Mundo, mundo, vasto mundo infantil! A lógica da minha filha me assombra devido a verossimilhança com minha forma de pensar. Dizem que a fruta nunca cai longe do pé. É bem verdade.
Hoje ao meio dia, minha filha chega da escola com a nota de Geografia. Ela me mostra a prova com sorrateira fingidez. Tirou 7,5. Eu pergunto: filha, o que foi que tu errou?
Ela me diz: mãe, eu nao sabia essa resposta e improvisei. Ela então me conta que a pergunta era bem prática: Qual o nome dos brasileiros que moram no Paraguai? Sem saber que os "brasiguaios" invadiram as terras vizinha, opta pela resposta inusitada e lasca uma tipica resposta pitônica: "muambeiros". Claro que a prova vem com um xis bem grande riscado em vermelho e ela me justifica: ah, mãe eu sei que lá tem muamba.
Então eu vi tudo: quem sai aos seus, nao degenera. Não sabia se eu ria ou chorava. Prendi o grito, prendi o riso, dei meia volta e saí. No caminho vim pensando, minha filha e o termômetro da escola pública. Uma menina nota 7,5 nem a melhor, nem a pior...mas é criativa e se utilizasse respostas criativas para se dar bem na vida, com certeza se formaria com distinção. Em termos de criatividade, o brasileiro é "hour concour". Mas eu quero que minha filha seja nota 9,5 para competir com os alunos do Alberto Torres. Ela bem que poderia improvisar menos e estudar mais. Se a fruta não cai longe do pé, existe sempre a esperança de que com as gerações, o DNA se aperfeiçoe: é a tal da eugenia, da qual queria que Marianna tivesse o privilégio te ter sido sorteada.
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