*** Observava o chão. Caminhava lentamente contando as pedras grês em seu caminho. Estacou de supetão. Agachou-se. Retirou solenemente a haste do vegetal que irrompera pela fenda da pavimentação. Sorriu. Apertou o inço como se fosse uma flor de lótus que nasce da lama com imaculadas pétalas. Alargou o sorriso enquanto girava o corpo ao retornar ao gabinete.
- "Mande cancelar o asfalto. A avenida faremos de basalto!"
Reelegeu-se quatro anos depois. Seu maior "santinho" foram as folhas caídas ao chão.
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Chico, o sagui, fazia gestos imitando o guri.
Tato, a tartaruga, "lagarteava" ao sol da manhã.
Mas eram os três veados do mato que, ariscos, movimentavam o pedaço.
A arca não era de madeira, não foi feita para o dilúvio. Era em área caseira.Tampouco Noé era um bicho do mato. Moderno, comandava o experimento como um instrumento, um bisturi.
Schunemann. Destino até no nome. O homem que afasta. Que evita a destruição nefasta. Médico do câncer da mata.
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