sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A derrota no pódium

 Estou me obrigando a escrever em um exercício para calçar as sandálias da humildade. Nada que me faça bem, mas é que é a primazia de uma alma sedenta por algum tipo de evolução. Em 48 horas eu vi meu mundo de escritora promissora ruir. Eu que tanto me achei este ano. Eu que me sentia uma peróla perdida no Vale ainda nao descoberta. Eu que acreditava que deveria ter adesivos com meu rosto nos veículos do jornal, a exemplo de Martha Medeiros: Leia hoje, Andreia Rabaiolli!.Eu sou o que? Uma jornalista sufocada pela propria jactância. A frustração roeu meu estômago ontem quando descobri que nao havia conquistado o premio de reportagem dos jornais diários gaúchos. Ôrra, não ganho nem no pampa. A frustração me comeu toda hoje quando descobri que não tive vez no concurso da Alivat. Ôrra, não ganho nem no Vale. Uma raiva me comeu. Raiva de mim mesma, de nao ser a melhor. De estar aquém do que eu achava. Eu perdi e não coloco a culpa na incapacidade de os jurados me compreenderem, de o outro texto ter menos qualidade, de que o assunto estava fora do contexto. Eu perdi e o erro é meu e hoje é dia de vitimizar. Como eu gozo o meu momento de vítima. Há um prazer, uma profunda fruição no fato de eu me dar dó.  A minha pena neste momento é a pena que me redime.
Meu cio emarfanhado de eu. Meu mio. Meu unico som nesta sexta-feira que evoca balada, mas que para mim nada tem além de uma nota fracassada. Meu flanco desguarnecido se chama rejeição. Não Freud, não me dê conselhos acerca disso porque sou absolutamente irracional, criança e birrenta quando se trata de aprovar ou rejeitar. Eu odeio rejeiçao em qualquer instância e qualquer plano. E tudo eu vejo como uma rejeiçao pessoal. Nao ganhei? fui rejeitada. Não tirei o segundo lugar? Nem estou ai. Segunda opção eu nunca quis ser. Não me chamem para ficar no podium ao lado do primeiro lugar. Se nao posso segurar a taça nao quero servir de chuveiro para a champanhe do senhor vencedor. Irredutivelmente ridicula, sigo as palavras de Airton Senna: o segundo colocado é o primeiro perdedor. Sou alpha ou nao sou nada e sendo nada vim de onde sempre tive de estar. Trágica? Sim, tragicômica. Hoje é meu dia de fazer tempestade no seu copo de água. Mas para você, é so um copo de água, para mim é tempestado e é bom que seja grande. Porque gosto de vitória até nas derrotas. Elas também devem ser de boa envergadura.
Eu: tabula rasa
Eu devia aprender com a derrota. Mas ela se torna tão grandiosa que eu viro sua inimiga infima. Eu posso conviver com a solidão mas nao consigo derrotar o temor da rejeição. Não namoro porque tenho medo de ser abandonada. Não lanço olhares de flerte porque temo não ser correspondida. Não faço teste em televisão porque tenho horror a ser recusada. Arriscar nada é arriscar tudo. Não arrisco nada porque tenho esperança de que um dia, quando eu arriscar, vou ganhar tudo. Uma doce ilusão que vou protelando no dia-a-dia para viver na minha casa grande, dentro da redoma que me protege da rejeição. Dentro da masmorra que me livra da ação. Dentro da minha perda, do meu pior vício, do meu sonho sem quinhão. É o meu porão, é a minha história e a minha derrota e ela merece ser contada por mim. Com todas as palavras que eu utilizaria para reverenciar a minha vitória. A minha derrota é só minha e eu a celebro no podium do meu fracasso. Um texto sem acento, no qual me assento.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O toque da graxa

Um palco invisível, o Centro da cidade é a ribalta de personagens que latejam dentro dele, em paredes que não existem

Tormento e labuta, sonhos e luta. O Centro abriga 800 pessoas por quilômetro quadrado, mas a multidão está só na presença de si mesma. Enquanto a luz do sol banha a cidade, ruídos, descargas, buzinas, passos apressados, a diversidade está estampada num mosaico que ninguém vê: mas há personagens que evocam curiosidade, dor, comiseração ou sensação de identificação.

