***eu nunca estou aqui, tampouco estou ali,,,na realidade, onde penso que estou é ilusão,,eu mergulho nas minhas ausências, como quem está piamente acreditando na presença de Deus no mundo real (Pita)
***Quando uma pessoa é o próprio núcleo, ela não tem mais divergências. Então ela é a solenidade de si própria, e não tem mais medo de consumir-se ao servir ao ritual consumidor - o ritual é o próprio processar-se da vida do núcleo, o ritual não é exterior a ele: o ritual é inerente (Clarice)
***nem desejo , nem desprezo..nao há como sentir desprezo se nao há o que desejar,,,gostaria de sentir,,,,alto tangente,,tátil...nao que corrói, mas que alimenta,,,um amor quente (pita)
*** somos criaturas que precisam mergulhar na profundidade para lá respirar, como o peixe mergulha na água para respirar, somos os que nadam" (Lispector).
***somos tudo o que fomos e o que havemos de ser em consoanância com tudo o que sentimos....seremos muito mais do que podemos ter sido,,,seremos nós mesmos se mergulharmos no fundo de nossas almas, igual peixes sob os oceanos (Pita)
*** tenho a certeza disto: de que as coisas todas se passam acima ou abaixo da dor. A dor não é o nome verdadeiro disso que a gente chama de dor (Lispector)
*** em minhas verdades abissais eu me desnudo perante o vácuo que sopra na minha cara, a face da dor. Ela faz em mim grandes sulcos, não de velhice, mas de sopros de dor que açoitam a fina tez esbranquiçada. Eu me ardo de medo do meu vazio (Pita)
*** então pela porta da danação, eu comi a vida e fui comida pela vida. Eu entendia que meu reino é deste mundo. E isto eu entendia pelo lado do inferno em mim. Pois em mim mesma eu vi como é o inferno.Pois em mim mesma eu vi como é o inferno.O inferno é a boca que morde e come a carne viva que tem sangue, e quem é comido uiva com o regozijo no olho: o inferno é a dor como gozo da matéria, e com o riso do gozo, as lágrimas escorrem de dor. E a lágrima que vem do riso de dor é o contrário da redenção. Eu via a inexorabilidade da barata com sua máscara de ritual. Eu via que o inferno era isso: a aceitação cruel da dor, a solene falta de piedade pelo próprio destino, amar mais o ritual de vida que a si próprio - esse era o inferno, onde quem comia a cara viva do outro espojava-se na alegria da dor. (Lispector)
2 comentários:
noss tu é gostosa...
me add ai pra gent conversar?
daniel_trein@hotmail.com
Piiiitaaa... fiquei impressionada quando li esse título por que acabei de criar uma "poesia" com o mais ou menos o mesmo conteúdo. Dá uma passada no meu blog e confere o post de hoje!!
Acho que tu vai gostar...
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