sábado, 25 de fevereiro de 2012
A privacidade pede invasão
Primeira aula de pós em jornalismo e todos os colegas conhecidos. O universo jornalístico regional é restrito, mas nao o virtual naquele que temos de trabalhar todo o tempo do curso.
Há boas surpresas em voltar a sala de aula após nove anos. Você reencontra o ambiente da academia, um cheiro de cultura e conhecimento no ar ficam tão impregnados quanto aqueles pasteis fritos que espalham o aroma após o intervalo.
A sala do pós de Macs - computadores que fizeram brilhar meus olhos. Me senti numa universidade dos Estados Unidos. Pode botar ai: Harward.
Fizemos uma experiência bacana nos catalogando e nos conhecendo através das redes sociais. Tiago me pegou e eu peguei o Tiago. No fim, nossas definições enveredaram para o lado psicológico, algo que eu sempre adoro, pq é o que mais fala, vive e palpita dentro de nos.
Então ai vai a leitura de Tiago sobre mim:
Vasculhando a vida da Pitta na internet, descobri uma coisa que, na real, já sabia: ela possui grande interação com as redes sociais. No Facebook, publica, curte e compartilha cerca de três produtos diários. Muitas vezes, mistura assuntos relacionados ao Jornal O Informativo, com aspectos de sua vida particular. Num minuto, publica fotos suas - aliás, prática tradicionalíssima - e, no instante seguinte, divulga materiais informativos e variados. Utiliza, por vezes, o seu particular humor corrosivo, que diverte os amigos que não hesitam em curtir tudo aquilo que ela posta. Não há publicação que não possua pelo menos meia dúzia de comentários ou "likes", independentemente de a postagem ser uma foto sua na praia, ou uma foto da escola de samba do carnaval de Encantado - parte de sua cobertura de imprensa do final de semana. O que demonstra que ela não está solitária nas suas divagações.
No Twitter (@pittex), também possui grande frequência de postagens. Tem por hábito utilizar muitas fotos. Aliás, tem como pano de fundo fotos também suas. Lá, se descreve como jornalista e bipolar. Ácida, divertida e criativa ao mesmo tempo. No microblog publica links que remeterão para o Face e vice-versa, numa mistureba bacana que vai da cultura pop - com análises do Big Brother - até a utilidade pública ou mesmo avaliações políticas. Aliás, a sua grande participação faz com que outros sujeitos relacionados a rede também lembrem dela, citando-a, eventualmente em suas publicações. Caso da blogueira lajeadense Laura Peixoto, que fez breve post sobre ela no último mês de janeiro. A propósito dos blogs, a Pitta também possui um: pitonicas.blogspot.com. Lá se descreve como uma adulta bordejando em um mar de sensações. "Intensa nos meus pensamentos, extensa nos sentimentos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Extrovertida e criativa. Expansiva, italiana, estourada, passional. Visceral! Não gosto de nada que é raso, de água pela canela", afirma ela com o seu jeito muito particular, que deve ser não apenas aquele das redes sociais. Mas, provavelmente, também o da vida.
O QUE O FACE DISSE DELE
Tiago Cristino Barcelona
Tiago é mais novo do que eu um eito, 31 anos, mas como gosta do Barcelona, supoe-se que seja cosmpolita e tenha uma visão de diversidade, portanto ele não se importaria de travar um relacionamento com uma garota dez anos mais velha do que ele. `E claro que ele não faria isso, porque com a quantidade de fotos que ele tem da namorada, parece ser fiel e ter orgulho da Nataly. Com 243 amigos no Face, não preza pela quantidade e sim pela qualidade.
Tiago é um tipo low profile. Expoe raras fotos no facebook e dá valor a informação de trabalho. Atuas na rádio, gosta de esporte, mas não expoe muito seus gostos pessoas. Acho que temos um caso ai de evasão de privacidade em plena era da invasão. Não compartilha muita informação no Facebook e provavelmente é contra aquele tipo de envio de aplicação, como meu calendário e aqueles memes que todo mundo gosta de enviar tipo: se você ama sua mãe, compartilhe. Eu diria que Tiago é um introvertido virtual.
