domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma pergunta no horizonte

Existe uma pergunta que se projeta em cada um de nós, seja tolo, empresário, diretor de cinema ou garçonete. Mesmo que nem estamos conscientes dessa indagação, mesmo que ela não sera formulada oficialmente em nossa mente, ela palpita viva nos porões do subconsciente. Estamos vivos para descobrir "o sentido da vida". Qual o sentido da vida?Por que estamos cobrindo a terra com filhos, nos alimentando, tentando ter prazer, nos realizarmos emocional e profissionalmente, galgando degraus de poder ou requisitando a atenção de nossos afetos familiares. Há quem responda simploriamente que o sentido é viver, levar o impulso da existência adiante para criarmos a prole e sermos feliz no amor e subir na carreira. Pronto, está formatada a resposta para uma pergunta tão intrincada, diriam muitos que não gostam de pensar com profusão de detalhes. Filósofos se posicionam com suas mentes reflexivas na tentativa de desvendar o questionamento. Cientistas procuram uma resposta exata. Gente comum como eu...revolve as ideias na cabeça para tentar discernir porque estamos aqui. Ou por que estou aqui. Achei uma resposta satisfatória lendo parte do pensamento do filósofo Viktor Frankl. Ele inventou a logoterapia. A logoterapia cuida do sentido da vida. Todo ser humano, em realidade, anseia por um sentido pelo qual valha a pena viver e lutar, uma tarefa valiosa para cumprir. Quem consegue descobrir o seu sentido de vida, consegue ser forte nas maiores privações da vida, porque tem um motivo para lutar, um razão para sobreviver, uma vez que encontrou o seu sentido.
O budismo de certa forma, ensina um caminho para a vida ter sentido. A compaixão, o amor por tudo e todos de forma incondicional seria, na visão budista, a única coisa pela qual a vida vale a pena. Eu concordo, queria ser compassiva a ponto de me doar a tudo e todos, a ponto de encontrar este sentido . Afinal, Madre Teresa de Calcutá, que viveu uma rotina de pobreza no meio dos excluídos, morreu plena de serenidade. Improvável que ela quisesse estar no lugar de reis do petróleo, princesas ou donos de impérios econômicos. Viveu uma vida plena na sua frugalidade porque encontrou o seu sentido de vida: ajudar aos necessitados. Ocorre que o sentido de vida não é igual para todos. Cada um tem que encontrar a fenda na roda da vida que enche de razão a existência. Frankl gosta de citar uma frase de Nietsche: "Quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como."

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