal. Quando a gente vai ter um Klaus tão abnegado assim? Um dia, Premeditando o Breque cantou, todo mundo ouviu e fez coro: "Aqui não tem terremoto, aqui não tem revolução, e um país abençoado, onde todo mundo mete a mão"
Como viver neste país e sobreviver ao jeitinho e continuar sendo ético? Essa é uma pergunta que não quer calar e está inclusive nas páginas do livro de Lourenço Rega, chamado "Dando um jeito no jeitinho". Brasil, mostra tua cara, não aquela que canta Cazuza. Senhores, inclusive os nossos representantes que foram empossados essa semana, nos ajudem a retirar o estigma de "pátria desimportante". Vamos fazer do jeito certo, para que os músicos possam tocar outros acordes. Políticos, vocês são responsáveis por novos acordes. Acordem! E parem de tirar nosso sono.
Postcript: já sinto o sentimento de impotência por essa crônica não surtir nenhum efeito, em nenhuma consciência ou mente política.
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