A Nataly é menos popular que o namorado, portanto é ele quem deve puxar a relação porque ela só tem 77 amigos. Ele então é a cara metade midiatizada e ibopizada. Nascida em São Paulo, revela que Tiago tem mesmo pendor comsmopolita.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Mulheres da cidade procuram Ricardões da loira
Há um ano travei contato com ela para uma matéria que repercutiu, mexeu com os brios e a moral da cidade. Desde então, Traudi - a Loira da Bicicleta - sempre me procura para pedir opiniões ou informações. Dar um oi.
Traudi virou a "amiga" estigmatizada, aquela que ninguem quer ter na frente dos outros, porque afinal, a prostituição apesar da demanda, sempre feriu os olhos da sociedade. A humanidade quer fazer tudo por trás, com o perdão do trocadilho..hehehe. A Loira sempre lutou para conseguir seu dinheirinho, sempre mirrado, sempre correndo atrás da máquina. Colocou uma faixa no seu clube de uma loira só para atrair a clientela. Agora, já tem duas faixas, a sua e a da Malu, que achou um bom marketing e está fazendo propaganda da sua casa rosada. Propaganda a céu aberto divide as atenções, mas a Loira é movida pela novidade e agora traz outra a região: Clube de Ricardões.
Ela me conta que no seu seleto clube de homens, já tem selecionado 35 rapazes de 21 a 32 anos. "O mais velho tem 32". São universitários, executivos (será) e lutadores que encararam o desafio de trabalhar na Delirus por complemento de renda e prazer. Essas foram as duas justificativas ditas para a Loira na hora do cadastro. São homens de toda região que atende pelo nome de guerra - Mayco, Douglas e outros tantos similares.
Mas porque a loira foi me procurar? Ela não sabe como fazer um blog e precisa de um urgentemente. Há mulheres no pedaço exigindo avidamente por fotos dos homens. "Elas querem ver o produto antes de contratar." E a loira estás ansiada por colocar o bloco na rua. Em época de Carnaval, vai que a freguesia aumenta. A procura pelos Ricardões anda intensa e por todos os tipos e idades de mulheres. "Até as patricinhas". O blog vai virar a vitrine do negócio e porque não? Loira me conta que há tempo Lajeado precisava de uma agência de Ricardões, porque é uma cidade "sexual'. O povo gosta. E porque não? Essa é a pergunta que não quer calar. Baseada nela, Loira aproveita para se candidatar a vereadora em Lajeado. E porque não é justamente seu slogan. "Se médicos podem ser vereadores, porque não uma profissional do sexo". Me argumenta que política e prostituição são as profissões mais antigas do mundo. O político se prostitui e a prostituta faz política. Ela jura: não troca voto por sexo. Não agora...E os Ricardões, todos eles estão motorizados e atendem nas casas...
Foto: (Traudi diminuiu o ritmo da bicicleta, engordou um pouco ela reconhece e agora quer apostar no mercado de cybercafetina)
sábado, 11 de fevereiro de 2012
A voz de Paulo Francis
Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incumum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado.
Concordo
Em cima do muro nao e o melhor lugar pra ficar. as vezes quem tenta se proteger em cima do muro, deve saber que é o local em que primeiramente a bala atinge. Eu penso também que o jornalismo imparcial é o medroso. Vc nao pode provar sua coragem com prudencia em demasia...
Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incumum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado.
Concordo
Em cima do muro nao e o melhor lugar pra ficar. as vezes quem tenta se proteger em cima do muro, deve saber que é o local em que primeiramente a bala atinge. Eu penso também que o jornalismo imparcial é o medroso. Vc nao pode provar sua coragem com prudencia em demasia...
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
O meu pai entrou em depressão com a morte do Wando. É que ele descobriu que o cantor tinha 66 anos e o pai tem 67. Ele sempre fica assim, achando que a morte vem buscá-lo ..fica de butuca, escondido na esquina da vida!
Já se tornou obsessão. Sempre que alguém morre, ele não chora, pergunta a idade primeiro: depois desaba, igual criança.
Já se tornou obsessão. Sempre que alguém morre, ele não chora, pergunta a idade primeiro: depois desaba, igual criança.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
O espírito do tempo!
