quinta-feira, 8 de julho de 2010

Felicidade perdida

Há uma semana, a morte me expulsou da vida e fez cadeira cativa em mim. Tentei voar mas sem asas, cai no mais entranhado precipício. Fui querer bordejar pelo leme do amor e me ferrei na mais profunda concepção da palavra. Tudo o que esteve neste blog, o que eu disse sobre alegria, sobre felicidade vai ficar. Pensei em retirar os posts, mas não, irão permanecer como prova do que eu posso sentir e do que podem fazer comigo. Hoje mais do que nunca acredito na lei do carma. Andei relembrando e vendo que muitas vezes não cuidei do bem estar das pessoas. O Dalai Lama sempre diz: não menospreze jamais o bem-estar de alguém. E quantas vezes fiz o contrário. Pois a lei do retorno veio e me deixou abatida e amargurada, mortificada. Espero que eu aprenda a lição e a lição é de que tenho de me fortificar espiritualmente. Preciso ser completa para dividir a atenção com alguém. Sabe, hoje eu queria algumas respostas. Eu fico horas na cama inquirindo: Por que? Por que? Por que? “Olhe, você não reparou até agora, não desconfiou que tudo que você pergunta não tem resposta?"
Nos meus cenário verdejantes a felicidade seria plena. Mas não adianta, a duras penas que a gente aprende que ela nunca está fora, ela está dentro, mas a gente quer tentar, talvez porque domar o interior dá mais trabalho, dai a gente coloca a salvação em alguém. Só que esse alguém nunca salva, a melhor coisa dos heróis é que eles são seres humanos, buscando a felicidade igual a nós e também não querem sofrer. Todo mundo anseia a mesma condição (felicidade), uns porém, conseguem com mais facilidade, talvez por terem aprendido com mais velocidade as lições que a vida traz, talvez por terem mais maturidade ou até por estarem em uma encarnação superior. Fui ferida no flanco e no coração. Não me envergonho o mínimo bocado de dizer que sofro. Escrever isto aqui é minha maneira de exorcizar meus demônios e talvez seja o inicío de um bom retorno a vida. Fica a lição de Nietzsche: "Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama. Como se renovar sem primeiro se tornar cinzas?”

*** O que não nos dá sossego é o si-mesmo. Aquilo que nós realmente somos e, também, aquilo que não somos. (Jung)

Um comentário:

Laura Peixoto disse...

Ôôôô querida.
"A realidade não fala. Ela é feita de fragmentos que formam o material do escritor." diz o escritor Mario Bellatin.

Bota teu material pra fora!
Beijo