Voltaire no seu dicionário diz que "se perguntarmos a um sapo que é a beleza, o supremo belo, o to kalon. Responder-vos-á ser a sapa com os dois olhos exagerados e redondos encaixados na cabeça minúscula, a boca larga e chata, o ventre amarelo, o dorso pardo. Se indagarmos a um negro da Guiné o que é o belo para ele – uma pele negra e oleosa, olhos cravados, nariz esborrachado. Interrogarmos ao diabo. Dir-vos-á que o belo é um par de cornos, quatro garras e cauda".
Eu tenho uma teoria da beleza. Somos um produto em supermercado. Nossa embalagem está a venda. Nosso incólucro é o que conta. Somos um produto exposto em prateleira a espera de sermos comprados por quem tem o equivalente em valores. Se formos uma margarina doriana - com atributos de primeira e gostosa - queremos ser compradas por um cara com cacife para pagar a doriana.
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