Julio Cesar da Cruz Gonçalves não é o Rei Midas, aquele que transforma tudo em ouro a cada toque. Mas possui o toque da graxa. Com 24 anos e uma educação que veio da rua - porque Julinho sabe: “Vivendo na rua a gente aprende um monte de coisa, tanto boas quanto ruins” - o engraxate com estampa de skatista cresce na profissão que elegeu ainda aos sete anos. Esfregando sapatos e botas, Julinho junta R$ 1,2 mil ao mês. “Tiro bem engraxando. Mais do que emprego fixo.” Junta-se ao salário o esforço com capinas, roçadas e lavagem de carros. Mas como todo empreendedor tem o carro-chefe do seu negócio, é na graxa que Julinho tem seu maior quinhão.


Julinho aboleta-se antes das 7h na Padaria Suíça. Fica aquartelado ali o dia inteiro esperando a clientela. E não espera muito. Nos primeiros minutos, começam a aparecer seus fregueses: médicos, advogados, empresários que antes de rumar ao escritório vão fazer o café-da-manhã. Julinho percebe a profissão do freguês pelo pé. “Se o sapato está bem ajeitado é um advogado, doutor, promotor ou juiz. Aquele que tem um mais velho é porque não tem condições de comprar sapato toda hora.” O preço é o mesmo para pobres ou para ricos: R$ 2,5 a engraxadinha. Para mulheres, geralmente se eleva. Explica-se: o gênero feminino adora botas com canos altos. Como necessita de mais cera, o valor dobra. Elas preferem a cor marrom, eles optam pelo preto. Sua freguesia se reveza entre esses dois tons. “Agora está saindo muito o incolor, para botas claras.” É na psicologia do sapato que Julinho tira o sustento da sua família. Com a labuta, sustenta mulher, filho e construiu a casa no Bairro Santo Antônio. É fácil pagar a Julinho. Mesmo quando não lustra calçados ele recebe moedas: R$ 1 ou R$ 2, gratuitos. Abre a mão e estende o braço: o ruído dos níqueis, acompanhado de um leve agradecimento: “muito obrigado”. No fim do ano, Julinho planeja comprar seu primeiro veículo. Poupa no banco para adquirir um Celta. “Estou fazendo a Carteira de Habilitação.”

No verão o movimento diminui porque as mulheres trocam as botas pelas sandálias. Mas o fato não chega a afetar o negócio de Julinho, que fideliza a clientela modernizando os métodos de engraxe. “Eu uso escova de dente. Passo nos cantos do calçado, lustrando parelho.”

Do promotor ao cobrador, a vida comum passa por cima da caixa de sapato do engraxate. É nessas idas e vindas que ele conquistou o carinho dos clientes da padaria. E dos donos também. Julinho tem a preferência do ponto. O estabelecimento é praticamente seu escritório a céu aberto. “Enquanto fico aqui, os moleques não incomodam. Nem os pedintes.”

Dono do pedaço, o rapaz se consolida no mercado. Diz que a “profissão” está em extinção. “Quando comecei, tinha mais de 20 engraxates. Alguns pararam, outros foram presos e tem aqueles que acham feio.” Para Julinho, “feiúra” é uma palavra apagada do seu vocabulário de Ensino Fundamental. Ainda mais se a função lhe traz apreço. O sol ainda não se põe quando o engraxate encerra as atividades, às 17h. Guarda a caixa em um local secreto e ruma para o supermercado. É hora de comprar mantimentos e levar para a família, no Santo Antônio. Embarca no ônibus com o itinerário traçado para o dia seguinte: voltar à padaria, para cuidar dos calçados de doutores e senhoras.



