Quando se lê sobre a história do Egito e dos tempos faraônicos, se percebe a beleza, o mistério e o fascìnio que rondava os egípcios. Mas isso não é conversa para uma crônica. É preciso desbravar os pormenores de um povo que teve a supremacia há cinco mil anos. Comecei com a série Ramsés e me apaixonei por esse faraó que fazia persistir de qualquer forma a Lei de Maat.
Maat, cujo nome traduzido significa "verdade", é a personificação da Ordem no Universo, sem a qual nada existiria. Os antigos egípcios acreditavam que o Universo era perfeitamente ordenado, seguindo ciclos constantes. E Maat seria a responsável por manter esse equilíbrio universal, mantendo a criação intacta e contínua. Sem Maat, as águas da deusa Nun (deusa do caos primordial) reclamariam o mundo.
Embora essa deusa tivesse uma função ordenadora do universo, suas atribuições se refletiam também na organização social. Uma das obrigações dos faraós era a de implementar a ordem e equilíbrio. A frase "Eu mantive Maat" estava escrita nas câmaras funerárias de vários faraós, como testemunho para a eternidade. Já os sacerdotes de Maat eram os juízes da sociedade egípcia.
O que me assombra nesta semana é a tragédia no Rio e as 500 mortes em consequencia do maior desastre climático brasileiro. O Egito, a cada ano assistia as cheias, que eram muito bem-vindas, porque fertilizava a colheita. O povo, vivendo sobre a Lei de Maat, nada tinha a temer. E qualquer tragédia que acontecesse, era porque Maat teria se irritado. Era necessário então fazer sacrifícios para acalmá-la. O Egito era extremamente místico. Apenas os artesãos eram iniciados nos saberes secretos. Esse processo de guardar o conhecimento apenas aos neófitos inspirou sociedades secretas, como a maçonaria. Bem, mas isso é outra história.
Um dia depois: número de mortos subiu para 542.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Vidas soterradas
O título choca os leitores do jornal Zero Hora. Mas as cenas transmitidas na televisão chocam muito mais. Aqui no Rio Grande do Sul, livre da tragédia que assolou a cidade maravilhosa, a gente fala da traição do Ronaldinho, do calor e das férias, como se o cotidiano fosse comum. Mas não, não podemos estar alheios a quase 500 mortes, a famílias que não conseguiram salvar móveis nem casas, a estradas destruídas. A lama, esgoto e mortificação. Sairei em férias em 24 horas. Viajarei a praia, mas não me sinto digna de desfrutar o benefício a que tenho direito. Vi uma mulher no alto de uma casa esperando por resgate com três cães. Os vizinhos lançam uma corda. Ela a segura com uma mão, porque tenta salvar pelo menos um dos seus cachorros. Mas cai na água, vem uma onda de água suja e a faz mergulhar. Ela se vê obrigada a largar o cão. É salva sob gritos de uma voz feminina desesperada: salva ela, salva ela.
Hospitais e casas destruídas. Soterradas pelo barro. Carros atirados em cima de residências. A gente fica indignado quando em uma queda de luz, queima a televisão ou outro aparelho eletrônico. Imagina então uma vida perdida, mesmo que a vítima não tenha sido morta. Uma vida marcada por um trabalho que paga um, dois ou três salários mínimos, que seja. Um clima de guerra. A repórter diz que já perdeu a conta de quantos corpos passaram enrolados em sacos plásticos. A maior tragédia climática do Brasil. A força arrasadora das águas subjugou o Brasil. A natureza, tão bela e tão mãe em muitas ocasiões, dá o troco como sabe pela ocupação das encostas, ocupação ilegal e o asfalto que escoa a produção, mas é um temível inimigo do meio ambiente. Eu queria que isso fosse um filme de ficção científica. Mas o dia depois de amanhã chegou de forma inacreditável. Um longa-metragem que não é de ficção. É de horror.
Hospitais e casas destruídas. Soterradas pelo barro. Carros atirados em cima de residências. A gente fica indignado quando em uma queda de luz, queima a televisão ou outro aparelho eletrônico. Imagina então uma vida perdida, mesmo que a vítima não tenha sido morta. Uma vida marcada por um trabalho que paga um, dois ou três salários mínimos, que seja. Um clima de guerra. A repórter diz que já perdeu a conta de quantos corpos passaram enrolados em sacos plásticos. A maior tragédia climática do Brasil. A força arrasadora das águas subjugou o Brasil. A natureza, tão bela e tão mãe em muitas ocasiões, dá o troco como sabe pela ocupação das encostas, ocupação ilegal e o asfalto que escoa a produção, mas é um temível inimigo do meio ambiente. Eu queria que isso fosse um filme de ficção científica. Mas o dia depois de amanhã chegou de forma inacreditável. Um longa-metragem que não é de ficção. É de horror.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Ricos são mais egoístas
O estudo nao me convenceu.Mas pelo que sinto nas experiências em entrevistas com o povo, os pobres realmente ajudam mais uns aos outros.
O estudo foi feito pela Universidade da Califórnia, do qual participaram 115 pessoas de várias classes sociais. Na experiência, os voluntários foram agrupados em duplas para um joguinho. Cada pessoa recebia 10 créditos, e tinha que decidir quantos deles iria doar ao parceiro. Os voluntários ricos doaram 44% a menos do que os pobres. Segundo os psicólogos, isso supostamente acontece porque, como os indivíduos pobres enfrentam mais dificuldades no dia-a-dia, estão acostumados a se ajudar para sobreviver – o que seria menos frequente entre os ricos.
