quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Escolha o inimigo certo

Às vezes, os problemas que clamam por atenção apenas obscurecem aquilo que não se deseja enxergar. É a cegueira pelo inimigo errado. Então, escolha o inimigo certo. O que estaríamos pensando se não estivéssemos preocupados com pensamentos estranhos? O problema não está no desconforto. O problema está em sentir desconforto pela coisa errada. Se temos medo de algo que achamos terrível, podemos embotar esse medo por algum tipo de desejo, porque o desejo aplaca o medo.

Saberá a pessoa da sua própria insinceridade. Saberá que as vezes pode estar revestida em uma aura de boazinha apenas para conseguir dádivas?

Há muitas pessoas que não gostam de si mesmas e tentam superar isso persuadindo primeiro os outros a gostarem delas. Feito isso, elas começam a pensar bem de si próprias.. Mas essa é uma falsa solução. Temos a tarefa de aceitar a nós mesmos e não encontrar formas de obter a aceitação dos outros. Quem não obedece a si mesmo, é regido pelos outros. Mas é mais fácil, muito mais fácil, obedecer a outro do que dirigir a si mesmo.

*** Nada deve interferir com o desenvolvimento do herói dentro de você!

*** O eterno retorno significa que cada vez que você escolhe uma ação, deve estar disposto a escolhê-la por toda a eternidade. O mesmo se dá com cada ação não realizada, cada escolha evitada. Toda a vida não vivida ficará latejando dentro de você. Então este momento existe para sempre e você é sua própria platéia.

*** Uma pessoa se mede pela quantia de verdade que ela consegue suportar.

** A chave para bem viver é primeiro desejar aquilo que é necessário e depois amar aquilo que é desejado. É o "amor fati", ama teu destino. Superar o desespero é aprender a transformar o "assim se deu" pelo "assim o desejei"

*** A cura filosofica consiste em aprender a escutar a prórpia voz interna. É preciso conversar sobre cada aspecto do pensamento
(Quando Nietzsche Chorou)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A teoria da embalagem

1 - Eu tenho uma teoria da beleza. Somos um produto em supermercado. Nossa embalagem está a venda. Nosso incólucro é o que conta. Somos um produto exposto em prateleira a espera de sermos comprados por quem tem o equivalente em valores. Se formos uma margarina doriana - com atributos de primeira e gostosa - queremos ser compradas por um cara com cacife para pagar a doriana. Você, a Doriana é demandada porque tem tem cor amarela e é chamativa. Mas o produto em si não se reforça, é preciso saborear a doriana e caso venha a ser sem sal, o estoque permanecerá intocado.

2-. Mas é assim: todo mundo tem um valor de mercado e usa uma etiqueta como preço, No primeiro momento, todo mundo olha o valor comparativo e o custo benefício, inclusive as taxas de manutenção e a depreciação por uso e tempo. De modo prático é assim: se ela é muito bonita, você tem que ter prestígio. Um provável parceiro sempre vai pesar o valor do outro e se perguntar, qual a vantagem que eu levo fazendo esse negócio? Porque todo mundo quer ter o seu ego reforçado.

3- Eu expus a minha teoria, baseada no que observo acerca de homens e mulheres, do que escuto e do que leio. Não, necessariamente, concordo com esse tipo de pensamento(mesmo me detestando por isso, eu também embarco na onda da estampa)Todo o ser humano é basicamente igual em suas vaidades. Mas também sei que se a imagem é a embalagem, o conteudo é o prazo de validade." Mas a maiora das pessoas, para ver o conteúdo, chega através dele pelo visual". IMAGEM É O QUE VENDE. E quando você entra no perfil de alguém, você vai onde? NAS FOTOS.IMAGEM não é o que segura uma relação, .mas em 98% é o que inicia.
Eu tenho a mania de acompanhar todo o itinerário psicológico dos meus contatos. Mesmo que eu jamais tecle com eles (e isso ocorre com frequencia, tendo em vista que dificilmente chamo alguém), sempre observo como eles estão, se de bom ou mau humor. Eu ate acho legal colocar frases de motivação (demonstra que a pessoa está predisposta a ver a vida melhor). Pelas frases do Msn, da pra ver se a pessoa ta com espírito brincalhao (se coloca por exemplo, uma frase engraçada do woody alen), se ta triste (tipo: A vida é uma bosta). Se brigou com o namorado (Ve se me esquece, nao deu atençao, agora perdeu de vez). Mas oque eu nao consigo entender é como alguem que entra ocupadissimo esta on no MSN. Dia desses, um contato meu entrou assim: FULANO DE TAL (OCUPADÍSSIMO, NINGUEM FALA COMIGO AGORA) Entao, porque entra no MSN, cara pálida?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Viagem ao centro das palavras

Não quero fazer dessa uma conversa enfadonha e nem um sermão para incitar as pessoas a lerem livros. Não quero, mas já estou fazendo. Não tem como não falar. É porque depois de ter visitado o último final de semana da Feira do Livro em Porto Alegre e visto de perto a jornalista Eliane Brum, para mim a maior e melhor repórter do Brasil, me sinto motivada a compartilhar do prazer da leitura. Eu não entendo como as pessoas não vêem prazer em ler. Para mim o hábito é tão arraigado que sinto uma necessidade tremenda em devorar páginas. A leitura me tira a dor do mundo. É sério. Quando estou triste, faço uma viagem para o centro de mim: submerjo nas páginas de um bom livro. Assim, tenho o universo ao meu dispor e toda uma gama de imaginação que vou construíndo junto aos personagens da obra. É uma delícia. É revigorante, mesmo quando o livro fala de coisas tristes. Aliás, as histórias tristes são as mais bacanas. Há um lirismo na melancolia. Tudo o que é triste é lindo de se ler, arrepia, comove, espanta, entorpece e enobrece a gente. Me deparei desde cedo com o mundo da leitura. Quando era pequena, costumava ler as coleções do "Cachorrinho Samba" e de "Os Pioneiros" (quem tem mais de 30 anos deve lembrar do seriado que tinha Laura Ingalls) dentro do guarda-roupa. É sério, eu juro. Adorava entrar no roupeiro e, munida de uma lanterna e de um livro, passava tardes no meu mundo particular. E ele era infinito. O fato de gostar de ler foi determinante para seguir a profissão de jornalista. Eu amo as palavras, gosto de brincar com elas e as dispor de forma harmoniosa, fazer trocadilhos e encontrar metáforas que culminem com uma explicação inusitada do tema em curso. Meu jeito de me fazer feliz foi me tornar uma operária das palavras. "Escrevinhadora", como diz a colega e blogueira Laura Peixoto. Sou uma escrevente do mundo real e dos guetos virtuais. A repórter da revista Época, Eliane Brum, que eu citei acima, sempre foi minha referência para fazer um jornalismo mais humano, com mais gosto e sabor, seja ele doce ou amargo. Ela sempre destacou a idéia de fugir do "olhar domesticado". E essa sua capacidade de ver a vida, de uma forma totalmente diferente, o avesso do glamour, como muitas vezes ela chama, é que a tornou única. Seus textos exalam humanidade. O lirismo está em cada palavra que ela compartilha com o leitor. Ao vivo, sua voz é mansa e parece passar a idéia de uma pessoa super sensível, melancólica até. Uma voz aliada a uma alma e a uma cachola que pensa profundamente em termos filosóficos e no sentido da vida. Eis sua meta: fazer com que cada entrevistado descubra o sentido da sua vida. A alma humana pode suportar tudo, exceto a falta de algum significado para a vida. Bem, mas isso é assunto para outra crônica. Mantenha os sentidos atentos e vá ler um livro, qualquer um é bom, basta você fazer amizade com as palavras.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O que quer uma mulher

Quando nascemos somos programadas a encontrar o cara ideal. Embarcamos no mundo de fábulas que embalam nossos sonhos infantis, com a voz da mamãe contando de forma convincente a história da Bela Adormecida e da Branca de Neve, ambas tão meigas e ávidas por serem resgatadas de uma vida infernal pelo portentoso príncipe cheio de virtudes. Desenvolvemos nosso visual acalentadas por esse mar de sonhos. As histórias antes lúdicas, mais tarde são ilustradas pelas telas de cinema, através de filmes como Cinderela Moderna e Uma Linda Mulher. É Holywood dando sua contribuição para nossos sonhos de moçoilas casadouras. Alguns anos depois a gente transpassa a fase das fábulas e ingressa no mundo real. Uma, duas, três, 30 baladas e o príncipe não vem. Estão pela noite aqueles motoristas velozes que curtem a potência do cavalo motorizado. Te oferecem um chopp, mas a mão..hummm ...essa é díficil. Quem sabe um beijo diretaço, sem cerimônias, porque essa balela de ir com calma é coisa do passado. Três dedos de prosa e você percebe que o candidato a granjear a atenção do seu coração não está a fim de resgatar ninguém do dragão da solidão. Quer um papo mais light para descontrair e tornar a noite dele mais atrativa - a dele, não a sua. De belas adormecidas, nos tornamos moças despertas. Acordamos do sonho no momento em que percebemos que sutilezas só existem em contos de fadas. Nem podemos querer exigir tanto, porque o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística propaga que há bem mais mulheres do que homens. Segundo o Censo, o número de homossexuais também vem crescendo o que é um desalento para o contigente feminino. Não bastasse ter menos garbosos no mundo, ainda temos de disputar com os gays, esses sim os únicos que nos compreendem.
Os homens reclamam que somos inconstantes, que gostamos de canalhas, que desprezamos os que nos tratam bem em favor dos falcatruas. Os homens declaram que não sabemos o que queremos. Mas toda vida queremos sempre a mesma coisa: está nos contos de fada. Queremos alguém que nos resgate da torre do castelo, heróicos suficiente para empunhar a bandeira em favor de nós mesmas, fortes suficientes para bradar ao mundo que nos amam. Queremos homens sensíveis, podem ser pedreiros, marinheiros, engenheiros, arquitetos, jornalistas, comerciantes, vendedores. Não precisa vir montado em um cavalo branco e nem em uma mercedes super potente. Não queremos fábula, não queremos que tenham sangue azul, não queremos nobreza. Queremos destreza para com nosso sentimento, habilidade para lidarem com nossas vulnerabilidades. Desejamos homens falíveis, não indefectíveis, mas que saibam proclamar com veêmencia que temos valor para eles. Que sejam carinhosos, resolutos e um pouco seguros de si, não a ponto de serem arrogantes, mas autoconfiança e caldo de galinha não faz mal a ninguém. Queremos um amor que nos ame com a gentileza de um príncipe e a leveza de um sapo. E se Freud não foi capaz de explicar isso, é porque nem os homens mais inteligentes compreendem nossas necessidades. Só os de almas sensíveis.

