quinta-feira, 22 de março de 2012

Pinçando minhas próprias frases

É sempre lamentável dizer adeus,
nem tanto pela despedida
quanto pelas pelancas embaixo do braço...



* Eu nao gosto de gente muito modesta. Se tu for modesto demais, nem demonstre isso pra mim, guarde isso para você. Eu sou inteligente. E não disfarço.Eu gosto de pessoas que sentem realmente como são, nem gosto de falsa modéstia. Se é bom, tem que falar sim. Tem gente que nao quer falar porque têm medo que a gente diga: "ah, tu vai me achar convencido"




Eu faço a contrapopaganda. Sério,,eu quero ver quem é o corajoso que me compra. Eu sou o capitão Nascimento de mim mesma. Eu digo: ah tu quer entrar na minha vida cara? Então pede prá sair. Só para ver a convicção dele em ficar. Não sei se isso tem funcionado. Porque eu TO SEM TROPA DE ELITE. Nao consigo recrutar ninguém




Nunca consegui não culpar uma pessoa que não erra nunca. São pessoas que eu visualizo como corredor de hospital. Sabem as paredes de um hospital, os quartos, os móveis, as cores? São clara, limpas, assépticas. Não tem nada fora do lugar, limpinhas, higiênicas. Não tem nada de ruim, nem de bom também. Pessoas-Hospital não incitam a ira na gente, nem a bondade, não despertam simpatia, simplesmente existem alheia à nossa vontade. A gente dá oi, faz um comentário sem realmente esperar a resposta dela, porque ela não nos conduz a nenhum pensamento. Oxalá conseguissemos simpatizar com o gosto do chuchu, que não tem caloria, mas nao tem gosto nenhum, fica dificil a gente ingerir, né!!!Pessoas asspéticas são tão limpinhas que nem fazem "cacas" na vida. Viver tem que ser perturbador e as pessoas tem que perturbarem a gente de alguma forma. Eu prefiro o gosto da pimenta ao do chuchu




É um saco ter obrigação de ser feliz, seja de qualquer jeito e a qualquer preço. Desde a infância somos assombrados com a possibilidade de não sermos felizes. A própria expectativa de ter que ser feliz de qualquer maneira ferra tudo. Eu também estou condicionada com essa cartilha da felicidade que nos fizeram engolir desde a pré-escola: trabalho, dinheiro, família, filhos e tal. "É tudo tão perfeito, se tudo fosse só isso. Mas isso é menos do que tudo, é menos do que eu preciso"




Sou adepta do imperativo politicamente incorreto: "Na dúvida, ultrapasse". Entre ficar a ver a vida passar ou me lambuzar nela, opto por me besuntar nas vivências. Quero me emporcalhar de vida, lamber os beiços, seja de mel ou de fel





Penso que falo verdades em excesso, nem tudo tem que ser escancarado. Assumo aqui um "mea culpa". Arrependo-me em 89% das vezes dessa verborragia que sai de mim sem hesitação. Talvez porque quero incitar insconscientemente a franqueza alheia. Desejaria mesmo que as pessoas, em qualquer situação fossem sinceras comigo, só para perceber como reagiria a isso. Já lii de mim cobras e lagartos. É um tapa na cara, pelo menos você pode encará-la como um exercício de auto-conhecimento




Mas por que a gente se atrai pelos pegadores? Porque é bacana entrar na dança dos sedutores, eles são muito mais melosos e enfatizam muito mais tuas características legais do que os caras sérios, então a gente se sente especial, tendo a atenção de um homem assediado.
Temos a mania de idealizar os pegadores porque não dá tempo de vermos os defeitos deles. Eles somem antes.




O ruim de envelhecer é que a gente fica obrigado a amadurecer. Como se as coisas que a gente aprendeu e doeu durante a vida, fossem impelidas de não mais acontecerem, afinal, pressupõe-se que se a gente não aprende pelo amor, aprende pela dor. E se eu não aprender com nenhum dos dois? Tem certas coisas que são inestimáveis, tem certo erros que são domésticos, de estimação, acontecem sempre. A maturidade é um álibi frágil. Não uso ela como meio de defesa para provar que a tenho. Eu nem tenho, eu só avanço em anos, mas não atinjo a ponderação. Eu só matuto sobre maturar, mas continuo na creche à beira da meia idade. Meia idade? Tá, sou dramática, pode me chamar de Maria do Bairro, a mexicana.




Eu entorno meu próprio caldo. Eu entro em pane, revés emocional.Pinço minhas urtigas sentimentais, eu sinto. Um palavrão bem afiado brada:: será que tu vai me vencer, sua vida de merda?A vida me unha a cara, me fere na virilha e me salpica sal nas feridas. Ando minada de mim.




Não consigo me definir com a ressonância das palavras. Quando creio que sei o que sou, vem o meu eu e muda a opinião que há em mim. Eu bagunço meu pensamento com meus desejos, quero-os todos, quero-os tortos. Há um clamor imediato, estático e recorrente. Não sou eu, é minha alma que brada: quero ser magra
(eu)
A PÁSCOA NÃO MEXE TANTO COM A MINHA FÉ COMO QUANTO COM MEU CORPO: OVOS DE CHOCOLATE: DEZ SEGUNDOS NA BOCA, DEZ ANOS NO DERRIÉRE!!!





Eu não consigo esquecer de mim, me deixar guardada na prateleira e sair comigo sem me ter a tiracolo, para encarar o sol com a leveza, das desdores. Eu queria me interromper. (Pita)

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