Semana passada meu pai acordou contando: "essa noite eu chorei. Chorei e chorei. Porque eu me lembrei que eu tenho 67 anos e o tempo passa rápido demais". O tempo é um fantasma que o acossa cada vez que um amigo falece. Quando alguém morre, imediatamente ele pergunta a idade. Se o defunto tem 70 anos, em um piscar de olhos faz as contas: bah, só falta três para mim.
Eu rio dele. Mas é uma forma de compactuar com esse medo. Aos quatro anos, era uma menina tímida agarrada à mãe. Os olhos verdes e as bochechas salientes não se notam na foto preto e branco que minha mãe teve o capricho de fazer nos idos dos anos 1970 com a ajuda de um profissional. Trinta e dois anos depois, coloco uma colagem com as imagens de minha filha Marianna, misturada às minhas. O tempo passou também para ela que está com 12 anos e eu tenho saudades não apenas do meu tempo de quatro anos, mas do tempo dela, aos quatro. Eliane Brum disse que aos 40 é inadiável a compreensão de que não dá para ter tudo. Escolher é ganhar e perder, ao mesmo tempo. Ou, sendo mais precisa, talvez ganhar, com certeza perder. Grande parte dos meus sonhos eu deixei para trás, outros eu refiz e em algumas partes eu me acomodei, talvez tenha cansado de combater o Bom Combate. Talvez tenha dado uma nova roupagem ao meu Bom Combate ou ele tenha sido remanejado para a vida da minha filha, coisa que eu não quero de forma alguma fazer. Cada ser humano tem o direito de ter os seus próprios sonhos e o dever de cair do cavalo quantas vezes for preciso.
O que sempre tivemos, em qualquer idade, é uma vida: limitada, imperfeita, mortal. E quando eu rio de meu pai, eu admito que seu temor é o temor de todos nós. Mas ele fala. Talvez com 70, eu também venha a falar, se chegar lá. E com 70, eu vou estar fazendo colagens com minhas fotos de 40 e dizer: como eu era feliz e não sabia. O tempo sempre torna o passado perfeito porque a gente idealiza as lembranças. O tempo faz a gente olhar as fotos e se achar meigos, lindos, magros, com a tez cheia de viço. O tempo faz a gente ter saudades de como vivia e sentia no passado, quando nem naquele tempo passado a gente sentia isso.
Aos 15 anos, eu pensei que estaria na Rede Globo aos 30, sendo a bambambam do Globo Repórter quando chegasse aos 30. Foi um choque enorme descobrir que eu era apenas uma mãe comum, dirigindo um Corsa 1995. Não dá mais tempo de eu ser a versão feminina do Caco Barcellos e nem de substituir a Fátima Bernardes na bancada do Jornal Nacional. Mas dá para ir se acomodando com alguns valores que vão sendo anexados em sua vida: você já não almeja mais morar no Rio de Janeiro e nem aquela história de ser a melhor do país. Essas vaidades da juventude passam, não que não seja bom tê-las. Mas o tempo te faz perceber que outras coisas estão me jogo: uma certa maturidade, um certo des-espero e você aprende a não esperar o sucesso absoluto, o amor perfeito, o ibope alto. E você percebe que será assim também com sua fillha: eu chorava pelo RPM, ela chora pelos Rebeldes. Acho bobo hoje, essa tietagem obsessiva, mas não falo nada a ela, embora fique aflita com tanta comoção. Vai passar e por isso hoje faço questão de tirar fotos dela, embora ela não goste. Sei que quando tiver 40 anos, vai relembrar de o quanto a adolescência era doce. Ou rebelde.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Troque seu voto por um político decente
Nunca me interessei por política. Erro crasso na minha educação, ainda mais que enveredei para o jornalismo e sendo assim, não poderia titubear em aprender mais sobre essa arte que surgiu na Grécia e foi pensada pelos filósofos que vagavam pelas polis (cidade-estado). Mas nunca me esquivei de votar genuinamente. Voto mesmo, sem anular o meu direito. Embora muitas vezes tenha acreditado que o candidato não honrou minha confiança. Creio que cada brasileiro já se sentiu assim, nessa pátria de marajás e reis da maracutaia.