Arial rosa

As relações virtuais mudam os relacionamentos, os hábitos e a maneira de falar e escrever. Professoras percebem o internetês em aula. O próprio internauta se vê "viciado" em abreviações quando precisa digitar algo mais formal no ambiente de trabalho. Entendem a que me refiro? Dá uma vntde de escrever axim, vc prcbe? Aposto que tem muita "profe" chamando atenção de estudantes. Engraçado mesmo é quando essa relação virtual se torna tão tácita que parece fazer parte do concreto universo real. Dia desses, em um papo de "msn", percebo o quão inserida está a presença virtual. O papo versa nesse tom: "essa cor de fonte ficou muito bem em você." Àquele que não está familiarizado com o jargão cibernético, uma explicação. Fonte é a forma da letra do computador. A moça havia colocado a fonte arial rosa para exalar seu bom humor, e conseguiu, transpassou isso através da tela.
Há pouco tempo, elogiava-se a cor da blusa, o tom a pele, o penteado do cabelo. Mas o mundo globalizado instituiu a onda da lisonja virtual. Dessa feita foi a arial rosa a fonte de bajulação. Pensando bem, pode ser a fonte do amor. Assim é o mundo virtual, você manda emoticons, pode expressar se está triste ou feliz com as carinhas usadas excessivamente e que poluem qualquer texto. A internet não só te traz o mundo para dentro de casa, como serve de intermediária para você expressar seu mundo de sentimentos.
Agora, dou-me conta. Eureka, descobri meu parceiro. Meu affair é o CCE, monitor lcd que fica obediente na minha frente. Tem um coração eletrônico megagrande. Abarca o outlook e outros programetes básicos e essenciais em minha vida. Bem se diz que o amor pode estar à sua frente. Meu parceiro sempre está a um palmo do nariz. Só troco o lcd por um laptop. Surpreendem-se com minha volúpia? Querem o quê? Acreditam mesmo que relações virtuais sejam eternas? Deletem essa idéia. No mundo virtual também existe o Control End. E o fim, gente, é igualzinho ao mundo real.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Caixa da Verdade

Quando dona Sinceridade quer comandar o espetáculo, doutor Irritação entra em cena, para dar um chega prá la nessa senhora insana que às vezes ousa querer brilhar no palco. No teatro da vida, o papel principal é sempre da Miss Polidez. Respostas polidas são a demanda do mercado social. Quando alguém inventa de ser o "super Sincero", causa espanto. Nossa, que coragem dizer assim, tudo na lata. Que falta de categoria, grosseria até. Eu me desabono com isso porque nunca sei a medida de parar de ser franca com os outros. Costumo ser tão sincera, que até parece mentira. Penso que falo verdades em excesso, nem tudo tem que ser escancarado. Assumo aqui um "mea culpa". Arrependo-me em 89% das vezes dessa verborragia que sai de mim sem hesitação. Talvez porque quero incitar insconscientemente a franqueza alheia. Desejaria mesmo que as pessoas, em qualquer situação fossem sinceras comigo, só para perceber como reagiria a isso. No Orkut, o propalado site de relacioamentos onde todo mundo bate-ponto, há espaço para escrever depoimentos sobre amigos.Acontece que esses testemunhos são tao boníssimos, exaltam tanto a qualidade das pessoas que chegam a ser hilários. Eu sorrio ao reler os meus e espanto-me com o cabidel de qualidades. Nossa, com tanta virtude vão me tirar para santa. JesusMariaJosé, tudo o que não sou. Depois, leio os depoimentos escritos a outros amigos e tchan, tchan, tchan, tchan, surpresa: queridíssimos todos eles. Especias, tri amigos, alto astrais, empenhados, guerreiros. "Te considero prá caramba, fulano. Você não existe."
Não existe mesmo. Tantos seres especiais me remete ao Faustão, que é fausto em elogios. A Super atriz, o super galã, o super compentente e o domingão vira um superficialidade. Esse Faustão não se toca. Mas eu me toquei de um recurso legal no próprio Orkut. Tem lá a Caixa da Verdade, um aplicativo que basta baixar e mandar para os amigos de sua rede. Eles podem escrever todas as verdades nunca ditas na sua cara. Claro que as respostas virão anônimas para você, afinal ninguém quer se expor. Não dá outra. Em 24 horas de Caixa da Verdade ativa, as respostas começam a pipocar. Li de mim cobras e lagartos. Querem saber a real? Gostei da verdade escondida na caixa. Se não é agradável ouvi-la assim, como se fosse um tapa na cara, pelo menos você pode encará-la como um exercício de auto-conhecimento. Achei bacana a Dona Sinceridade ter se apresentado a mim. Clap, clap, clap, palmas para ela. Miss Polidez dessa vez ficou de canto, cabisbaixa. Só porque é bonita pensa que tem que ser a protagonista da situação. No longa metragem da minha vida, ela só exerce o papel de figurante no baile de máscaras. E olhá lá!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Enfie o pé na jaca

Sabe aquela história de não fazer as coisas por medo de se arrepender, se precaver, não fornecer munição para que a vida fique brava com você, se você fizer pipi fora do penico? Leve a sério. É um conselho muito importante para quem não quer se ferrar e quiser ter cem por cento de garantia de fazer façanhas certeiras, principalmente quando se trata dos cenários emocionais que habitam dentro de nós. Eu tô com você e não abro, mas não levo fé nessa orientação para quem quer viver a vida com arrebatamento. Creio ser igual a moda deste ano: exagerada. Eu acredito que a vida solicite isso, um exagero de atitudes. Sou adepta do imperativo politicamente incorreto: "Na dúvida, ultrapasse". Entre ficar a ver a vida passar ou me lambuzar nela, opto por me besuntar nas vivências. Quero me emporcalhar de vida, lamber os beiços, seja de mel ou de fel (lógico que com essa minha impulsividade o coice da vida vai me jogar na lama algumas vezes). Me recuso a ficar impassível, sem fazer algo pela minha própria história. Pouco para mim é menos da metade e só metade da vida eu não desejo. Não quero cozinhar o meu destino em banho-maria. Entre errar por fazer demais ou ficar parada por não fazer, quero pecar pelo excesso. Excesso de amor, ardor, fúria e até acúmulo de erros. O que não quero é a inexistência de sentimentos, carência de sensações. Tenho clorofila que me ajuda a libertar o oxigênio no ar, mas não vivo a vegetar. Sou veemente com a vida. Quero tirar dela a seiva para medrar minha existência. Entre a dor e o nada, prefiro a dor. Serei o que sofri. Mas jamais conseguirei ser o que não sentir. E quem quer brincar de viver coloque o dedo aqui!

Perguntas que todas as pessoas deveriam fazer umas para as outras!

* Você foi bom aluno?
* Você teve muitas facilidades na vida?
* Quando é que você chora?
* O que seria uma grande alegria para você?
* O que é que lhe dói?
* Quando você se diverte?
* Você se acha bonito?
* Você foi feliz na infância?
* Qual sua pior agonia?
* Em que ocasião você ja mentiu?
* O que tira você do sério?
* Já se sentiu enganado?
* O que você elegeu como prioridade e como isso lhe sustenta?

Foda-se a cartilha da felicidade!

É um saco ter obrigação de ser feliz, seja de qualquer jeito e a qualquer preço. Somos concebidos, crescemos e nos tornamos gente de sucesso com o veredicto de que temos obrigação de ser feliz nesse planeta escuro. "Se todas as coisas boas durassem para sempre, você saberia como são importantes?, frase mágica dita pelo menino Calvin, aquele dos desenhos. Hehehe, que discernimento. Desde a infância somos assombrados com a possibilidade de não sermos felizes. A própria expectativa de ter que ser feliz de qualquer maneira ferra tudo. Ao mesmo tempo, quem não quer ter a felicidade dentro de si? Até os loucos desejam isso e por isso deram um jeito de se tornarem insanos para poderem se encolher dentro do próprio mundo. Foi a maneira que encontraram de serem felizes no seu infinito particular (mesmo que a gente teime que o nosso mundo seja melhor e mais bem articulado). Sei lá, sei lá, sei lá. Eu também estou condicionada com essa cartilha da felicidade que nos fizeram engolir desde a pré-escola: trabalho, dinheiro, família, filhos e tal. "É tudo tão perfeito, se tudo fosse só isso. Mas isso é menos do que tudo, é menos do que eu preciso", canta prá mim Paula Toller, eu faço coro aos teus versos descontentes. E o que me importa é não estar vencida!

*****
+Que coisa inocente pensar que a infância é feliz. Uma criança nada mais é do que alguém com uma bola na garganta sem saber direito o que quer, sente ou pensa.

+Sou um mulher festiva e expansiva. Matriculo-me em academias de ginástica e vou só nos primeiros dias. Mas não me cobre por ser impetuosa e pouco persistente. Aprecio as pessoas que se divertem com o próprio destino.

+ A Solidão pode ser uma vitória pessoal, mas é sempre uma derrota pública
(Selma e Sinatra - Martha Medeiros)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Uma escolha mata a outra

Por mais que você resista não escolher um rumo, inevitalmente estará escolhendo. Não há como permanecer na eterna zona aconchegante de não ter de se responsabilizar por questões de escolhas. Optar é inevitável. Alias, se você ficar parado sem fazer nada, já é uma escolha. O caminho que a gente se recusa a seguir, é um caminho tomado por falta de movimento. A inércia também é uma preferência. Só que é uma não-ação, uma predileção pobre e simplória de quem te medo de andar para frente. É Uma escolha daquele que fica paralisado de medo. Se existe um caminho para o melhor, então que você pense sobre ele e visualize como o quer trilhar. Mesmo que depois, perceba que é o errado. Mas é importante que a gente se empenhe em decidir de forma consciente por alguma coisa e não deixar o destino ou a inércia tomar as decisões pela gente. Ninguém vence sempre. Ninguém consegue escapar de fazer escolhas. Fugir da dor e de algumas derrotas é impossivel. Por mais que você se esconda dos fracassos da vida tentando se manter imóvel, ela te agarra numa esquina e faz você optar. Então ja que escolher é uma sentença, porque não tem como escapar do inevitável, pelo menos tente escolher pela razão ou intuição. Não deixe ao acaso do uni du ni tê. Como se a indicação de sua escolha fosse algo irrisório. Todas as nossas tomadas de decisões são importantes porque implicam em continuar ou mudar a trajetória da nossa jornada. De acordo com a gramática, a raíz da palavra decidir (cid) é igual a homicídio, sinônimo de matar. Então é bom que você pense que ao se decidir, estará matando a outra alternativa, porque uma exclui a outra. Seria muito triste matar uma alternativa simplesmente por imobilidade. Então tome um caminho de caso pensado, até mesmo para você desfrutar a sensação da liberdade de escolha. O filosofo Jean- Paul Sartre está mesmo certo. Ele disse que nós somos livres para ser qualquer coisa. Exceto não livres. Nós estamos condenados a liberdade. E somos totalmente livres para colhermos os frutos de nossas escolhas. Escolha de forma certa ou errada. O que não pode, é decidir ficar parado. Porque essa é a unica escolha que ferra você.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Cartas na mesa


"Vamos colocar as cartas na mesa: eu sou o curinga do baralho. Não pertenço a nenhum naipe. Posso ser descartada ou ser baralhada. A opção é do jogador. Como curinga, jogo em qualquer ponta. Posso virar a mesa. Me use para ganhar ou me descarte de cara. O que não consigo é ficar como um dois de paus." (inspirada pelo Dia do Curinga)
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"Quando a gente entende que não entende alguma coisa, é que a gente está prestes a entender tudo" (O Dia do Curinga)
***
°°° O mundo é como um grande número de mágica. E se tem magia, então deve existir um mágico. Mas não é fácil desvendar um truque de mágica se o mágico que o realiza nem sequer se mostra no palco.
(O melhor truque do Diabo foi convencer o homem que Deus não existia - Fim dos Dias (filme)
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°°° As fábulas escapam dos dentes da engrenagem do tempo. A imaginação tem o estranho poder de fazer com que tudo aquilo que criamos continuem jovem na nossa cabeça. A história da Bela Adormecida tem mais de cem anos e ela continua uma flor de formosura dentro da gente.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Lições infantis


