domingo, 6 de novembro de 2011

Farra filosófica de fim de semana

Schopenhauer me absorveu tanto. Bebi da melancolia dele durante toda a madrugada e não conseguia parar de lê-lo.To me sentido tão lúcida. Uma vida feliz é impossivel, o maximo que se pode ter é uma vida heroica. A vida é uma sucessão de perdas e vai piorando cada vez mais até o pior acontecer. E a morte brinca um pouco com sua presa antes de abocanhá-la. É sempre assim. A lucidez só existe na tristeza. A poesia é perfumaria, é maquiagem social. É museu de cera. E a felicidade não só não existe, como desejá-la é para as almas rasas. É muito pouco desejar ser feliz. Todo mundo quer. O que ninguém consegue é ser sereno.
E que mal há na dor da vida? Olha só..se tu pensar pelo ponto de vista da eternidade, fingir durante uns 80 anos neste muito é muito pouco..

Creio que não era isso o que Spinoza quis dizer quando concebeu a tese "sub specie aeternitatis" (sob a perspectiva da eternidade). O homem comum vê as coisas no tempo, a partir das suas percepções, recordações e imagens, visando objectivos egoístas.  O sapiens abdica do carácter fortuito das coisas e interpreta-as a partir de Deus, na necessidade e eternidade que lhes são próprias.

Espinosa demonstra que a parte eterna da mente consiste no intelecto, cujas idéias representam adequadamente a realidade sob o aspecto da eternidade : “quanto maior é o número de coisas que a mente conhece pelo segundo e pelo terceiro gêneros de conhecimento, tanto maior é a parte dela que permanece ilesa”. 
Todas as idéias da parte eterna da mente, ou seja, do intelecto, nos permitem conhecer aspectos eternos, necessários e imutáveis da realidade.
(http://www.revistaindice.com.br/4marcosgleizer.pdf)


*** Spinoza ainda é demais prá minha cabeça. Em um fim de semana só eu misturei a impernanência do budismo e a realidade eterna de Spinoza.É  ainda encontrei Schopenhauer nua e cruamente sã. Um chopp para Tio Schop, que eu adoro e compreendo. 

Por que há de se orgulhar o homem?Sua concepção é uma culpa, o nascimento um castigo, a vida uma labuta e  a morte, uma necessidade! (Schopenhauer)



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