Julinho: Doutores e advogados engraxam pela manhã

Minicontos

*** Observava o chão. Caminhava lentamente contando as pedras grês em seu caminho. Estacou de supetão. Agachou-se. Retirou solenemente a haste do vegetal que irrompera pela fenda da pavimentação. Sorriu. Apertou o inço como se fosse uma flor de lótus que nasce da lama com imaculadas pétalas. Alargou o sorriso enquanto girava o corpo ao retornar ao gabinete.
- "Mande cancelar o asfalto. A avenida faremos de basalto!"
Reelegeu-se quatro anos depois. Seu maior "santinho" foram as folhas caídas ao chão.
 
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**** A menina pediu à mãe que lhe comprasse um pinheirinho. Percebeu que para se sentir adulta, era preciso começar a regar seu jardinzinho.
 
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***** Chico, o sagui, fazia gestos imitando o guri.
Tato, a tartaruga, "lagarteava" ao sol da manhã.
Mas eram os três veados do mato que, ariscos, movimentavam o pedaço.
A arca não era de madeira, não foi feita para o dilúvio. Era em área caseira.Tampouco Noé era um bicho do mato. Moderno, comandava o experimento como um instrumento, um bisturi.
Schunemann. Destino até no nome. O homem que afasta. Que evita a destruição nefasta. Médico do câncer da mata.

sábado, 3 de setembro de 2011

Matemático em vigília desarma o tempo

Uma pesquisa de aula resultou em uma estatística que se transformou em um sistema de alerta para enchentes. O Vale escuta Jasper mais do que órgãos oficiais. Seu telefone toca sempre que o tempo mostra seu temperamento mais forte