Minha filha dá lição de vida espetacular. Eu tô no jardim de infância e ainda tenho de comer muita papinha e mingau pra atingir o grau de maturidade e discernimento que a pimpolha de 9 anos quer que eu incorpore. Uma mãe triste da vida, com os faróis baixos e uma vontade inebriante de ficar protegida debaixo dos cobertores não é exatamente uma referência maternal. Mas na minha dor (dor efêmera, digamos assim, porque eu sei que tudo passa) ainda consigo enxergar a magnitude de lições filiais. A Marianna me dá colo e conselhos. Ela apanha a bíblia e o livrinho de orações ao lado da cabeceira, segura na mão e diz; "mãe, uma coisa te digo: viver a vida mãe, viver a vida". Ela olha com olhos tão fundos e um tom de voz tão convicto que surpreendo-me ante a sabedoria infantil. Ela me diz mais: "mãe, faz qualquer coisa para parar de chorar. Leia teus livros, nem que você tenha de comer. Coma, mas pare de chorar". Na sua aguda inteligência e lógica infantil ela ja sabe que comida faz bem para tristeza e que humanos associam as calorias à melancolia. É um esforço comovente que ela faz para me auxiliar a passar a dor. O amor filial tem uma força estranha e contundente de nos fazer buscar vigor e dar um salto do fundo do poço. Eu às vezes me pego pensando de forma bem humorada:Esse mundo tá todo errado e de cabeça prá baixo. O meu caso e da minha filha é um exemplo. Ela quem dá força para mim. O contrário é raro. Eu sempre preciso mais do ombro dela. Eu devo ser um ET mesmo. Mas ainda bem que tenho uma filha normalíssima. Sou aprendiz de lições infantis.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O tempo é inexorável

Eu descobri que as chamas do inferno se inflamam após a gente passar uns 35 anos nesse planeta escuro, vagando pela Terra. É sim. O inferno vem na carona do tempo e mostra sua cara através dos vincos da idade, da perda do viço. Não me condiciono a discursos politicamente corretos, por isso lá vai minha queixa: a idade é infernal. Essa semana eu vi. Meninos, meninas, eu vi um fio branco na minha sobrancelha. Fiquei prá morrer. Não adianta tirar com a pinça, porque a partir de agora, cada vez nascerão mais. O tempo é inexorável. Não há misericórdia, tudo tende a piorar. Posso botar botox, fazer lipoaspiração, passar camadas de creme estrangeiro e me esbaforir em exercícios, mas uma coisa é certa, minhas células estão morrendo de forma abrupta. Isso é atroz. Não tenho na ponta da língua o discurso que a terceira, é a melhor idade, que conseguimos atingir serenidade misturada ao valor da experiência. A terceira é a última idade. Remete a perda de beleza, de ossos, de viço, de memória e de visão. O autor americano Philip Roth é categórico ao definir essa derradeira fase da vida: «A velhice não é uma batalha, é um massacre". No inferno descrito por Dante Allighieri, uma frase ilustra as imagens dantescas: "Deixai todas as esperanças, vós que aqui entrais." Eu transfiro essa premissa para o ingresso na maturidade: ali, do lado de fora, ficam todas as nossas esperanças. E dentro, só o que a gente pode esperar é o desespero. Ainda tenho tempo para mudar de idéia quanto a esse pensamento. Quem sabe o tempo me ensine que esta, não é uma tragédia tão grande. Mas convenhamos, a velhice é de morte.

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Não há um lugar onde possamos nos esconder para escapar do tempo. O tempo mastiga, mastiga e somos nós quem estamos no meio dos seus dentes. (O Dia do Curinga)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

DESTINO EM SINCRONIA

A vida é regida pelo destino ou pelo acaso?. Se for regida pelo destino, então porque nos esforçamos tanto para fazer algo bom l sendo que o destino está traçado e nele a gente vai se deixar levar quer queira ou não?E se não houver destino e for tudo obra o acaso? Fala sério, nem mesmo nós acreditamos em grandes eventualidades. Quando ocorre algo que consideramos um “big” acaso, logo falamos: “nossa, quanta coincidência. Isso não pode ser obra do acaso, é sinal do destino.”
Um livro interessante, O Segredo de Shamballa, fala justamente disso. Shamballa é uma cidade fictícia localizada no telhado do mundo – nas montanhas do Himalaia. A obra relata a teoria da sicronicidade. Os tibetanos chamam de “rten brel”. A sincronicidade ajuda o nosso destino e podemos dar uma mão a ela através do nosso próprio esforço e mente. Cada pessoa precisa preparar o pensamento para ter idéia da sincronicidade e trazer intuição e coincidências para nos ajudarem. Sinta as indicações e prepare os pensamentos e acontecimentos para que se realize o seu melhor destino. De modo simples, quero dizer isso: o destino só vai até metade do caminho, o resto é você quem faz. Você precisa estar alerta e preparar a mente para procurar a próxima informação misteriosa que o ajudará na direção do seu destino. Não importa o que fizer, alguma sincronia vai ir ao seu encontro se você estiver com o espírito adequado e preparado para “ver” as coincidências que lhe ajudarão a tomar uma decisão. Preste atenção nos sinais. Cada um de nós em um determinado momento da vida tem uma pergunta principal que queremos saber em determinada situação. Se a gente aceita a outra proposta de emprego ou permanece no mesmo, se termina ou não com o namorado, se a viagem planejada é uma boa alternativa ou é melhor economizar para comprar o carro, enfim, temos uma série de perguntas. É preciso seguir a intuição para poder respondê-las. E só vamos responde-las quando tivermos uma decisão. As vezes um gesto ou uma coincidência no meio do caminho faz toda a diferencia pra aceitar o tal emprego ou fazer a tal viagem. Isso é sincronicidade. Fique atento para receber sua intuição e segui-la. Fique atento ao seu estado de espírito. E boa viagem rumo ao destino de sua vida.

Escreve que te leio: pita@certelnet.com.br

domingo, 28 de setembro de 2008

Pessoas assépticas!


Nunca consegui desvendar uma pessoa politicamente correta, que vive sempre dentro dos limites, que não vibra, não se espanta, não se posiciona com nada, não tem arroubos de fúria e nem de desânimos. Nunca consegui não culpar uma pessoa que não erra nunca. São pessoas que eu visualizo como corredor de hospital. Sabem as paredes de um hospital, os quartos, os móveis, as cores? São clara, limpas, assépticas. Não tem nada fora do lugar, limpinhas, higiênicas. Não tem nada de ruim, nem de bom também. Pessoas-Hospital não incitam a ira na gente, nem a bondade, não despertam simpatia, simplesmente existem alheia à nossa vontade. A gente dá oi, faz um comentário sem realmente esperar a resposta dela, porque ela não nos conduz a nenhum pensamento. Oxalá conseguissemos simpatizar com o gosto do chuchu, que não tem caloria, mas nao tem gosto nenhum, fica dificil a gente ingerir, né!!!Pessoas asspéticas são tão limpinhas que nem fazem "cacas" na vida. Viver tem que ser perturbador e as pessoas tem que perturbarem a gente de alguma forma. Eu prefiro o gosto da pimenta ao do chuchu. Faço coro com Nietzsche: "Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade”.

(A foto retrata o meu ângulo de visão nada asséptico)

sábado, 27 de setembro de 2008

HOMENAGEM A MIM

"Emocionalmente acho que tu és algo como que minha "anima", no dizer dos antigos gregos. Se eu te visse na minha frente, acho que meu primeiro impulso seria te botar no colo e te ninar, não como a um bebê, mas como a mim mesmo... "

domingo, 21 de setembro de 2008

A nova forma do amor

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e n?o mais uma rela??o de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher; ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade a pessoa.As boas relações afetivas são íntimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo... (Flavio Gikovate)
Todos somos carentes
Eu nao tenho ilusoes de achar que a humandiade é bem resolvida
Penso que tem muita gente carente no mundo
Sou uma carente de dar medo
Mas me recuso a aceitar minhas escolhas quando elas sao por carência
Eu quero algo de verdade. Acho que as vezes saio perdendo por isso
Porque penso: ah talvez seja só carência
e descarto por pensar ser isso
Tenho tanto medo de escolher por carência
Que não escolho nunca.
Eu acho até legal as pessoas que se escolhem por carência
e depois acabam originando um verdadeiro amor daí...
Mas minha auto-estima ficaria muito abalada se percebesse que só escolheria coisas por absoluta escassez....

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

'A procura da frase de chamada perfeita

A busca pelo par complementar pauta as frases de chamada nos sites de caça. Os homens não costumam construir frases tão criativas. São diretos e menos sutis:palavras insossas, frases originais são raras. E invariavelmente, são elas que chamam a atenção e revelam um nível de instrução maior. As frases masculinas:

"Romantico, otimista e alegre procura namorada. "

"Senti-se só? Mande um imail. Quem sabe eu seja quem você procura."

"apaixonado pela vida a procura de alguem especial "

"Qro alguém Sensivel, Feminina, Delicada e Amorosa...Será que existe??? "

"Viajante cansado procurando um porto seguro pra viver e sonhar"

Estou sozinho, tentando me divertir perciso de uma companhia.

Homem amante dos animais procura parceira para bons momentos a dois.

Procuro um amor que goste de cachorros. Não que eu seja um...

sou discreto, carinhoso represento ter menos que minha idade física

E as mulheres???? Elas são mais desencanadas,sabem elaborar seu marketing pessoal. Costuram frases como quem precisa buscar um par perfeito. Por isso esbanjam na criatividade, com uma pitada de bom humor e audácia. Elas vendem-se de forma mais aprazível!!! Querem ver?

Sou ótima amiga, excelente namorada. Vamos trocar um dedinho de prosa?

A felicidade não tem fronteiras, venha me conhecer.

olhe nos meus olhos e tire voce mesmo a conclusão...

voando por aí...procurando outra borboleta para aproveitar a vida!

Gostaria de ser a primeira a ser lembrada e a última a ser esquecida.

A procura de um companheiro e não uma companhia...

Ainda estou aprendendo a viver, e espero ter um acompanhante para isto

Loba cansada de correr sozinha procura par pra correr com ela

Tenho meus mistérios como uma boa geminiana, basta saber desvendá-los.

domingo, 14 de setembro de 2008

Festa a fantasia!


O que me surpreendeu foi o "Luxo" pros Vips. Tinha toneladas de chocolate, xicles, pastilhas, garçons servindo churrasquinho, outros servindo pizza, champagne, chopp à vontade. Tinha até duas massagistas. Sim, eles fizeram um canto pra quem quisesse fazer massagem e relaxar. Tinha máquina de jogar pelobol, é isso? E mulheres lindissimas com fantasias sumárias. Ah e homens bonitos também, muitos com os tórax à vista que era para não perderem a oportunidade de se mostrarem, né. Tudo isso e eu vim as 2h pra casa. Eu nem sou desse mundo..hahaha!