Nas eleições presidenciais, me propus a pensar e ouvir os presidenciáveis, atentar para os candidatos ao governo estadual e saber das ideias dos postulantes a Assembleia. Em muitas noites fui fiel ao horário eleitoral. E nos debates na televisão, detectei a ironia de Plínio Sampaio. Fui uma telespectadora atenta de sua lingua ferina. Parecia ele uma metralhadora giratória, dando tiro para tudo quanto era lado. Mas tenho em mim que o melhor não foi exposto nos palanques. O ouro que reluzia estava ali, no anonimato, no meio da multidão, à porta da plebe.Seiva embrutecida pela lida do trabalho, vi homens duros, espadaúdos, figurar em propagandas do Serra, Dilma e Marina respondendo a indagação pontual de que o candidato iria melhorar sua vida. Mesmo sendo propaganda, mesmo que eles tivessem sido pagos, vi a vontade de que a realidade fosse essa: Meu Deus, tenha piedade do povo e fazei com que ele faça realmente tudo isso que está professando. Nessa pátria tupiniquim, temos nova chance agora neste ano, queremos eleger caciques honrosos. Vamos olhar um pouco para os postulantes para não chiar depois.
Os deputados recebem R$ 26 mil de salário. O povo é pacífico, tépido até. Ninguém enceta uma inssureição contra os malandros do Congresso. Tem um vídeo circulando nas redes sociais que mostra a diferença entre a Suécia e o Brasil.
*** Na Suécia, prefeitos e governadores não têm direito a residência oficial. Deputados estaduais e vereadores não recebem sequer salário e também não têm direito em gabinete: trabalham de casa.
*** Farras aéreas não costumam fazer parte do noticiário político, já que nenhum deputado tem direito a cota de passagens. Todos os voos devem ser marcados na agência de viagens do Parlamento. Além disso, políticos suecos também não têm impunidade garantida pelo cargo. O país não oferece imunidade a seus políticos.
*** Quando a gente pensa na Suécia, imaginamos um mar de luxo para os políticos de lá. Afinal, o país é rico e bem desenvolvido. Talvez seja pela postura dos politicos que atingiu este patamar: deputados federais dormem em apartamento de 40 metros quadrados, sem máquina de lavar roupa e em um único cômodo. São apartamentos funcionais.
*** Os gabinetes são simples, eles não tem assessores e nem motoristas. Livre de privilégios, eles conseguiram a excelência sueca.
*** No Brasil - Cada um dos 513 deputados federais possui 60 mil - verba mensal para gastar com material de escritório e pagar até 25 assessores parlamentares. Os deputados federais brasileiros estão entre os que podem contratar mais gente.
*** Ele tem mais 15 mil de verba indenizatória - É para gastos com gasolina, comida, hospedagem, aluguel de escritório (sim, além dos que eles têm no Congresso) e consultorias – sendo que consultoria pode ser qualquer coisa que os deputados decidirem chamar de consultoria
*** Além do 13º, há mais dois salários extras no início e no fim do ano legislativo, para dar uma força. UM deputado nosso custa portanto cerca de R$ 100 mil reais.
Não é cedo para desejar bom voto a todo mundo. Por mais alheios que somos e somos alheios, há ainda eleitores estandartes da cidadania. E só por eles, vale a pena votar bem. "Alea jacta est"
Cinza gato
Elegi a leitura como passatempo, prazer e hábito. Preciso mais, alguém para ler e imaginar histórias comigo. Sou sintomática, me penitencio pelo que não fiz me inebrio com o que já fiz. Sou exagerada, como toda bipolar que vive num mundo bipolar. Extrapolo na tristeza, me inundo de alegria. Bem-humorada, carrego o sarcasmo como qualidade ou defeito, depende do seu ângulo de visão. Gosto de rock, sufoco o funk com o som de The Police, Doors ou estilos mais românticos como Kid Abelha, sendo anos 80, ta valendo o embalo! Acredito piamente no elogio da loucura ou em qualquer elogio, quando alguém passa a mão no pelo de um gato (mesmo que seja de rua feito esse dai) ele ronrona. Da mesma forma, quando se elogia humano: é assim, doce enlevo da alegria. E éssa frase é schopenhauer.
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