Na infância todos os sonhos estão distantes e as tragédias são amenizadas pelo raciocínio infantil e, lógico de que tudo passa. Na adolescência de Edelbert Jasper (56), a invasão do rio sobre as estradas de Colinas – cidade de 2,6 mil habitantes no Vale do Taquari – era evidência de que não haveria aula. Ele então se regozijava por poder ficar em casa.  
Na maturidade, aos 56 anos, o matemático Jasper sabe: o rio é temperamental e as tragédias se sucedem sem o olhar vigilante do homem. Mais de meio século de observação comprovando a oscilação da natureza lhe rende o título de “Homem das Águas”.  Não há um certificado que comprove a honraria, mas as previsões certeiras de Jasper – de que quando o rio se eleva até a cota 24  haverá enchente na cidade - se espalham à boca pequena pelo rincão.
O Rio Taquari  dá vida a um vale de 320 mil habitantes. Sempre esteve no foco de visão de Jasper, mesmo sem querer. O garoto  que vibrava com as cheias na época de estudante se tornou universitário – e fez uma conexão do rio com os números. Bancário envolvido com a comunidade, meditava sobre as enxurradas enquanto finalizava a faculdade. Intrigava-o a invasão das águas no ginásio de esportes, no salão e nas casas sem que alguém pudesse dar um alerta  em um espaço de tempo suficiente para impedir a destruição.
Lembranças de 22 anos  irrompe em sua mente: “Escutei pessoas gritando apavoradas porque elas não sabiam que a água chegaria”. Uma vã tentativa de fugir de uma cheia que ninguém avisou que viria.
Há mais estatística na natureza do que supunha Jasper na época. Ele descobriria sete anos depois dessa enchente que seu olho salvaria os bens de muita gente, mas antes, enfrentaria um período de ceticismo.
Jasper desenvolveu um sistema de alerta que se fortaleceu como o socorro da região. A ideia ganhou forma na faculdade de Matemática. Para receber avaliação em um trabalho em Estatística, Jasper embarcou no mundo dos cálculos. Escolheu o rio e seu enigma para decifrar os miasmas das cheias.  Escrutinou o tempo de 1977 a 1997 e em uma linha de tempo de 20 anos, relacionou a quantidade de chuva com a cota do rio. Comparou a chuva em três cidades-chaves – Vacaria, Passo Fundo e Lagoa Vermelha. Com base no volume que caía nesses municípios, descobriu o número mágico – 70 – que representaria precaução ou destruição.  “Descobri que a partir da média de chuva de 70 milímetros em toda bacia do rio Taquari-Antas,  a cheia pode acontecer.” Jasper celebrou a descoberta de uma forma muito própria. Nos períodos chuvosos, começou a interagir com os ribeirinhos: “Vamos sair de casa porque a chuva está chegando e o rio vai invadir.”
Uma voz no trovejar do tempo. A voz de um homem contra um rio que estava longe de sair do leito. Como acreditar? A voz murmurava o aviso nas casas próximas ao campo de futebol, área mais baixa de Colinas. A voz ia até ao homem da oficina, batia na loja ao lado. A voz ligava para o prefeito. Mas a cidade tinha seu próprio sistema de controle. A voz era inaudível.
Mas enquanto a tempestade combalia o agricultor, o tempo cronológico favoreceu o matemático. Com o tempo, os habitantes começaram a acreditar.
Na cadeira de Estatística, pela análise do comportamento das enchentes, Jasper recebeu nota 9,5. Talvez hoje o mestre o avaliasse como tarefa nota dez, diante do efeito de sua pesquisa. Antes o Vale conseguia antever inundações em seis horas.  Os cálculos e observações de Jasper anteciparam as previsões em até 30 horas. Assim, o povo ribeirinho ganhou um dia a mais para retirar os móveis de casa e ser alojado pela Defesa Civil em abrigos.
Graças a uma cadeira de Estatística, ele virou vigilante do Vale.  Os números o levaram a “chefe” do seu município. Em 2000, venceu as eleições municipais com  56,89% dos votos e reeditou a vitória em 2004, com 53, 67%. Mas seu número favorito sempre foi o 3. É uma predileção mística, que faz  Jaspe emudecer.
Durante oito anos, o matemático acumulou as funções de prefeito e homem do tempo. Seu telefone é de fácil acesso. Nenhum contribuinte de sua cidade se intimidava em ligar, mesmo tarde, para fazer a pergunta recorrente: “Prefeito, até quanto o rio vai subir?”.
O rio é cheio de mistérios porque a vida é líquida e o homem, um ser que jorra emoção. A ciência da estatística é exata, mas da água não. Por isso, além dos números, o conhecimento empírico é o grande parceiro de Jasper. Tanto tempo vendo os pingos de chuvas se transformarem em lagoas e dissolver vidas lhe reforçou a intuição. Água e números, uma previsão que fez Jasper salvar dez mil pares de sapatos certa feita. Tudo porque o homem da loja acreditou no matemático.
A ciência de Jasper é humanizada. A enchente tem nome.  Se atingir a cota 27, inundará a oficina do Cláudio. Se chegar a 39, afetará a loja da curva do município. Se o rio começar a subir, o telefone não para. Na enchente de julho, 40 anônimos buscavam sua orientação, queriam saber as cotas em Lajeado, Estrela e Colinas. “Eu não conheço as pessoas. Mas há algumas que sempre ligam.” Jasper aprendeu a identificar o som. De Estrela, a voz familiar de uma senhora sem nome lhe diz que está cotado para meteorologista do povo. “Me diga, seu Jasper, eu tenho que ir para casa?” Jasper então pede a cota em que sua casa está, verifica nas suas estatísticas e avisa: “Dá um jeito de ir para casa e tirar suas coisas. A enchente vem vindo.”
A alguns anos, Jasper importou uma pequena estação meterológica da Suécia. O equipamento portátil mostra a velocidade e direção do vento, intensidade da chuva, temperaturas. O pluviômetro  mede a quantidade da chuva e uma biruta relata a direção do vento. Mas é a observação no rio e no tempo que consegue uma tarefa de Noé: sem arca, salva o povo ribeirinho. Jamais lhe passou pela cabeça  estivesse exercendo um tipo de trabalho voluntário. O tempo, voluntarioso, evoca em Jasper outro tipo de sentimento: paixão.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Independência verdadeira