(A fotinho é da equipe do jornal, trabalhando!)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Desejo e esperança


Eu gosto de divagar. Não que seja craque nisso, sou apenas uma diletante nesse mundo cheio de ebulições. Mas caraca, recebi um livro lotado de idéias fenomenais que não me sai da cabeça. Chama-se "A felicidade, desesperadamente", de Andre Comte-Sponville, um cara francês que parece tri bacana. Fala sobre o maior desejo do ser humano, que é a busca da felicidade. Curioso foi a forma como o livro veio até mim. Um amigo, o Guilherme, emprestou-me na porta de uma festa. Achei emblemático pelo significado do contexto. Me entregou a felicidade à beira do festerê, onde a priori, é o local que as pessoas a buscam e muitas vezes afoitamente, com um certo senso de desespero. Mas a obra do Comte é bem mais profunda porque ele dá um outro viés para a coisa.Para ele, a felicidade chega se a gente não esperar. É nesse sentido que ele aplica a palavra des-esperar. Deixar de aguardar. A Felicidade vem quando se bane a esperança. Algo modificou-se em mim quando li: "estamos separados da felicidade pela própria esperança que a persegue". Atenção a isso:"só teremos a felicidade à proporção da desesperança que seremos capazes de atravessar." A sabedoria, no caso, seria então conseguir a felicidade, desesperadamente.
Todos os homens, sem exceção, procuram ser felizes. O ladrão, o criminoso, o algoz, o machão e inclusive o cara que vai se enforcar. Porque no fundo ele fará isso para escapar da infelicidade. A busca da felicidade é a coisa mais bem distribuida no mundo. Todo mundo quer. A ironia é que as pessoas são muito mais infelizes do que se imagina. E não é que não somos felizes porque tudo vai mal. Podemos não ser felizes quando tudo vai mais ou menos bem. Por que? Porque vivemos de desejo. Só desejamos o que não temos. Quando temos, não desejamos mais. Então partimos para outro desejo e novamente jogamos para frente a busca da felicidade, porque o desejo quando é satisfeito não faz falta. Se eu o tenho e portanto, já não é desejo. Como poderia ser feliz se não tenho o que desejo e sim o que desejava? Para um cego, a felicidade seria enxergar. Mas o fato de a maioria das pessoas enxergarem nunca bastou para fazer a felicidade do mundo.
Resumindo: não há nada mais fácil do que amar quem não temos. Não há nada mais difícil do que manter o amor de quem temos.
***
A armadilha da esperança está em justamente esperar o que não temos. Porque quando temos, já não precisamos esperar. A esperança também é um desejo. Não podemos esperar o que não desejamos. E você só pode esperar o que não sabe, o que não tem certeza do que vai ser. Porque se tiver certeza, então não precisa ter esperança. Você espera por algo que não depende de você. Quando vc tem esperança, vc deseja algo que nao sabe se vai ter porque é algo que não depende de você. Logo, esperar pode ser desesperador. É preciso perder a esperança. A medida em que nos tornamos menos dependente da esperança, aprendemos que não temos mais nada a esperar e isso nos liberta do temor. Não há nada a esperar, náo há nada a perder.
***
"A esperança não passa de um charlatão que nos engana sem cessar. E para mim a felicidade só começou quando eu a perdi." (Chamfort)
***
Outra do Chamfort: "Eu colocaria de bom grado na porta do paraíso o verso que Dante colocou na porta do inferno: abandonai toda a esperança, vós que entrais" Essa frase na porta do inferno é inútil: como não querer que aqueles que sofrem demais não tenham esperança? Eles esperam alguma coisa porque querem que o suplício pare.
MAS: Quem está no paraíso não precisa esperança. Não há nada para esperar, pois ali há tudo.

*** Tá, então é assim ó: só é feliz quem perdeu toda a esperança. Porque a esperança é a maior tortura que há. A única maneira de viver é parando de esperar. Quem não tem nada a esperar, se basta com o presente.

***Logo:
em vez de esperar, é preciso saber viver e ter confiança para agir. Vamos aprender a desejar o que depende de nós. A esperança sempre estará presente. Não se trata de impedir de esperar, trata-se de aprender a pensar. Vamos esperar um pouco menos e agir um pouco mais

sábado, 6 de setembro de 2008

Divã

Eu queria saber o que nessa história é sentimento profundo mesmo. E o que é 'pensamento de conveniência'. Disseram-me que eu não sou uma desistente. Não desisti de mim mesma. Eu finjo que desisti de mim só pra poder desistir sem me sentir culpada.Mas eu nunca desisto. Porque não são louca.

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Se tu é lanterna do campeonato.Tu tem que jogar toda a rodada ainda.Tu entra de cabeça baixa, mas entra. Eu acho que tu tá entrando sempre de cabeça baixa. Acho isso estúpido mesmo.
Porque tu é um bolo de qualidades.
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Eu vejo que muitas vezes, as pessoas criam todo um teatro da vida delas.Se acham maiores do que são, melhores do que são...Mais competentes do que são.E acreditam um monte naquilo. As vezes, até conseguem um monte de gente na volta que também acredita.E alguns que fingem que acreditam pra tirar algum proveito. Eu dou todo o direito das pessoas fazerem o teatrinho delas. Só não queiram que eu seja ator dessa novela.
Há muita cafeína na sua corrente sanguínea
E uma falta de tempero real na sua vida"

Uma investida e um empurrão
E a terra em que estamos é nossa
(smiths)

E se tudo que eu tenho são estas lágrimas
O sol vêm acima
E livram-me da escuridão novamente
(magic numbers)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Eu espio a vida por frestas de melancolia.
Na fenda do tempo, eu me ofendo com ventos
que açoitam minha tristeza. Deixem ela ali, na minha cara
expondo-se, rindo de mim, mirada nos meus olhos azuis.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

* O ódio constitui de longe o prazer mais insistente:Os homens amam às pressas, mas detestam longamente.

* Os amigos se dizem sinceros; os inimigos o são."
(Algum cara genial..acho que Schopenhauer disse isso)

Minhas asas nem cresceram e já lido com penhasco.Porque temos que realizar o melhor, cada um é seu próprio juiz, juri e sentença. Realizo meus sonhos com uma Brisa, um Vento, um Furacão no deserto...eu tenho a era do gelo dentro de mim. Vixxi, agora gelei!!

Festa da alma nua!

Pegação. Vou ver inúmeras. Vai ter neguinho caindo de boca no colo, nos braços e nos beiços de fadas, índias, oncinhas, bruxinhas e piriguetes de todos os tipos e estilos, em uma festa que preconiza o tema da fantasia, mas que se caracteriza pela falta de máscaras. Não que os adereços típicos do estilo não vão fazer sucesso. Perucas, chapéus e outros troços do tipo, isso vai ter de montão. Mas é que embaixo do batom das gurias e da carapuça do zorro dos guris, as pessoas vão estar mesmo de cara limpa. Despidas de qualquer preconceito. E sem ele, é muito mais fácil tirar as máscaras, aquelas que a gente utiliza no dia a dia, seja para sorrir ao colega antipático ou para esboçar um gesto de empatia com a moçoila chata que emperra o trânsito. Nessa vida, tudo o que a gente tem que ter dentro da rotina é jogo de cintura e uma boa engenharia social para poder construir caras e bocas conforme a situação requer. Por isso, de vez em quando é fundamental uma festa a fantasia. Para tirar a maquiagem social e poder se vestir de "eu". É em meio a eventos típicos onde impera a irreverência (e o carnaval é um exemplo) que o brasileiro se esbalda dentro dele mesmo, sob a bandeira da alegria. Em festa a fantasia, tem gay enrustido bancando a Roberta Close e isso é o máximo, porque é a chance de ele mostrar ao mundo: "olha, esse sou eu. Saí do armário, pelo menos durante a festa nesse salão." Tem meninotas ávidas por beijos, com a boca seca de desejos. E elas beijarão, pode apostar que sim. No salão, cidadãos tiram as máscaras, rebentam numa onda de erotismo onde a multidão se enfeita de gente. Só não me venham com chorumela nove meses depois. Festas a fantasias, o show é você.!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Quebra cabeça

Em termos de amores e relacionamentos tudo é um grande quebra cabeça montado pelo Grande Arquiteto do Universo,para que nos desencontros, a gente se encontrasse (o auto-encontro, aquele vindo de dentro de nós). Poucos são sábios ou preparados o suficiente para se encontrarem pelo amor...por isso existe a dor, para que por meio dela,a gente possa sofrer, depurar, se buscar e finalmente, se mirar na alma.
Quanto mais eu reflito, me relaciono, colho opiniões, menos eu tomo posição sobre a maneira correta de agir. Mais clichê se torna para mim a tal frase: cada caso é um caso. Nunca há regra nenhuma. O amor dispensa guia de bolso, tudo nele é indomável. È isso que assusta e fascina, porque por mais que a gente tente orquestrar gestos, pensamentos ou maneirismos, nunca sabe se vai dar certo. Nunca saberemos o que toca realmente a alma de outrem. O amor é um puzzle gigante. Tudo tem que encaixar.

sábado, 30 de agosto de 2008

O Carpinejar disse isso:

A conquista começa depois do sexo. Não antes. Depois do sexo é o instante em que o homem revela se se preocupa com vc ou se foi embora antes da despedida.

PS: partindo desse pressuposto entao é melhor dar logo pra saber se o cara quer conquistar depois. AH, eu ate me sinto mais aliviada agora. Não preciso me fazer de dificil. Isso tira o tempo da gente.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Achei tri!

Eu? Sou a soma de ontem e hoje, dividido pelo amanhã e multiplicado pelo agora. Já conheci o céu e o inferno e resolvi morar naquela praça, que fica entre eles.
A teoria dos seis graus de separação

A premissa desta teoria, também chamada de small world phenomenon , é de que existe uma relação direta entre as pessoas no mundo, através de uma cadeia de relacionamentos de até seis contatos intermediários entre uma pessoa e a outra, mesmo que vivam em lados opostos do mundo. Como exemplo, eu e qualquer leitor deste blog, estaríamos relacionados com um espaço de até seis conhecidos entre nós. Parece que que tudo começou com Marconi, inventor do telégrafo, ao afirmar que depois que o telégrafo fosse difundido, seria possível encontrar qualquer pessoa no planeta, conectando-se a 5,83 pessoas. Arredondando os números, eis os famosos seis graus.

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EXPECTATIVAS
* Tudo rola em cima de expectativas. Eu sempre tento manter as expectativas baixas
pra depois a pessoa se supreender comigo. Nao gosto de frustrar.

* Eu faço a contrapopaganda. Sério,,eu quero ver quem é o corajoso que me compra. Eu sou o capitão Nascimento de mim mesma. Eu digo: ah tu quer entrar na minha vida cara? Então pede prá sair. Só para ver a convicção dele em ficar. Não sei se isso tem funcionado. Porque eu TO SEM TROPA DE ELITE. Nao consigo recrutar ninguem

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* Pessoas típicas da noite são chatas. A noite dura umas poucas horas.Quem vive dela é porque não tá vivendo no dia.

* Eu nao gosto de gente muito modesta. Se tu for modesto demais, nem demonstre isso pra mim, guarde isso para você. Eu sou inteligente. E não disfarço.Eu gosto de pessoas que sentem realmente como são, nem gosto de falsa modéstia. Se é bom, tem que falar sim. Tem gente que nao quer falar porque têm medo que a gente diga: "ah, tu vai me achar convencido"

DEUS É TODO OUVIDOS
Acredita em Deus?
-sim,,acredito sim
Acredita em planos dele e coisas assim?
- acredito que talvez pessoas nasçam pra serem sozinhas. Eu devo ter sido muito ruim em outra encarnaçao e tenho de pagar nessa vida
Tu nem acredita nisso. Mentira.
- eu quero acreditar pra me conformar
Tu tá falando isso só pra eu dizer que não.
- Eu quero acreditar. É serio. Porque quero parar de ter expectativas de encontrar alguém, entende???
HAHAHAHAHA
Cala essa boca!!!
- Ah, eu adoro quando tu diz isso!!!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Papo de Emeesseene!

* Tô tentanto ver o que pode estar por trás daquilo que tu não sabe sobre ti mesma.

* Tu é uma matraca, hein? Acho que nunca me deixa completar um pensamento. Quando eu pensei. Tu já escreveu outra coisa.

* Impressionante como as pessoas parecem coisas tão diferentes do que são.

* Não crio mais grandes expectativas. Então não rola grandes inseguranças..

