domingo, 20 de julho de 2008

Frases do Orkut


O Orkut é um catálogo humano. Mas popularizou um hábito legal. O de que as pessoas buscam frases para expô-las em seus profiles. É uma forma de dizerem o que pensam e sentem. É uma forma de dizer quem são. Eu gosto de ler o orkut alheio em busca de pensamentos interessantes. Cataloguei alguns deles:


" O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria,aperta e daí afrouxa,sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem! " (João Guimarães Rosa)

"Minha bunda contempla aqueles que falam pelas minhas costas."

La vita si può vivere in due modi o con la lacrima, o sorridendo .....Meglio la seconda ipotesi
(A vida se pode viver de dois modos, com lágrimas ou sorrindo... permito-me a segunda hipótese!!!) (Caca Mueller)

....sou aprendiz de lições de partir

Par perfeito:todos os meus sapatos !!!!(Caca Mueller)


PS: Quanto a foto, essa vai pro meu orkut....(hehe frase que se espalha por esse Brasil afora entre turmas de amigos que amam fotos)

sábado, 5 de julho de 2008

Eu, mutante!

Não sei porque contesto as coisas quando não tenho convicção de que minha opinião é permanente. Mas eu não topo pensamentos fixos. Sou incoerente por natureza. Eu gosto desse meu traço. Meu plano é ser feliz, mas mudo a rota todo o tempo. Meu plano de vôo é dar uma incerta no destino. Ás vezes julgo que ele existe. Noutras, dou vazão aos meus desatinos. Ando trôpega pelos meus pensamentos. Mutáveis. Sou eu, mutante. O que vou pensar no próximo instante?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mui humana

Existe um propalado acervo de livros sobre pessoas boas, mulheres más. É um contingente de obras que dá nos nervos. Tipo: Meninas Boazinhas Vão Para o Céu, as Más vão à Luta ou Mulheres Boazinhas Não Enriquecem ou Quando Coisas Ruins Acontecem a Pessoas Boas. Eu não li nenhum deles, só o resumão das obras. Eu vou escrever sem conhecimento de causa porque sou humana e já que está na moda não ser tão boazinha, vou fazer minha maldade do dia e falar mal do que não li. Diacho. Droga. Caracoles. Ôrra Meu. Ta ai. Desfiei minha série de palavrões.Será que agora sou considerada má e posso voltar a fazer minhas tarefinhas politicamente corretas? Eu nem sou tão correta assim. Vivo bufando, sou intolerante, impaciente, dou chega prá lá quando não quero papo e nem faço média com ninguém. Mas que saco essa onda de fazer apologia a coisas consideradas malvadas. Porque agora, como é moda, as gurias adoram dizer que são temperamentais, complicadas mas perfeitinhas. Ah... elas são tão malvadinhas! E estão tão orgulhosas disso. Issa. Quando uma coisa assim cai na roda de conversa, vira moda. E toda roda ama a moda. Eu sou contestadora por natureza. Nem quero ser malvadinha. E nem boazinha. Eu quero me permitir nem ir à luta. Quero ter meus dias de férias da labuta, me permitir vergar. Chorar. Gente, eu sinto necessidade de não estar em pé sempre. Que mal tem em as vezes ficar em posição fetal. Porque isso é tão covardia assim? Eu reivindico direito a um casulo. Eu quero uma moção de apoio para os avestruzes que enfiam a cabeça na terra. Tambem quero ter esses momentos, ora bolas. Pessoas malvadas, estóicas, finas, autosuficientes, fiquem longe de mim, caso não queiram ver a derrota em pessoa. Eu quero ter direito ao fracasso. Dar tempo as minhas dores. Sei que depois volto renovada. Eu até me ergo, mas quero poder bater no chão e ir ate o fundo do poço se assim for necessário. Não acredito em pessoas que caem em pé o tempo todo. Parece que estão sempre em estresse constante porque temem esborracharem-se. AS vezes acho que cair e levantar fica bem mais em conta, gasta-se menos tempo até. O esforço que vc faz por se manter incolume demanda mais tempo do que baquear na dor e levantar. Então, atalhe. Se atire ao chão, debruce-se na lama. Guiche como porco de dor. Faça drama. Depois volte à tona. Sei lá se isso é o certo. Talvez nem seja. Talvez seja fraqueza mesmo. Eu me junto a Fernando Pessoa (que pretensão) quando ele ironiza em seu Poema em Linha Reta. " Quem me dera ouvir de alguém, a voz humana, que confessasse não um pecado, mas uma infâmia. Que contasse, não uma violência, mas uma covardia !Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? "
Fernando, eu tô aqui. Sou uma pessoinha. Não sou boa nem má. Eu sou gente, eu desafino do coro dos contentes. Eu levo porrada e sofro angústia. Eu me vitimizo. Eu sou mui humana, Fernando. Afinal, como você, sou pessoa.