domingo, 15 de agosto de 2010

Os passeios de Babe


Uma pesquisa revela que passear com o cão diminui o estresse. O simples hábito desencadeia sensações profundas de alegria e calma nas pessoas. É a ciência jogando a favor dos animais. Mas o que a ciência diria de uma porquinha que anda de peiteira, passeia pela rua fuçando o barro e a relva e reclama se o dono não a leva a dar uma voltinhas?Tais peripécias suínas estão bem pertinho, no Bairro Conventos. Fui lá fazer a matéria, e Babe, a porquinha, apesar de mansa com o dono, não queria trela comigo. Ficou histérica ao perceber que eu queria fotografá-la. Os oincs-oincs dela foram a 40 decibéis (to chutando).

O verdureiro AdelinoSchmitz (49) fez uma peiteira: amarra uma corda de náilon grossa no pescoço e atrás das pernas dianteiras . Depois de se certificar que ela não vai fugir, a orienta pela estrada de chão batido, à vista dos vizinhos. É uma graça. Motoristas que passam pelo local, esticam o olho. Os mais animados tiram o tempo para fotografar. O dono não diz, mas se percebe o orgulho por tal façanha: domesticar um suíno.
O nome da porquinha – que de pequena não tem nada, pois pesa 80 quilos – foi inspirada no filme “Babe, o porquinho atrapalhado”, produção australiana de 1995. “Ela é bem limpinha, dou banho de mangueira”, conta Schmitz.Babe é tratada com ração e resto de alimento. Na fase adulta deverá atingir os 300 quilos. Os passeios acontecem próximo ao meio-dia. A porca, que não é burra, segue faceira perambulando pela via. Parece ter nascido para a vida canina.

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