* Eu ODEIO essa história de 'a fila anda'. Parece coisa rala. De gente que nem tenta. Eu não tenho um carro no lugar do coraçao

"Só sei que quase sempre as pessoas não sabem coisas sobre si mesmas suficientes pra eu confiar no julgamento delas. Então eu prefiro ser prudente."
- Vc n pode testar sua coragem com prudencia
- Eu posso não tomar no cú com prudência.
AMBOS - Hahahahahahah

* "O que as pessoas pensam umas das outras morre junto com elas. O que sobra é o que elas são, e isto em geral ninguém sabe exatamente – nem elas mesmas."
Olavo de Carvalho
"Pode parecer que os bons chegam em último lugar, mas, geralmente, eles estão em outra corrida"

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dia das filhas

Criaram o Dia das Mães, mas desconheço a data que celebra o dia das filhas. Talvez porque esse é um ritual que se consolide diariamente, entre uma tarefa caseira e outra, lá vai mãe e filha estreitar os vínculos. Entre um resmungo e outro, juras de amor filial e maternal. Um pedido de desculpas aqui, outro acolá e um laço eterno de ágape, o amor maior, aquele vivido incondicionalmente. A Marianna me enternece, me comove. Me move. Me acalanta com sua simples vivência. Me orgulha. Eu me supreendo com ela. Ela é o meu eu mais vibrante, mais sincero, mais pueril, mais lindo, mais gentil. Ela é o melhor de mim. Aquele a quem ninguém eu pude dar. Marianna, minha concepção para um mundo melhor.

A última bolachinha do pacote


O Brasil voltou de Pequim com a estima nem tão em alta assim. Não são todos os brasileiros que tomam ciência desse sentimento. É algo intrínseco, que está no inconsciente coletivo. Conseguimos aumentar a estima quando ganhamos no futebol ou somos ovacionados fora do país por uma coisa boa. Isso é muito raro. Somos acostumados a nos sentirmos a última bolachinha do pacote por estarmos sempre no perrengue. É luta para sobreviver com o salário mínimo, ficar na SUS ou ouvir as denúncias de corrupção. Levamos ferro na saúde, educação e também no esporte. O governo Lula tentou resgatar nossa auto-estima com uma campanha feita anos atrás: “Sou brasileiro e não desisto nunca”, dizia a propaganda, lembram? Mas o caso é que somos um exército de brasileiros guerreiros que não se sente valorizado. Uma das esperanças de ser mais do que apenas o país do carnaval e do futebol estava nas olimpíadas. Voltamos com três medalhas de ouro, mas ninguém é insensível a ponto de culpar os atletas. É senso comum que o governo não estimula a prática esportiva. Li em uma matéria da Veja: o número de medalhas conquistadas por um país em uma olimpíada demonstra a pujança e o potencial da nação. Tanto no aspecto político, como econômico-social. Países que competem por competir, sem alcançar o pódium são considerados irrelevantes. Aqueles que ganham menos de dez medalhas estigmatizados como medíocres. O objetivo de países médios, como o nosso Brasil, é obter entre dez a 20 medalhas. Quem consegue mais de 20 atinge o patamar de grande potência. Não que esse seja um critério inquestionável, mas me apeguei a ele porque acho procedente. No quadro de conquistas, China, Estados Unidos e Rússia indicam um colheita farta de medalhas de ouro. Ouro também no poderio nacional. Os atletas representam o país. O desempenho deles indica o estado psicológico e a capacidade física, emocional e a determinação de um povo (só para citar a Veja). Nossos heróis olímpicos trouxeram da China uma colheita escassa, não por culpa deles, mas porque semearam seus esforços num infértil território brasileiro. Infértil no sentido de investimentos governamentais. Somos um país médio com uma baita “gana” de melhorar. Agora, só falta o governo querer. Porque como disse Lula, o presidente das metáforas: “somos brasileiros e não desistimos nunca.” Embora para a África , pessoal. Para ver a copa. Hakuna Matata!

sábado, 16 de agosto de 2008


Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade
Tudo está perdido mas existem possibilidades...(Renato Russo)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Eu sou similar ao I Ching - O livro das mutações!!!

"Não me apresento como prova e nem dou resultados. Não sou de fácil abordagem. Como uma parte da natureza, espero para ser descoberta. Não ofereço fatos, nem poder. Só sou indicada para quem tiver paciência de me elucidar ou preparado para isso. Para alguns, meu espírito parecerá claro como o dia, para outros, obscuro como a noite. Aquele que não me aprecia não precisa vir até mim. Aquele que é contra mim não é obrigado a me considerar verdadeira. Que me deixe seguir para o mundo de quem é capaz de discernir meu significado!!!!"

Rota em mim!

*Não tenho contagiro. Me conduzo sem perceber a rotação. Vôo em linha reta pela camada asfáltica. Mas nem sempre é assim. Não sou um trajeto fixo. Patino nos meus aclives e derrapo em visões curvas. Tenho idéias turvas. Outras, límpidas. Mudo a rota do meu pensamento todo o tempo. Às vezes deixo as coisas por conta do destino, em outras dou vazão aos meus desatinos.

*O que eu espero é alguém que seja sensível mas não derramado. Que não me venha com propostas indecentes na primeira teclada, que nao seja raso de sentimentos, que se de ao luxo de poder querer ser especial e nao algo casual.

*Em tempos de internet, basta entrar no orkut e ler o perfil do dono da página. Quem sou eu: geleira ou vulcão; tormenta ou calmaria, sou gaivota, fui sereia. São tantas coisas pra dizer de nós. Alguém um dia disse que somos o resultado de tudo que passamos. Eu sou o que fui. É vero. Veríssimo. Esse aliás se diz em uma de suas autofinições irônicas, "gigolô das palavras" . Talvez todos sejamos amplos, abrigamos multidões. Mas eu me arrepio na definição de Fernando Pessoa: Eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...
(Andreia Rabaiolli)

Nietzsche disse tudo e o contrário de tudo!!!

***Abandono muitas coisas, / Deixo-as correr ao acaso, / E por isso dizeis que sou desdenhoso. / Quando se bebe em copos muito cheios / Deixa-se cair muita bebida, / Nem por isso continueis a considerar o vinho pior”.

*** Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós, ao desatar a terra do seu sol?.... Não deveríamos nós mesmos nos tornar deuses, para ao menos parecer dignos dele?

*** Siga as tuas melhores ou piores inclinações e, antes de mais nada, encaminha-te para a tua perdição; em ambos os casos favorecerás, provavelmente, de um maneira ou de outra, o progresso da humanidade”.

*** “Não vos aconselho o trabalho, mas a luta. Não vos aconselho a paz, mas a vitória! Seja o vosso trabalho uma luta! Seja vossa paz uma vitória!”

***“‘Bem e mal são os preconceitos de Deus’, dizia a serpente”.

***A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.”

*** Todo homem tem seu preço, diz a frase. Não é verdade. Mas para cada homem existe uma isca que ele não consegue deixar de morder.”

***“Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade”.

***O mundo já foi por tempo demais um hospício.”

***“Na solidão, o solitário devora a si mesmo; na multidão devoram-no inúmeros. Então escolhe.”
( Friedrich Nietzsche)

Carpinejareando!

Eu amo o que esse cara diz: Carpinejar, um adorável canalha das letras!!!!!
* Eu sou mais o desaforo do que o elogio
* Se eu tivesse sido feito para calar, não gemia.
* Não me poupo nenhum sofrimento, muito menos a alegria do sofrimento. Engolir a dor dá soluço. Se só bebesse água potável, não beberia minha vida.
* Quero acreditar que me abandonei por convicção. Sou do outro mundo para me espiar em segredo
* O que eu vou ser quando crescer é o que não tive tempo de fazer na infância.
* Eu me sinto difícil. Eu sou embaralhado de desejos.
*Sempre me falaram que não é aconselhável acordar um sonâmbulo. O sonho sabe melhor o caminho de volta do que o próprio sonhador.
* Confundo a xícara de chá com o peso de tua mão. As palavras formam a boca, não o contrário. Vou dormir até mais tarde em teu rosto. Se alguém fala sem pensar, não deves pensar ao ouvir. Nem os telhados são tão parecidos quanto a gente.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Celebridade


O novo livro de Paulo Coelho já é sucesso estrondoso no mercado. Tudo o que o mago e escritor faz é lido e destacado como notícia. Em sua última obra O Vencedor Está Só, ele relata a vida das celebridades. Ele se baseou em pessoas de verdade para fazer o romance que se passa em Cannes, onde vive e circula a nata dos ricos e famosos de todo o mundo. Apesar de ser odiado pelos críticos e pessoas pretensamente eruditas refutarem sua escrita: "Paulo Coelho? Nunca Li! Eu, hein". Não tem como negar, o escritor é celebridade e seus livros provocam curiosidade. Acham que não vou ler esse livro? Claro que sim, estou louca para me esbaldar nas páginas e imaginar o universo da popularidade de forma crua. Tudo que é famoso e célebre tem seu glamour. A gente adora isso. Ler sobre os ricos, saber pelos locais os quais circulam, como gastam sua fortuna, isso faz sucesso. O culto às celebridades virou hábito em jornais e televisões. A TV Fama (Rede TV) tem bem esse intuito. O nome já diz tudo. Meu pai, que tem mais de 60 anos, fica ligadíssimo na programação. Ele adora saber quem ficou com quem, quem terminou com quem, a doença superada de Ana Maria Braga, os dilemas de Reynaldo Gianecchini com Marília Gabriela, o noivado de Juliana Paes, a fortuna de Eike Batista e sua separação com a modelo Luma de Oliveira, as fotos milionárias dos filhos de Brad Pitt e Angelina Jolie. Só citei ele como exemplo, mas todos nós adoramos esse tititi todo. Cientistas dizem que é natural para os seres humanos prestar atenção em indivíduos que são notícia por serem bem sucedidos socialmente. Nós olhamos para as celebridades, na busca pelo sonho da fama e da fortuna. Alguns estudiosos têm a petulância de dizer que esse culto à celebridade pode até ser positivo. A maioria ressalta não concorda. Uma olhadinha ou outra pela vida dos outros até que vai, mas não sempre. Elas nem são tão felizes assim. Sabem por que? A ânsia por fama e fortuna reduz o grau de satisfação com a vida. Diversos estudos realizados nos últimos anos revelam que a ambição é um verdadeiro instrumento de tortura. Portanto, vamos desistir de cultivar ilusões desse tipo. O convite é viver a própria vida como ela é, sabendo dentro de nós que somos sucessos e celebridade para nós mesmos, porque agimos certo na maioria das vezes e estamos de bem com nossa própria consciência.Basta um segundo para tomarmos consciência de uma emoção, seja ela boa ou ruim. Então vamos despender mais tempo para saborear os sentimentos agradáveis. Vamos elevar a nós mesmos ao grau de celebridade quando conseguirmos terminar uma tarefa extenuante e cumprimentar-nos por saber que a fizemos bem feita. Vamos degustar com prazer aquele livro que há tempos está para ser lido mas fica na mesa da cabeceira, inanimado. Vamos tirar fotos de nós mesmos e sorrir para o clique como se fôssemos a pessoa mais linda do mundo. Somos celebridade no nosso próprio universo. Não precisamos pegar emprestado a vida de outras pessoas. Vamos cantar ao som dos Engenheiros do Havaí uma musiquinha muito bacana, que eu adoro ouvir com minha filha e vem bem a calhar para esse fim de crônica: "Somos o que há de melhor!Somos o que dá prá fazer. O que não dá pra evitar. E não se pode esconder."


terça-feira, 5 de agosto de 2008

O cara que é bom!

