sexta-feira, 18 de março de 2011

Cheia de 40!

Ufa. Cheguei lá...aos trancos e barrancos posso me considerar gatona da meia-idade. Gatia. Tia. Tia para todos os alunos nas escolas onde ingresso para entrevistar professores. Tia para os moleques da calçada. Tia para a juventude malévola que tem espinha na testa. Tia até para marmanjões de 25 anos. Tia um cacete. Moleque que dispara um "oi tia" deveria ir para a Fundação de Apoio Socio Educativo (Fase). Sou tia só para meu sobrinho de dois anos, filha da minha mãe e praticamente irmã da minha filha. Todos os graus de parentesco constam na minha árvore genealógica, chega de sobrinho bastardo. Pelo fim da saudação de rua: OI TIA. Abaixo a tia. Senão baixo o cacete verborrágico: pestinha insolente.
Fazer anos é algo tão paradoxal. A pessoa me cumprimenta e diz: "parabéns". Mas eu sei que ela está pensando: "bah, ela já tem 40". Quer dizer, isso não é uma congratulação, chega a ser um sentimento de comiseração. Mas eu aguento, depois vou à desforra no aniversário dos outros.
Então, hoje teve festinha na redação. Juntamos uns troquinhos e compramos salgadinhos. Mas a diversão ficou por conta dos dois minutos de espetáculo: Eu, Rôdi e Lu vestimos perucas e óculos e cantamos a paródia. Carlos fez a apresentação.


Cheia de 40 (Cante como Cheia de Mania, do Raça Negra)

Cheia de ruguinha
Antitecnologica
Velhinha robusta
Sabe ser escandalosa

Com essa idade ainda dança assim
domina toda redação
o povo fica sem saber o que fazer
querem me enxotar mas eu nao vou
não vou

Então me ajudam a esconder
Essa dança pro seu Oswaldo não ver

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