Pertinho da Independência do Brasil, retirei da biblioteca pública um livro que circunstancialmente, se revelou uma surpresa. Na fluida narrativa de Laurentino Gomes leio a real situação da Proclamação da Independência, muito mais prosaica e brasileira do que o contexto glamorouso com o qual estamos acostumados nos livros de História. E muito mais divertida também. Literalmente, morri de rir com as cenas que se desenrolaram nas páginas e ao contar aos meus colegas, gargalhadas corriam soltas. A princípio, ninguém acredita que tenha sido realmente assim. Mas eu sempre digo que a realidade tem mais cenas de ficção do que jamais a ficção teria.
Então para enfatizar, o livro foi baseado em um trabalho de pesquisa sério, cujo trabalho é corroborado por cartas trocadas na época, em 1822.
Dom Pedro I fez a independencia com apenas 23 anos. No dia da proclamação, a natureza fisiológica do regente foi mais forte do que a vontade de liberdade. Antes de dar o brado da absolvição, o nobre passou por poucas e boas. Uma dor de barriga o dominava durante todo o caminho. Ao que tudo indica, o principe estaria com diarreia e durante o trecho ate as margens do Ipiranga, teve que se esgueirar várias vezes pela relva, para "prover-se" dos matagais. Em dado momento, parou em um estábulo onde foi acudido por uma dona de casa que lhe fez um chá que lhe acalmou o estômago. Então ele, um padre, um maçom, e alguns criados percorreram a colina do Ipiranga. Dom Pedro possuia uma egua gateada em vez daquele cavalo soberbo e branco ao qual estamos acostumados visualizar nas pinturas épicas. A mula não tinha nenhum charme, porém forte e confiável, bastante boa para subir a ladeira que deixava a todos atordoados.
O grupo de tropeiro era muito jovem, a maioria tinha 23, 24 anos. Próximo ao rio Ipiranga, chegaram notícias de Portugal: de que o princípe deveria voltar porque ele não era mais regente, e sim um mero "delegado". Os portugueses, indignados com o jovem rebelde e abrasileirado, tiraram dele os poderes que antes lhe delegaram. O rapazinho deveria voltar a Europa e se educar e não ficar por aí esperneando pela independencia.
Dom Pedro, irritado com a petulância, perguntou ao padre Belchior:
- E agora padre?
O padre respondeu prontamente:
- Declara a independência, alteza!
(Foi com outras palavras, mas quase isso)
Dom Pedro caminhou alguns passos, de repente estacou no meio da estrada e proclamou o Brasil separado de Portugal. Não houve o grito Independência ou Morte. O famoso brado só aconteceu mais tarde e consta na historia como "segundo brado do Ipiranga'. Aconteceu minutos depois do primeiro. Com voz forte, Dom Pedro declara: Independência ou Morte!
E depois disso o Brasil precisou pegar dinheiro emprestado dos outros países para se equipar com armas, cavalos, navios a fim de enfrentar Portugal. Eis a origem da nossa dívida externa. Brasil, um país que nasceu falido! Não faliu porque com 200 milhões de brasileiros, conseguiu dinheiro suficiente para bancar os 76 impostos que vigoram na pátria em que Dom João (pai de Dom Pedro), raspou os cofres ao voltar para a Europa. Não faliu porque tem gente que aposta que nossa pátria de chuteiras pode corcovear no segundo tempo. Não faliu porque somos brasileiros e não desistimos nunca (segundo Lula)....
E ainda assim podemos dar certo. Temos o jeitinho...