Nas minhas vivências e conversas com gente de todos os pensamentos, grau de instrução e credo, me deparo com uma postura um tanto preponderante da ala masculina. Os homens acham que para serem bons precisam ser safados, pegadores e terem um estilo malandrão. As próprias mulheres proliferaram isso: de que gostam de caras malandros. Eles ouviram e trataram de incorporar o conselho. Adoram estar sob holofotes femininos, cercados por um harém de piriguetes ou não. Gostam de se sentirem populares porque acham que o homem que é bom atrai muitas e não apenas uma. Para eles, o homem que é bom é o que está cercado de ruivas, morenas, loiras, mulatas e amarelas. Prá mim, é mintchura. Mintchura. Mintchura! Eu estou convencida de que o homem que é bom é aquele que não precisa fazer uso da claque da voz feminina para se sentir o tal. Ele se acha o máximo por ele mesmo, porque sabe que é bom o suficiente e não precisa de estimulos internos e vazios para se sentir homem. Macho-cho mesmo. Homem que é bom dá segurança à mulher que ele quer conquistar e não fica tentando criar nela ciuminhos bestas de que se ela não quer, tem quem quer. Isso não é ser homem, é ser terrorista. Quer detonar uma bomba em vez de tentar levar ela para seu lado com amor. Homem que é bom é aquele que se empenha em ser fildalgo. Ser nobre sentimentalmente. Que não precisa se mostrar garanhão para se sentir o bom. Que se contenta e se orgulha em ser de uma mulher. Que enaltece ela perante os outros. Que a trata como princesa em qualquer hora e lugar. Que não transforma seus defeitos em munição na hora das brigas. Homem que é bom joga as outras bem pra longe dele, porque ele nao a quer. So quer quem lhe interessa. E faz dela seu regaço. Seu pilar e porto seguro. Homem que é bom, faz de sua mulher, uma mulher boa. Torna ela sua companheira e cúmplice.

domingo, 20 de julho de 2008

Frases do Orkut


O Orkut é um catálogo humano. Mas popularizou um hábito legal. O de que as pessoas buscam frases para expô-las em seus profiles. É uma forma de dizerem o que pensam e sentem. É uma forma de dizer quem são. Eu gosto de ler o orkut alheio em busca de pensamentos interessantes. Cataloguei alguns deles:


" O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria,aperta e daí afrouxa,sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem! " (João Guimarães Rosa)

"Minha bunda contempla aqueles que falam pelas minhas costas."

La vita si può vivere in due modi o con la lacrima, o sorridendo .....Meglio la seconda ipotesi
(A vida se pode viver de dois modos, com lágrimas ou sorrindo... permito-me a segunda hipótese!!!) (Caca Mueller)

....sou aprendiz de lições de partir

Par perfeito:todos os meus sapatos !!!!(Caca Mueller)


PS: Quanto a foto, essa vai pro meu orkut....(hehe frase que se espalha por esse Brasil afora entre turmas de amigos que amam fotos)

sábado, 5 de julho de 2008

Eu, mutante!

Não sei porque contesto as coisas quando não tenho convicção de que minha opinião é permanente. Mas eu não topo pensamentos fixos. Sou incoerente por natureza. Eu gosto desse meu traço. Meu plano é ser feliz, mas mudo a rota todo o tempo. Meu plano de vôo é dar uma incerta no destino. Ás vezes julgo que ele existe. Noutras, dou vazão aos meus desatinos. Ando trôpega pelos meus pensamentos. Mutáveis. Sou eu, mutante. O que vou pensar no próximo instante?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mui humana

Existe um propalado acervo de livros sobre pessoas boas, mulheres más. É um contingente de obras que dá nos nervos. Tipo: Meninas Boazinhas Vão Para o Céu, as Más vão à Luta ou Mulheres Boazinhas Não Enriquecem ou Quando Coisas Ruins Acontecem a Pessoas Boas. Eu não li nenhum deles, só o resumão das obras. Eu vou escrever sem conhecimento de causa porque sou humana e já que está na moda não ser tão boazinha, vou fazer minha maldade do dia e falar mal do que não li. Diacho. Droga. Caracoles. Ôrra Meu. Ta ai. Desfiei minha série de palavrões.Será que agora sou considerada má e posso voltar a fazer minhas tarefinhas politicamente corretas? Eu nem sou tão correta assim. Vivo bufando, sou intolerante, impaciente, dou chega prá lá quando não quero papo e nem faço média com ninguém. Mas que saco essa onda de fazer apologia a coisas consideradas malvadas. Porque agora, como é moda, as gurias adoram dizer que são temperamentais, complicadas mas perfeitinhas. Ah... elas são tão malvadinhas! E estão tão orgulhosas disso. Issa. Quando uma coisa assim cai na roda de conversa, vira moda. E toda roda ama a moda. Eu sou contestadora por natureza. Nem quero ser malvadinha. E nem boazinha. Eu quero me permitir nem ir à luta. Quero ter meus dias de férias da labuta, me permitir vergar. Chorar. Gente, eu sinto necessidade de não estar em pé sempre. Que mal tem em as vezes ficar em posição fetal. Porque isso é tão covardia assim? Eu reivindico direito a um casulo. Eu quero uma moção de apoio para os avestruzes que enfiam a cabeça na terra. Tambem quero ter esses momentos, ora bolas. Pessoas malvadas, estóicas, finas, autosuficientes, fiquem longe de mim, caso não queiram ver a derrota em pessoa. Eu quero ter direito ao fracasso. Dar tempo as minhas dores. Sei que depois volto renovada. Eu até me ergo, mas quero poder bater no chão e ir ate o fundo do poço se assim for necessário. Não acredito em pessoas que caem em pé o tempo todo. Parece que estão sempre em estresse constante porque temem esborracharem-se. AS vezes acho que cair e levantar fica bem mais em conta, gasta-se menos tempo até. O esforço que vc faz por se manter incolume demanda mais tempo do que baquear na dor e levantar. Então, atalhe. Se atire ao chão, debruce-se na lama. Guiche como porco de dor. Faça drama. Depois volte à tona. Sei lá se isso é o certo. Talvez nem seja. Talvez seja fraqueza mesmo. Eu me junto a Fernando Pessoa (que pretensão) quando ele ironiza em seu Poema em Linha Reta. " Quem me dera ouvir de alguém, a voz humana, que confessasse não um pecado, mas uma infâmia. Que contasse, não uma violência, mas uma covardia !Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? "
Fernando, eu tô aqui. Sou uma pessoinha. Não sou boa nem má. Eu sou gente, eu desafino do coro dos contentes. Eu levo porrada e sofro angústia. Eu me vitimizo. Eu sou mui humana, Fernando. Afinal, como você, sou pessoa.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mulheres inteligentes (de novo esse assunto)

Um título assim sempre me chama a atenção. Quando o assunto se refere às Mulheres Inteligentes (MI) e com letra maiúscula mesmo, lá vou eu ler em internet, tópicos de discussão, livros de comportamento, o que vão falar da dita cuja. Consegui colecionar uma série de informações na minha cabeça. Todas elas muito interessantes e algumas até inusitadas. Agora, leiam essa: pesquisa feita por um jornal americano revela que quanto mais inteligente for a mulher, menos possibilidades terá de casar-se. O estudo explica que enquanto as mulheres procuram homens inteligentes e preferem esperar para encontrar alguém interessante, eles estão mais interessados em encontrar mulheres que se assemelhem a suas mães e estejam dispostas a ser do lar, ao invés de perseguir triunfos profissionais. “JesusMariaJosé”, eu quase caí da cadeira. Essa estatística americana é uma sinuca de bico. Ou me conformo em ser burra e casada ou opto por elevar meu QI, ser inteligente e dar os ares de solteirona, o que convenhamos, ninguém merece. Até porque ser solteira “ para sempre” remete a fracasso emocional. Como uma criatura inteligente não consegue ter cérebro para construir uma relação romântica? “JesusMariaJose” de novo. Eu não quero ser burra, tampouco ser audiência para a solidão. Então, como faz? Vou optar por uma saída mais nobre para mim e um enorme contingente de mulheres inteligentinhas mas solteiras: vou questionar a estatística. Eu só vou acreditar na pesquisa que revela que casar engorda. Sim, essa também existe e me convêm. Foi realizada por uma universidade na Inglaterra. Diz que quando a mulher tem uma relação estável, ela fica mais acomodada, as refeições passam a ser um lazer e os casais ficam mais sedentários, logo, ganham peso.
Agora, que coisa hein, pegar a mulher inteligente para bode expiatório. Ah, isso é desalentador. Será que mulher inteligente assusta? É uma chata de galocha? Intimida? Alguns dizem que sim. O certo é que a mulher inteligente fica mais seletiva, e por isso talvez seja uma solteira em potencial. Mas não percamos as esperanças. A mulher inteligente sabe se virar na maré baixa e nos períodos de entresafra. Ela sempre pode dar seu jeitinho. O segredo é estar atenta a tudo e a todos, com os radares ligados. Prestem atenção na dica do escritor Steven Carter: “A Mulher Inteligente sabe que não pode comprar um relacionamento do mesmo modo que compra mantimentos. Mas pode conseguir um relacionamento enquanto compra mantimentos.” Vamos à luta meninas. E lembrem-se: A Mulher Inteligente sabe que por mais ansiosa que esteja por um relacionamento, tem que construí-lo com o tempo. Não se começa a ler um romance da página cem.

domingo, 22 de junho de 2008

Só use o necessário

"Só se pode encher um vaso até a borda, nem uma gota a mais". Essa é uma das frases dos versos de Lao Tsé, da sua obra Tao Te Ching ( não me tirem para tão erudita assim, eu nem tenho o livro mas gosto de navegar pela net para ler sobre o Taoísmo, uma doutrina chinesa cheia de bons ensinamentos). Eu gosto dessa frase e com freqüência ela me vem à cabeça. Porque ela implica em dizer que, uma coisa não pode transbordar além de sua capacidade. Se o leite já derramou, ora bolas, então foi-se e não é preciso ter mais medo. O que era ruim chegou ao seu final. Fim de linha, fim do poço, fim de túnel. Agora é relaxar porque dali nao vai passar. Você nao precisa se preocupar além do necessário. Se a tragédia emergiu, ela não tem como fervilhar mais. Entao desestresse, porque uma das coisas boas de uma tragédia é que você não pode ir mais fundo nela. Só pode fazer o caminho inverso. É hora de subir. Não fique se chafurdando no lodo da dor. Sofrer mais do que te cabe é sofrer o desnecessário. O leite derramou, gente. Chore, escabele-se pelo sofrimento essencial. Depois, limpe o fogão e continue cozinhando seu feijão. Bem essa foi a primeira leitura que eu fiz da frase de Lao Tsé: da tragédia que se enche até a borda e que depois de entrar em ebulição, cessa.
Assim como sofrer além do necessário é desnecessário e não provoca aprendizado algum, Lao Tsé queria dizer que, não adianta na vida você fazer mais do que é preciso fazer também em outras coisas. Aborte tudo o que é complexo. Tire os 23 grampos de seu cabelo que fazem seu coque parar em pé. Largue mão de lavar obsessivamente seu Audi e aspirar o pó dos assentos toda a semana. Não leve para casa 48 pães se você tem lugar na geladeira para acondicionar meia duzia. "Não se pode acumular outro e pedras preciosas, sem ter lugar seguro para guardá-los."Essa é uma sabedoria de aprendizado de como se pode levar a vida. Só use dela o necessário. Lembram do filme Mogli, o menino-lobo? O amigo de Mogli era Balu, que ensinou ao guri uma filosofia de vida simples mas eficaz. Era a filosofia do "Só o necessário". Ele cantava assim: "necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais. Necessário, eu uso o necessário, por isso esta vida eu levo em paz."