*** Ricos e donos de Ipad são ainda mais egoistas - tem fartas pesquisas no Google indicando isso.
*** Outra pesquisa mostra que os egoístas são fundamentais a sociedade. Eu não entendi o foco dessa pesquisa por isso não a postarei aqui. Mas vou estudar sobre.
Ricos são mais egoístas - Superinteressante
O estudo foi feito pela Universidade da Califórnia, do qual participaram 115 pessoas de várias classes sociais. Na experiência, os voluntários foram agrupados em duplas para um joguinho. Cada pessoa recebia 10 créditos, e tinha que decidir quantos deles iria doar ao parceiro. Os voluntários ricos doaram 44% a menos do que os pobres. Segundo os psicólogos, isso supostamente acontece porque, como os indivíduos pobres enfrentam mais dificuldades no dia-a-dia, estão acostumados a se ajudar para sobreviver – o que seria menos frequente entre os ricos.
*** Ricos e donos de Ipad são ainda mais egoistas - tem fartas pesquisas no Google indicando isso.
*** Outra pesquisa mostra que os egoístas são fundamentais a sociedade. Eu não entendi o foco dessa pesquisa por isso não a postarei aqui. Mas vou estudar sobre.
Ricos são mais egoístas - Superinteressante
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
A frase que me ganha
Sou fissurada por frases. Um verdadeiro fetiche literário. Eu as coleciono há muitos anos e meu modo de guardá-las é um tanto curioso. Não tenho um arquivo no word como seria previsível. As coloco todas no rascunho do meu Outlook. É assim: quando leio algum livro, costumo separar um bloquinho e todas as frases de que gosto são repassadas para o papel, para depois serem transferidas para o e-mail. Mas peguei a mania de colocá-las no rascunho o que me gera certa dor de cabeça cada vez que tenho de formatar o computador. Então, deixo mil recomendações ao técnico: por favor, mantém intacto o e-mail. E assim é feito sempre.
Frases por frases, poderia procurar na internet aquelas do Pensador. Mas não, faço questão de peneirar as minhas. Elas precisam me impactar à primeira vez que as leio. Depois retomo a elas várias vezes, para pensar, meditar e investigar em mim qual o efeito que elas me causam: Clarice Lispector, Fabrício Carpinejar, Nietzsche, Raul Seixas, frases em latim e de livros. Tudo "o que me gusta", vou colocando nos rascunhos. O interessante desse exercício é que lembro de cada momento em que coloquei a frase aí. Como se o instante em que a premissa cruza os meus olhos ficasse registrado na maquina fotográfica da minha memória. Mas nao fica registrada a imagem e sim o sentimento que tenho sobre o que eu li.
É como se as frases que elejo para o meu arquivo fossem autobiográficas porque de certa forma, eu as escolho de acordo com meu espírito. Embora as de filósofos sempre fizessem parte de mim, porque eu os reverencio com muita veemencia. Então, neste terceiro dia do ano, quero fazer minha única resolução (porque há muito que deixei de pedir coisas quando o calendário antigo bate as pernas). Quero continuar lendo, me aproximando de almas filósoficas e sentindo o prazer que é o de encontrar um tipo de saber que está dentro de todos nós, mas como a gente corre muito e está acostumado a pensar no cotidiano e não na alma, deixa passar.
Conhecer um pouco do que os grandes pensadores escreveram me ajuda a matar um pouco da fome insaciável que tenho. Acho chato me embebedar com cerveja, não gosto de tequila e não suporto cheiro de uísque. Não sei o que falar com as pessoas fora do meu ambiente de trabalho. Não tenho papo para falar do tempo, dos outros ou da moda. Ler é o que me consola. O que me faz sublimar esse mundo. Talvez eu leia não por opção. É uma obrigação. É a única coisa que me dá um alento nessa vida humana, demasiada humana.
"Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar..."
(Nietzsche)
Frases por frases, poderia procurar na internet aquelas do Pensador. Mas não, faço questão de peneirar as minhas. Elas precisam me impactar à primeira vez que as leio. Depois retomo a elas várias vezes, para pensar, meditar e investigar em mim qual o efeito que elas me causam: Clarice Lispector, Fabrício Carpinejar, Nietzsche, Raul Seixas, frases em latim e de livros. Tudo "o que me gusta", vou colocando nos rascunhos. O interessante desse exercício é que lembro de cada momento em que coloquei a frase aí. Como se o instante em que a premissa cruza os meus olhos ficasse registrado na maquina fotográfica da minha memória. Mas nao fica registrada a imagem e sim o sentimento que tenho sobre o que eu li.
É como se as frases que elejo para o meu arquivo fossem autobiográficas porque de certa forma, eu as escolho de acordo com meu espírito. Embora as de filósofos sempre fizessem parte de mim, porque eu os reverencio com muita veemencia. Então, neste terceiro dia do ano, quero fazer minha única resolução (porque há muito que deixei de pedir coisas quando o calendário antigo bate as pernas). Quero continuar lendo, me aproximando de almas filósoficas e sentindo o prazer que é o de encontrar um tipo de saber que está dentro de todos nós, mas como a gente corre muito e está acostumado a pensar no cotidiano e não na alma, deixa passar.
Conhecer um pouco do que os grandes pensadores escreveram me ajuda a matar um pouco da fome insaciável que tenho. Acho chato me embebedar com cerveja, não gosto de tequila e não suporto cheiro de uísque. Não sei o que falar com as pessoas fora do meu ambiente de trabalho. Não tenho papo para falar do tempo, dos outros ou da moda. Ler é o que me consola. O que me faz sublimar esse mundo. Talvez eu leia não por opção. É uma obrigação. É a única coisa que me dá um alento nessa vida humana, demasiada humana.
"Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar..."
(Nietzsche)
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