sexta-feira, 20 de junho de 2008

PIB e PAP

PIB e PAP não tem nada a ver com economia. Li sobre essas siglas em alguns livros que falam sobre os revezes comportamentais e achei interessante. PIB é o Padrão Inatingível de Beleza, uma expressao cunhada pelo escritor Augusto Cury para falar da ditadura da beleza que nos algema o corpo e a alma. Estamos presos dentro do cárcere da beleza. Nos deslumbramos com o que é belo porque queremos nos valorizar através da beleza de quem está do nosso lado. Entao queremos atingir um PIB altissimo. Quanto mais nos encaixamos num padrão de beleza internacional, mais estamos aptos a sermos PAP - Parceiro Amoroso em Potencial. Mas estamos todos, e sobretudo as mulheres, gradeados no estereotipo que desabona os acima do peso. Se o indice de massa corporal das modelos fosse parametro usado pela OMS, elas seriam consideradas desnutridas, doentes e famintas. A sindrome da beleza inatingivel é disseminada nas imagens, fotos, outdoors, cartazes, novelas e filmes. Os homens, para nos elevarem ao pedestal, querem o viço da juventude, a leveza de uma silhueta longilínea, os olhos de uma imensidão azul e o sorriso Colgate. Shuasssssss. Não, não estou reclamando por estar despeitada, vamos combinar que eu não mereço ser jogada às cobras, porque nao sirvo prá feiasexual. Mas nao quero me manter uma pinup sempre. Eu quero ter o direto de mostrar minha borda de catupiry na cintura e nao ser menos sensual por isso. Gente, é legal ser normal. E quanto aos homens, poucos deles poderiam posar para um anúncio das toalhas Karsten. E isso é uma coisa boa, não má. Assim, um marido se parece com um ser humano e não com um boneco de museu de cera, com rosto e corpos indefectiveis. Vamos usar o "zoom" da visão para focar e potencializar a beleza interna. Como canta Zeca Baleiro, a vida sempre dá o troco e lugar de ser feliz não é supermercado. Nem nas paginas da Revista Vogue.

Ode ao cérebro

Escutei um elogio que realmente me deixou lisonjeada:" você me excita. E isso tem a ver com seu cérebro!" Afff. Adorei. É um alívio tirar das coxas, da bunda, da cintura e dos seios a responsabilidade sobre minha sexualidade e transferir tudo isso para a cabeça. Saber que eu consigo dar tesão sem usar meus atributos físicos é o máximo. Porque um dia o peito vai cai, não é Newton? A bunda pode se transformar em uma cratera lunar e como o tempo é impiedoso mesmo, os dentes ficam amarelados e o abdômen, nem segurando a respiração consegue ficar em consoância com a linha dos olhos. Sera sempre mais protuberante a ponto de a gente bem conseguir ver os joelhos. Tá isso é um quadro caricaturado da vida. Nenhum tesão resiste a esse cenário de horrores. Mas quero dizer que , vixxi, como é gratificante me sentir liberta do cárcere da beleza perfeita e saber que atraio pelo que penso, digo e sinto. Minha auto estima melhorou e eu me senti um tesouro enterrado no lugar errado. Ainda a ser descoberto. Talvez por alguem de Barein ou de Cinpagura. O certo é que me senti como uma pérola brilhando em um recôndito escondido pronta a ser apanhada. Minhas convicções logo caíram por terra no dia seguinte, quando chego na redação e um colega dispara: "Você é de outro mundo. Acho que vive fora da realidade". Meu orgulho esvaziou-se e eu lembrei de Nietzche que dizia: "não te enchas de ar, a menor picadela te esvaziaria." Meu colega também quis falar de meu cérebro. Enquanto para um excitava, para outro, eu irritava. Disse o último que crio uma situação de estresse na cabeça dele. Pareço tão acelerada nos pensamentos que ele não consegue acompanhar. Ele têm] a idéia de que sou um turbilhão, sempre a mil. Sei o que ele quer dizer: enquanto ele está em Lajeado, eu estou no Barein, no Oriente Médio. A quilômetros luz de distância da sua convivência. Bem, talvez eu esteja mesmo. E levo junto minha loucura, esta sim, companheira inseparável de saga.

domingo, 15 de junho de 2008

Sinais


Sinais são feitos para que revelem algo. São mensagens criptográficas, que a gente utiliza até como forma de defesa, para nos expor menos, mas mesmo assim, passar a mensagem. Falo daqueles sinais empregados em uma determinada situação. Quando vamos conhecer alguém e queremos sinalizar que nos encantamos com essa pessoa. Algum acordo mútuo, entendem? Alguns casais apaixonados utilizam a "lemniscata", aquele oito deitado, que representa o infinito. Com isso querem dizer que o amor nunca acabará. O "oito" é uma curva geométrica que assumiu esse significado especial pelo traço contínuo, uma forma sem começo nem fim.Os maçons fazem sinais para reconhecerem-se entre si. (Eu ja tentei descobrir, mas nem com a maior insistência eles descrevem seus sinais. Never. Jamais.) Contudo, sinais podem sair pela culatra. Vai que não dá certo a mensagem que vc quer passar? Aí, meu bem, vc perdeu o trem. Um amigo contou um fato engraçado. Ele marcou com uma garota de ir ao cinema. Combinaram algo: se um dos dois fosse ao banheiro, sinal de que não teriam se gostado. No fim do filme, depois de terem ficado de mãos dadas, ele esqueceu do trato e foi ao WC. Quando voltou, sentiu a moça "meio" fria. Ao chegar em casa, lembrou-se do trato, mas aí era tarde. Lascou-se. Hoje, aprendeu a não combinar sinais tão fáceis de confundir. Alguns atos estão relacionados aos habitos do cotidiano e feitos de forma autômata. Ir ao banheiro é um deles. Por mais que a menina seja encantadora, a vontade de fazer xixi sobrepõe-se ao combinado. É uma necessidade fisiológica. Mas porque precisamos de sinais para tomar a iniciativa no início de um romance? Porque no começo, falar o que sente, dizer na lata, engasga na garganta. Não sai. Em vez de dizer, porque não escrever? Também entala. Verbalizar algo muito cedo é sentir-se exposto. Um sinal é mais sutil e se, de fato ocorrer a rejeiçao, ela tambem será mais discreta.. Se vc não pergunta na lata, vc tambem se livra de receber um não na cara. Por isso os sinais são poderosos. Eles nos animam a fazer o que sentimos sem tanta exposição. Mas façamos sinais que possam ser compreendidos fielmente, para não dar ruído na informação. Como já dizia o apresentador Chacrinha, quem não se comunica (bem) se trumbica. E viva a liberdade de expressão!E os sinais. Ah, se no outro dia ele não deu sinal de fumaça, esqueça. É um sinal de que não vale a pena!

sábado, 14 de junho de 2008

Será verdade?

Uma pesquisa feita por um jornal americano (New York Times), cujo título é " Mulheres inteligentes e solteiras em potencial" revela que:

- quanto mais inteligente for a mulher, menos possibilidades terá de casar-se.

- Segundo a pesquisa, enquanto as mulheres inteligentes que continuam seus cursos superiores diminuem em 40% as possibilidades de casarem, os homens aumentam na mesma proporção (40%) as possibilidades de ter uma mulher no lar.

- Outra conclusão a que chegou a pesquisa é a de que, enquanto as mulheres procuram homens inteligentes e preferem esperar para encontrar alguém interessante, eles estão mais interessados em encontrar mulheres que se assemelhem a suas mães e estejam dispostas a ser do lar, ao invés de perseguir triunfos profissionais!

O que toda mulher deve saber (inteligente ou não)

Um resumo do livro de Steven Carter, chamado O Que Toda Mulher Inteligente Deve Saber.
Mais apropriado estabelecer para que as dicas todas saibam pois quando o assunto é amor não existem pessoas inteligentes, e sim apaixonadas. `Bora ler as dicas:
- Os homens gostam de mulheres que gostam de si mesmas
- A Mulher Inteligente (MI) sabe: por mais ansiosa que esteja por um relacionamento, tem que perceber que ele é um crescimento. Não se começa a ler um romance da página cem.
- O que dá certo em um relacionamento de dez anos nem sempre dá certo num primeiro encontro.
- Nem a Federal Express é capaz de entregar um bom relacionamento de um dia para o outro.
- Os homens gostam de mulheres que sentem tanta confiança em si que não precisam se esforçarem demais
- Os homens detestam perguntas diretas. Interpretam isso como um processo de seleção
- Não converse sobre sexo com um estranho. É preciso antes estabelecer uma ligação humana e não física. A MI sabe dizer não quando seu corpo diz sim.
- A MI sabe que os homens gostam de mulheres que não tem medo de ter medo de intimidade sexual. Ela ainda nao o conhece, não sabe seu histórico e como ele trabalha seu corpo e sua saúde
- A MI sabe como marcar um encontro, dizer a ele que está contente por encontrá-lo e desligar o telefone
- Não é tarefa sua avisar um homem que você não é perfeita. Especialmente se vc não tem idéia do que é importante para ele. A MI não chama atenção para suas próprias falhas
- Poucos homens poderiam posar para anúncios de moda masculina. E isso é uma coisa boa, não ruim. Assim um marido se parece com um ser humano
- Vc não pode comprar um relacionamento do mesmo modo que compra mantimentos. Mas pode conseguir um relacionamento enquanto compra mantimentos
- Quando vc conhece um homem há pouco tempo, não compartilhe o que se passa em sua mente. Para o homem, essa confissão prematura significa que vc perdeu o controle. Não se deixe apanhar por conversas íntimas cedo demais. Ele pensa: "se ela conta isso para mim, o que será que conta para alguém que conhece bem?"
- -Os homens gostam de mulhers que não toleram "restos". Se vc tolerar as traiçoes dele, ele vai acabar achando que vc está lhe dando permissão.

TUDO QUE É DEMAIS CEDO DEMAIS INCOMODA
Os homens desconfiam de mulheres que ficam muito interessadas logo no inicio. Muita intensidade, muito cedo, é demais para a maioria dos homens. Para muitos, carinho demais cedo demais, passa uma sensação de carência e incerteza. Vc deve ir devagar mesmo que seja convidada a ir depressa. Um homem precisa de tempo para deixar a mulher entrar em seu mundo. Qualquer impressão de que "é" demais, cedo demais, incomoda.
Quando uma mulher se esforça demais, os homens ficam assustados. Eles pensam sobre isso como uma variação de Groucho Marx: "eu nunca entraria para um clube que me aceite como sócio". A natureza humana é assim porque poucos de nós são tão santos a ponto de não subestimar e desvalorizar as pessoas que se esforçam demais para que a gente goste delas.

domingo, 8 de junho de 2008

A terapia do palavrão

Eu sou a favor de dizer palavrões em algumas horas. Me desculpem os super-hiper-mega controlados, mas sair do eixo às vezes é fundamental para manter a sanidade. Chutar o pau da barraca, descer dos tamancos, berrar atrocidades é legal prá ...chuchu. (Pensaram que eu iria dizer agora, né). Como diz a impagável Clarice Lispector, "eu tenho direito ao grito, então eu grito." Bradar PQP de vez em quando é um método terapêutico. É barato e eficaz. Eu faço isso (que Deus tape os ouvidos!), mas eu faço muiiito isso no trânsito. Se você estiver na minha frente atrapalhando o tráfego, sinta-se insultado. Como motorista que "trabalha" suas neuras no trânsito, disparo uma série de palavras inomináveis. Descobri que soltar palavrão é bárbaro porque depois de alguns minutos, você nem lembra mais do motivo que lhe fez rugir dessa maneira. Está tão ocupado em "achar" mais adjetivos para o cidadão, que o motivo da raiva some e você quer brincar com sua criatividade de baixo calão. Começa com os palavrões mais comuns: Otário, Ôrra meu, FDP, B..sta,M...rda, B..Mole. Quando dá conta, está inventando variantes. Troca alhos com bugalhos e do C....ralho, vai para o "peito muxibemto". Os mais fanáticos detonam um "miserento rebento de Satanás" e por aí afora. O reduto do palavrão é a partida de futebol, porque como se sabe, estádio não tem nada a ver com convento. Você desliga do jogo para prestar atenção ao palavrão seguinte do cara da cadeira ao lado. Ele consegue o cúmulo. Xingar o juiz com um novo e criativo "palavrório". Todo mundo ri. É uma terapia em grupo. Tão boa quanto o gol. Oléeee! Xingar é um ato de descarregar uma raiva curta e momentânea. Serve para tirar o stresse. As vezes os piores palavrões são nossos melhores amigos. Se não fossem eles, os consultórios psiquiátricos estariam ainda mais abarrotados de gente. Haja dinheiro para pagar tanta consulta. Na hora de desembolsar, seria inevitável soltar o verbo: PQP!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Carente irremediável

Estou sentada sentindo o tec tec dos teclados, quando escuto uma frase inspiradora no meio da redação: "Quanto mais velhas são as mulheres, mais fácil elas se entregarem (sexualmente falando). Isso é pura carência". A frase foi dita em um momento descontração, em meio a papos de repórteres desferida por uma mulher. MULHER. (Casada, é claro). Pelo fato de ela repercutir uma sentença que vai de boca em boca, subentende-se que não sinta carências (du vi do). Que privilégio. Eu sinto, sou uma carente irremediável. Eu estou sempre carente. C-A-R-E-N-T-E. Ah eu assumo essa faceta tãooooo tenebrosa que me faz ser repudiada. A carência é a lepra dos relacionamentos. Tripudiamos de quem é carente. As nossas necessidades sempre não guardadas na última gaveta da penteadeira. Elas não podem aparecer. Soltá-las da gavetinha interna é anunciar a confusão. Carência não combina com marketing pessoal. Inadmissível. "Ma per che, Dio Santo?". É meu sangue de italiana que fervilha. Carência não é crime e nem pode ser vista num tom tão degradante. Simplesmente é ..."falta de". Olhem no Google, peguem o amansa burro. Aurélio ou Houaiss. Não é feio ser carente. Brega é não ter sentimentos. Não conseguir nem sentir carência porque não se sente nada, isso sim é falta de alma. Viver encaixotado. Quadrado. Privado de suas sensações. A carência mostra uma parte que deve ser suprida. Ela existe para podermos lutar, correr atrás e tentar saná-la. Ela está aí para podermos incitar nosso espírito de luta. Fugir de uma pessoa carente porque ela pode ser pegajosa é o "ó do borogodó ". É a fuga de si mesmo. (Eu aposto, APOSTO, que todo mundo tem carências, por mais acanhadas que sejam). Quando pudermos começar a assumir nossas carências, será um passo adiante para iniciar a preenchê-las. Tão simples como Ivo viu a uva. Viu, gente!

sábado, 17 de maio de 2008

É de se questionar

Eu li e ri. Então postei:
O ficar" de hoje em dia equivaleria ao "dançar de antigamente.Seria a oportunidade que a mulher teria de avaliar o parceiro. Antigamente era comum que as pessoas se encontrassem em eventos sociais e dançassem, geralmente em pares. Como o homem coordenava a dança, a mulher tinha a possibilidade de analisar seu desembaraço, desenvoltura, a inteligência na escolha dos passos e condução, além de poderem estabelecer uma conversa enquanto dançavam.Com o tempo, foi abolida a dança de par, aumentaram o som das músicas e as festas se tornaram um ambiente de caça. Veio a geração do ficar.
Eu fico
Tu ficas
Ele fica
Nós nos divertimos
E não sentimos
Eu fico e você vai
Outra vem, porque vc sai
****
"Enquanto não acho a pessoa certa, conheço as pessoas erradas e, com algumas, até me divirto, pois tb tenho q encontrar a felicidade na busca e não só no objeto do desejo (q seria "o" cara). Olha quanto tempo de infelicidade teriamos se só uma pessoa pudesse nos fazer felizes?
***
Mas é assim: quero algo sério, nao quero me divertir apenas. Mas não é por isso que vou ficar se beijar bocas. Até porque se eu quiser ver estrelinhas e ter o arrepio na espinha, preciso beijar antes.Mas eu não quero ficar beijando até ficar desdentada...hauhauauhau..Fixei uma data-limite: eu só espero até os 50 anos. Depois disso, prescrevo e deu prá bola,,,,hehehe

domingo, 4 de maio de 2008

Dez perguntas que não podem calar

1- Como no Brasil nosso Código Penal nos permite matar pelo menos uma pessoa sem ser preso.Quem vc Mataria?

2- QUANTO TEMPO DURA O PRESENTE. O PASSADO TEM UMA DURAÇAO, O FUTURO TEM UMA DURAÇÃO. QUAL É A DURAÇÃO DO PRESENTE?ENTRE O PASSADO E O FUTURO , VC PODE MEDIR O PRESENTE?

3- Onde fica o umbigo do mar?Por que até ali não chegam as ondas?

4- De que color son lo camaleones cuando se miran en un espejo?"

5- Qual é o trabalho forçadode Adolf Hitler no inferno?

6- Como você desenharia a face do mundo? Se você quisesse descrever a condição do planeta através de um rosto, seria ele sorridente? Ou pareceria, temeroso ou quem sabe até zangado?

7- Onde terminará o arco-íris:dentro da alma ou no horizonte?

8- De que transborda o seu cálice? Dinheiro, alegria, bondade?

9- Qual a cor que vibra em você? Rosa choque do tamanho da tua ousadia, tons pastéis como seria a tua alegria ou graduações rubras da altura da sua timidez?

10 - Por que Deus não fala comigo? Se ele ao menos tossisse...

(Algumas são de Neruda, outras de Woody Allen e tem minhas também)

sábado, 3 de maio de 2008

Gatia

Dia desses me deparei com um neologismo direcionado a minha pessoa:
"Pô, você é uma Gatia"
Eu bem bobona logo lasquei: "Gatia, explica isso guri"
"Gatia, uma tia gata". Eu tenho mais de 3 decadas nesse planeta escuro e a frase era pra ser um elogio, logico, mas eu fiquei petrificada. Gatia. Putz. A sensação que a juventude fenece é acachapante. Todos nos estamos nos esvaindo nos anos e quando tia nao representa mais a personagem sensual do chicote em punho com a lingerie preta da televisão, cuidado. Você vira tia à revelia, sem querer, sem perceber, sem ter vontade. Eu nem sou tia ainda de verdade. E na rua, nas baladas, viro parente de quem tem menos de 25 anos. Senhor , perdoai-lhes pq eles não sabem o que dizem. Me chamar de tia da coceira, urticária. Que me chama de tia esmolando nas esquinas não ganha troco e nem pirulito. Me recuso a ser solidária. E o meu repudio agora virou ponto de hora, tanto é assim que proibi minha filha chamar de "tia" minhas amigas e até a propria professora. (Agora eu sei o que as pobres mulheres maes de minhas amigas sentiam quando eu as chamava de tia. É a lei do retorno). Ser chamada de tia é a morte. Ainda mais por uns carinhas bonitinhos. Tia eu sou só do filho do meu irmão. E finito. Quem me chamar de tia fora do grau de parentesco leva um laço. De cinto.
"Só se pode encher um vaso até a borda.Nem uma gota a mais"(Tao Te-King: Lao Tse)

terça-feira, 29 de abril de 2008

A roda dos enjeitados

Todo feio se sente enjeitado. Ele sempre tem que se esforçar mais, agradar mais pra poder caber dentro de um relacionamento. E não me digam que isso que eu digo nao tem cabimento, porque se tivesse, caberia em algum lugar e eu então guardaria essa minha opinião. os feios esforçam-se mais porque precisam compensar a falta de atrativo que a sociedade tanto almeja. O mundo não é todo bonito. Tem lindos de morrer, e feios de doer. Eu acho isso injusto, mas sempre quero que ele seja injusto a meu favor. Deus criou a arara e o babuíno. Ambos são apreciados, a arara pelas suas cores vibrantes, pintura da natureza. O babuíno de tão horrendo, a gente fica olhando. Dá gosto de ver. No zoologico, ele se salva da exclusão social porque está entre os iguais. Se fosse ser vendido em uma loja de animais, aposto que ficaria senil na jaula do estabelecimento. Nós humanos amamos o belo, é um saco se sentir desprezado. É um assombro. Tem um cara argentino que prega uma polemica atual: ele propos que os lindos pagassem imposto como para compensar os feios de sua condição. Depois do metrosexual, agora vem a vez do feiosexual, uma forma de incluir a beleza de padrão inferior na sociedade ativa, linda, desejada e apaixonada. É uma idéia para se apaixonar. E quem diz que os feiosexuais não podem ser apaixonantes?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Chapetente

O repórter não pode ser nada mais que um chato. Um chato com olhar de infância que prescruta todos os cantos onde se esgueira, perambula ou estaciona, possuido de uma curiosidade vivaz de ver as coisas como se fosse a primeira vez. Exatamente como a criança quando descobre as novidades do mundo. O reporter tem que ter um olhar infante - e capacidade pra ver o mundo todos os dias pela primeira vez. Mesmo que ele tenha passado inumeras vezes pelo mundo. Ele tem que ser chato pq um reporter que não chateia, nao pergunta, nao indaga, nao é considerado um pé no saco, nao insiste e não questiona mais que o necessário, não e um reporter. Não basta ser chato, ele tem que ser o melhor chato possivel. Ele tem que ser um chapetente. Um chato competente. Para as matérias saírem redondas. E depois ele até tem direito a tomar uma Skol.Nada melhor que uma cerveja que desce redonda para um reporter chato!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Como eu me uso!

Eu tenho jeito, mas preciso deixar de me levar tão a sério. Eu não sei cozinhar, mas costuro frases, as vezes elas dão uma boa canja.Eu sou um trecho, eu vou um eito sem reclamar no ritmo que a vida me levar. Eu tenho trinta e poucos anos pela contagem normal, pela asteca uns quinze. Eu não consigo acompanhar o relógio que me diz que eu avanço. Eu as vezes até me orgulho que minhas idéias não cresceram. A Cássia Eller gostava de meia três quartos. Eu só consigo me ver de baby look. Eu sou rosa choque por dentro. As vezes minha ira me deixa rubra por fora!

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Meus Heróis pediram conselhos a outros anônimos.
Daí resolvi virar minha própria heroína. Tive overdose de mim!
(Andreia R.)

***
Essa é da MMedeiros: "eu anuncio em primeira mão todos os meus atos, extra, extra. Eu me jogo, me disponibilizo, eu nao me economizo. Enfio os dez dedos na tomada, levo choque e mais tarde repito a dose, novo choque: sou uma viciada em arrependimentos emocionais. Tenho apego aos meus erros. Eu cometo os mesmos erros desde guriazinha. Qual o seu erro favorito?"